domingo, 21 de dezembro de 2008

Natal...

Pois é, cá estamos nós nesta altura em que cada um vai passar aquele tempo com a família e vai vir carregado de prendas e essas coisas todas. Por isso, meus amigos, leitores e aqueles senhores e senhoras que passam por cá porque se enganaram a clicar em algum lado, um Excelente Natal e até daqui a uns dias. Beijos e abraços.

NOTA: Sim, o postal é igual ao que mandei. Mas, o vosso é personalizado. E sim, esta é a gata mais linda do mundo, a Guida Meireles.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Podridão, fúria e uma vontade imensa de partir coisas

Ora, onde é que o Eskisitinho resolveu ir hoje para lhe estragarem o dia? Às inspecções. Pois é, era o dia de lá ir, o Eskisitinho não podia pedia ao mecânico para lá ir, logo, pela primeira vez tive de lá ir.
Aprendi várias coisas hoje. Que não é de homem não perceber um boi de carros. Devemos ter um chip activado à nascença para percebermos o que raio é que cada peça faz e para que serve. Peço desculpa, mas quando estavam a activar esse chip eu estava a activar o chip da inteligência.
Que o que parece que funciona para nós não funciona para os funcionário das inspecções. Tive 5 infracções do tipo 1 e duas do tipo 2. Ou seja, daqui a um mês tenho de lá ir outra vez e tenho um selo vermelho (para condizer com a época natalícia) afixado no carro.
Desde o facto de ter uma lâmpada da matrícula fundida (desde ontem, visto que tinha verificado as lâmpadas há dois dias), ter uma luz de travão que não está homolgada (mas que vinha de origem com o carro), ter uma reparação feita de forma incompetente no escape (mas desde quando é que eu tenho de ser responsabilizado pelo trabalho de um mecânico), ter a direcção desalinhada (basicamente, a única coisa de jeito que aparece na avaliação) e ter um elevador dos vidros eléctricos avariado (e assim vai continuar, porque aquela peça só custa 200 euros). E isto são só as de nível 1.
No nível dois, temos uma microfuga na panela de escape do meio (isto existe?) e tenho o motor babado (hãããããã????). Como o senhor da inspecção achou que eu era um homem a sério, pediu-me para descer ao poço e olhar para as avarias em causa. Eu achei bonito, mas passou-me ao lado. Ele achava que eu ia sacar da mala de ferramentas e começava logo ali a consertar aquilo?
Ora, após conversa com o meu sogro (e meu mecânico) descobri que metade destas coisas são apenas mariquices. Essa já sabia. E que o carro não está babado. Aquilo são apenas resíduos. Porque se eu nunca vi um pingo de óleo no chão, o carro está fino. Quanto à microfuga, solda para cima que isto não há verba para mais.
A terceira coisa que aprendi é que os homens também têm o período. Porque é essa a única razão de jeito para que o senhor que me fez a inspecção fosse tão picuinhas. Ou isso, ou é um idiota. Dos grandes.

Nota: Já troquei a lâmpada. Maluco. Agora só me faltam mais 6 infracções.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Pelos caminhos...

Lembram-se daquele blog que eu comecei com a Maria das fotos das nossas viagens? Não. Nós reparámos. Acho que só a nossa querida Elvira se deu ao trabalho de acompanhar a nossa nova iniciativa (obrigado Elvirinha).
Pois bem, descobrimos duas coisas com este blog. A primeira que já vimos muito deste país. A segunda, que ainda não vimos nem 1% dele. Logo, decidimos, porque isto cá em casa é uma democracia, que deviamos abrir o blog a quem quisesse participar. Por isso, surge aqui o convite.

Quem quiser participar no blog com as suas fotos de sítios do país que ainda não apareçam no blog está à vontade.

Várias perguntas devem estar agora na vossa cabeça: que lugares já aparecem no blog?, como é que eu participo?, porque é que eu comecei a ler este blog?, entre outras.

Pois bem, os lugares já fotografados aparecem na barra lateral do blog. Para participar, basta enviarem as vossas fotos para peloscaminhosdeportugal@hotmail.com . Aceitamos tudo, desde que sejam apenas de lugares e não de vocês em lugares. Vocês são feios, os lugares não.

Por isso, participem. Tirem lá o pó às vossas fotos, passem pelo scanner, peguem nos cartões de memória e nos DVD's cheios de recordações e enviem as vossas melhores.


NOTA: Não haverá selecção das fotos, desde que respeitem a questão dos lugares não publicados e sem pessoas em primeiro plano. Todas as fotos serão publicadas por ordem de chegada.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Dúvida...

Será que haverá colocações em dia de greve? E se eu for colocado tenho de me apresentar na escola? E se for à escola isso não faz de mim um fura-greves? Grande fama que eu vou ganhar no primeiro dia.



P.S. - Sim, já estou um pouco melhor. O suficiente para já ter passado o dia a limpar a casa.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Façam o favor de ler até ao fim

Rio Maior: Ladrão de 17 anos preso com cúmplice no quarto ataque da noite
JOVEM ROUBA MAIS DE CEM CARROS EM 2 ANOS

Um rapaz de 17 anos está indiciado pelo roubo de mais de cem automóveis nos últimos dois anos e, na madrugada de ontem, foi apanhado em flagrante pela GNR de Rio Maior quando se preparava para levar mais um. Estava acompanhado por outro jovem na altura em que os militares os surpreenderam e, adianta ao CM fonte policial, a dupla já ia no quarto carro roubado da noite. Os primeiros três estavam estacionados na Nazaré, onde vive o principal suspeito, em Santarém e também Alpiarça.
‘André’ é suspeito de estar envolvido no furto de mais de cem veículos entre 2007 e 2008. Vive na Nazaré há alguns meses, mas é natural de Santarém – deveria ter-se apresentado ontem no tribunal daquela cidade para o início do julgamento de um gang, do qual faria parte, suspeito do roubo de automóveis. O outro detido tem 18 anos e reside no Sítio, na Nazaré.
A dupla é considerada perigosa, pelo número de crimes em causa e por já ter agredido pessoas durante os roubos. Por exemplo, terá atacado com violência um casal de namorados em Pataias, Nazaré, que resistiu ao assalto. Na última vaga, levou um Fiat Uno da Nazaré até Santarém. Ali, furtou um Honda Civic e foi para Alpiarça, onde pegou num Nissan Sunny que conduziu até Rio Maior.
Já de madrugada, os dois foram apanhados por uma patrulha da GNR de Rio Maior num segundo Civic. Foram deixando para trás os carros à medida que iam ficando sem combustível. Não provocaram quaisquer danos nos veículos, que serão agora entregues aos donos.

PORMENORES

COM COLHER
Arrombadas as portas, os dois jovens detidos punham os carros a trabalhar com uma ‘gazua’ – um objecto feito à mão a partir de colheres de café.

RECORDISTA
O jovem de 17 anos, já muito experiente no furto de veículos, sobretudo neste ano e em 2007, tinha na sua posse sete ‘gazuas’ – artigos artesanais para ligar os carros.

ANTECESSOR
Nelson, de 15 anos, com família em Porto de Mós, é outro especialista a furtar carros, que liga com uma colher. Também já se apoderou de mais de cem.
João Nuno Pepino in Correio da Manhã


Agora, vamos fazer um exercício mental...imaginem de quem era um dos automóveis em causa? Pois é...e depois não querem que eu diga que sou o gajo mais azarado da história.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

E pronto...

...chegou aquela altura do ano em que o espírito nos começa a perseguir. Somos obrigados a colocar uma árvore no meio da casa e andar a dar traulitadas nos gatos porque os mesmo acham que os enfeites são perfeitos brinquedos. Sou obrigado a andar a ouvir as mesmas músicas de Natal que ouço desde que nasci. A ver decorações foleiras de Natal nas ruas. A mudar a decoração do blog.

É Natal... (dá para perceber que eu embirro um bocadinho com esta quadra?)

domingo, 16 de novembro de 2008

Pró Natal, o meu presente...

...eu quero que seja...um GPS, um GPS....trálálálálá...
Ou isso, ou uma mulher nova. Uma com sentido de orientação. Uma que, quando diz que sabe o caminho e que eu não me preocupe, não me obrigue a ir quase até ao Algarve quando eu quero ir para Setúbal. Ou que me diga que o IKEA é para ali e eu vá parar a Cascais. Ou...

Acho que já deu para entender...

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Eu disse que era o fim...

Eu não sei como é que é, mas ela é que foi colocada e eu é que fiquei com o trabalho todo. Desde que ela passou a ser a senhora professora, eu passei a ser o dono de casa. Consegui arranjar tempo para este post entre a lavagem da roupa e a feitura do almoço. Uma verdadeira dona de casa.
A sério, estou feliz pela minha menina. Mas estou cansado. Ando a pé todo o dia, faço a lida completa da casa e tenho ainda de a ajudar nas tralhas dela (viva a burocracia). Já não sabia o que era estar sozinho com a casa há uns três anos e andava mal habituado.
Resta-me apenas dizer à senhora professora o seguinte: Obrigado. Por todas as vezes em que chegava a casa e tinha tudo pronto e limpo e essas coisas. Porque deixei de te dar valor por isso. E agora que sofro na pele o que sofrias é que percebi que não é nada fácil.






Agora, quero como presente de Natal...

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

É o fim...

Hoje acordei às 06 da manhã para me despedir da minha esposa. Agora ela tem um emprego decente e é a fornecedora dos bens materiais cá de casa. Preparei-lhe o pequeno-almoço, desejei-lhe boa sorte e vi-a sair de casa.
A partir de agora tudo vai mudar. Logo vai-me chegar a casa com as suas conversas de pessoa inteligente e bem sucedida na vida e a única coisa que eu vou poder falar é no puto que ficou cheio de ranho nas mãos porque não se sabe assoar.
É o fim...

Não sei se se notou aqui uma pontinha pequenina de inveja...

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Depois da tempestade...

Porra, eu e a Maria temos tido um ano de cão. Desde o pai dela ter tido um enfarte, ao facto de termos estado em mais uma fábrica, não termos arranjado empregos decentes...enfim, podia continuar por horas.
A minha mãe, essa excelsa senhora, costuma dizer-me uma frase sempre que eu me começo a queixar da vida: O Diabo não há de estar sempre atrás da porta. Pois bem, desta vez até tenho de dizer que ela tinha mesmo razão.
Hoje de manhã tive um dos melhores acordares de sempre. Ao abrir um mail vejo a frase: Parabéns, a Maria já merecia. E sorri o dia todo. Porque a minha Maria foi colocada. Hoje deixou de ser Candidata a Professora. Passou a ser Professora Contratada.
Sinto-me feliz e invejoso. Mas maioritariamente feliz. Porque uma coisa é certa. Ela já merecia mesmo.

Atenção à piada fabulosa inerente à imagem

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

USA Today

E lá ganhou o Barack. Fantástico. Eu considero que poderá ser um momento positivo para todo o mundo e isso começou já hoje a notar-se na questão da Bolsa. A crise pode ser eliminada apenas por uma mudança de cara. E isso leva-me ao tema chave deste post: racismo.
Votar raramente é um acto consciente. A grande maioria dos votantes fazem-no partindo de um princípio. Sejam promessas eleitorais, seja o historial do candidato, seja a quantidade de bebés beijados ao longo da campanha.
Nunca na história recente dos USA existiram dois candidatos tão bons como nesta eleição. McCain, veterano de guerra, queria um país melhor. Queria um país justo. Para azar dele estava no partido errado com os apoiantes errados. Mas acredito que ele tivesse feito um bom trabalho.
Obama é um político feito a pulso. Novo demais para estas andanças, subiu ao senado e demonstrou a sua integridade e esforço numa das melhores campanhas políticas de sempre. De um perfeito desconhecido há 4 anos atrás tornou-se no melhor candidato democrata. Dia 20 terá o prazer de entrar na Casa Branca como inquilino durante os próximos 4 anos.
Obama tem uma tarefa inglória pela frente: limpar todas os erros do seu predecessor, e não vai ser fácil.
O que é que tudo isto tem a ver com racismo? - perguntam vocês com razão. Tudo. Espero que Barack Obama tenha recebido os seus votos pela sua carreira política e pelo seu esforço. Porque se os recebeu por ser preto (sim, eu digo preto...negro e afro-americano são apenas sinónimos desta palavra) esta vitória não terá um sabor tão doce. Porque já vai bastar para Obama ver toda a sua presidência avaliada na cor da sua pele.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Sugestão do chefe...

A partir de agora, de vez em quando, vou-me armar em pseudo-intelectual e aconselhar alguma cultura para os meus caríssimos leitores pensem que eu sou uma pessoa extremamente inteligente e culta. O que, como todos nós sabemos, é uma verdadeira idiotice, porque conheço algumas paredes com mais Q.I. que eu. E depois de saber que a Paris Hilton tem 120 de Q.I. já acredito em tudo.
Ora bem, a primeira sugestão do chefe recai sobre uma série de humor. Britânica, como é óbvio, porque o melhor humor ainda vem das terras de sua majestade. Um duo de escritores/actores começou a trabalhar juntos em projectos pequenos em programas da BBC. Até que surgiu a hipótese de fazerem um programa próprio. Eis que surge Little Britain, uma série fabulosa onde o motivo de riso são mesmo os ingleses e os seus hábitos. Desde o príncipio da série que os mesmos se destacaram por gozar com tudo e com todos, num humor mordaz e por vezes incómodo, mas sempre brilhante.
Tanta foi a popularidade dos senhores que a série tornou-se de culto, até em terras do Tio Sam. E, loucura das loucuras, os senhores importaram a série para os USofA. Ao contrário do que se esperava, tal como fizeram com o The Office, onde apenas importaram o formato da série e o converteram em americanisse com actores americanos, importaram mesmo toda a série.
Little Britain USA. Uma série onde se goza com os ingleses e com os americanos. Com humor bruto, cru e sem tabus. Desde um sketch fabuloso com a Rosie O'Donnell a gozar com a Rosie O'Donnell, ao polícia que ejacula durante uma demonstração de armas para os seus colegas, tudo gira à volta de hábitos e costumes que são completamente dinamitados pela genialidade da dupla Matt Lucas e David Walliams.
Claro que na América o senhor público não está a gostar da forma como está a ser satirizada. mas nós queremos mais é que eles se lixem. Fica aqui o conselho.

domingo, 2 de novembro de 2008

Uma década

Hoje fazem dez anos. Dez anos em que sou feliz. Dez anos em que me aquecem os pés. Dez anos em que ouço músicas espanholas estúpidas. Dez anos em que sou obrigado a combinar cores e a andar com a barba aparada. Dez anos a ser amado e a amar.
Existem muitas coisas que nos unem. Uma delas é viajar. Por isso, e de forma a partilhar todos os locais maravilhosos por onde passámos, criámos um blog para mostrar as fotos das nossas viagens. Só mesmo as fotos, sem texto. Porque uma imagem vale mais que mil palavras.


Clique na imagem para ver este maravilhoso blog


sexta-feira, 31 de outubro de 2008

IRRA

Sempre me irritou o facto de se celebrar o Halloween em Portugal. É uma festa que nada tem que ver connosco. Eu sei que mais cedo ou mais tarde isto será quase um feriado, mas não mete lógica nenhuma.
Um pouco de história ajuda-nos a perceber que foram os Irlandeses quem criou o conceito do Halloween, num festejo que celebrava o fim das colheitas. Os Druidas acreditavam que de 31 para 1 o mundo dos vivos e o mundo dos mortos se juntavam.
Um Papa qualquer (não me lembro do nome) achou que isto é paganismo a mais e resolveu celebrar neste mesmo dia o All Hallows' Eve (véspera de Todos os Santos).
Uns caramelos quaisquer resolveram que neste dia deveria andar-se de porta em porta a pedir doces ou a fazer trampa e lanternas com abóboras e tudo e tudo.
Mistura-se isto tudo e chega-se ao Halloween. O que é que isto tem que ver com Portugal? Nada.


O que tem a ver com Portugal é o facto de no dia 1 de Novembro se celebrar o Dia de Todos os Santos ou Dia de Finados. Um dia em que se homenageia aqueles que não estão entre nós. Em que se levam flores ao cemitério. Um dia em que as crianças se juntam em bandos para pedir o pão por Deus, batendo de porta em porta recitando poemas e versos e recebendo as oferendas em sacos de pano. Isso é Português.
Claro que essas tradições estão a ser postas de parte. O que interessa é o folclore do Halloween.

A única coisa boa que veio do Halloween foi mesmo o "Nightmare Before Christmas" do Tim Burton.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

VENDO


Bicicleta de manutenção multiusos. Tem servido cá em casa para cabide de roupa, acumulador de pó e teias de aranha e toturador de incautos dedos pequenos dos pés alheios quando as luzes estão apagadas.
Funciona na perfeição, sendo que foi apenas usada durante crises existenciais de "Ai, estou gorda!" pontuais (um dia por mês, com apenas alguns minutos de exercício real).
Não certifico a efectiva perda de peso, visto que nunca foi provado cá em casa que a bicicleta efectivamente consegue fazer o que se propõe.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Na saúde e na doença...

No dia do casamento existe um momento giro, aquele em que juramos montes de coisas. Chamam-se votos. Todos choram, todos queriam estar naquele altar, é um momento lindo e cheio de amor para dar e vender.
Claro que as letrinhas pequeninas que acompanham cada um desses votos continuam por ser lidas por todos os casais que passam por esse momento.
Vejamos a questão do voto "Na saúde e na doença...". Ora, isso é tudo muito cheio de romantismo, a ideia de ficar sempre ao lado do amado mesmo quando ele está cheio de ranho e com um aspecto de arrumador de carros ressacado. Ou então, quando o nosso ente amado é atacado por um fortíssimo ataque de flatulência, nós ficamos ao lado dele com uma lágrima no canto do olho por pura solidariedade.
Ou então o voto "Na alegria e na tristeza...". Sim, quando a pessoa está feliz tudo é fácil. E então, nós fazemos tudo para que a pessoa fique sempre feliz. Mesmo que isso nos provoque a doença. Tudo por um romantismo jurado no dia do casamento.
Isto tudo porquê? Porque ontem senti uma doença chamada "Estão-me a arrancar o fígado com um pinça em chamas". Eu explico. Resolvi tornar o fim do dia da minha querida Maria um momento de felicidade e sendo que ela é grande fã dos ABBA, vimos o Mamma Mia. Uma hora e 42 minutos depois, estava no meu leito de morte a pensar que afinal os votos do casamento estão sobrevalorizados.

E já agora, quem é que disse ao Pierce Brosnan que sabia cantar?

domingo, 26 de outubro de 2008

O envelhecimento de um povo

Portugal está a ficar velho. Não sou eu que o digo, são todas as estatísticas feitas por aqueles que percebem alguma coisa de estatísticas. E esses senhores dizem que Portugal está a ficar mais velho.
O que é que se entende por mais velho, perguntam vocês? Simples, respondo eu, como grande génio que sou. Portugal deixou de criar novos rebentos porque a crise e as carreiras profissionais e a crise e a crise. O problema é que a terceira idade agora tem acesso a uma coisa chamada medicina que lhes prolonga a vida, causando um ...ahhh... prolongamento de vida. Trocando isto por miúdos, há mais velhos que bebés (curiosamente, numa altura ou outra da sua vida, ambos se babam).
Onde é que eu quero chegar com isto? Ao novo projecto do governo para inverter este envelhecimento das suas gentes. Num projecto inovador em qualquer país, onde se tenta tornar os velhos deste país em crianças. Assim, não só libertam as maternidades, como permitem baixar as estatísticas. E como é que eles tencionam fazer isto? Simples. Obrigam os velhos a verem programas televisivos com teor infantil para que o seu cérebro se infantilize.
O quê? Não acreditam? Então experimentem entrar num café cheio de terceira idade num sábado ou domingo de manhã e vejam que programa é que está a passar na televisão.



Lucy...

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Obrigado Rita...

O Sr. Blogger continua a surpreender. Mas desta vez conseguiu um efeito a que eu gosto de chamar "borrar-me todo na cuequinha, daquela maneira que só os bebés sabem fazer".
Estava eu a abrir o Sr. Blogger, para ver se o post do duelo Herman vs. Fátima já tinha trazido mais algum comentador irado, quando me deparo com o seguinte cenário:


Ora, a questão da palavra Seguidor fez-me pensar automaticamente em Stalker, aqueles gajos que perseguem o pessoal e nos fazem dormir com uma arma debaixo da almofada. Aqueles que nos fazem começar a olhar para trás sempre que andamos na rua e nos fazem duvidar até da nossa própria existência. Como tinha acabado de irritar o Anónimo (que suspeito tratar-se de uma anónima, devido à forma como esgrimiu os seus argumentos que ainda se encontram por validar), estava já a pensar que este se teria dado ao esforço de começar uma intensa perseguição que levaria, inevitavelmente, à minha morte num aparatoso acidente com um urso de peluche.
Claro que a minha mente me traiu. Afinal era mesmo só mais uma funcionalidade do Sr. Blogger, que serve para nos afagar o ego com a existência de fãs do blog.

Confesso que fiquei triste. Como bom Português, por momentos. convenci-me que todas as minhas teorias de conspiração estavam finalmente a ser provadas. E assim, passei apenas a ser mais um idiota com uma ideia idiota. Sniff...

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A visão do mundo

Duas coisas que me animaram o dia:

A primeira é de daquelas coisas que acabam por meter piada por serem tão estúpidas. Kate Perry, a menina que canta que deu uma bejufa numa rapariga e que gostou (nada como promover a sexualidade para vender discos), resolveu fazer uma actuação digna da sua música nos MTV Latin Grammys. Com um fatinho idêntico ao de qualquer stripper, estava a cantar o seu êxito e resolve atirar-se para cima de um bolo gigante que estava no palco (sim, eu também fiquei a pensar no porquê de estar um bolo no meio do palco, mas pronto, cada um na sua). Toda suja de bolo ri-se e acaba a actuação. Giro. Eu também achei. Achei ainda mais giro quando ela tentou sair do palco cheia de bolo por todo o lado (todo o lado mesmo). Ora, aquela questão do chão com matérias tipo chantilly e natas e isso...pois é. Alguém descobriu em directo que por vezes existem ideias que correm melhor na cabeça que na vida real.
I kissed the floor...

A segunda coisa. Momento maravilhoso de televisão. Herman José apresenta a Roda da Sorte. Quem já viu aquilo sabe que tudo é possível, desde receitas a perfeitas idiotices. Herman tem aquele estatuto que já lhe permite fazer tudo. E nós agradecemos.
Ontem, Herman recebe uma mensagem de uma amiga que está a tirar Jornalismo. Essa amiga dizia-lhe que estava a ter uma aula com a Fátima Campos Ferreira. E que esta tinha pedido à turma para lhe darem exemplos de comunicadores famosos. Os alunos escolheram maioritariamente Herman e Carlos Cruz. Fátima Campos Ferreira afirma que o Herman se tinha queimado desde que apresentou talk shows. Infelizmente para Fátima, Herman conhecia alguém na sala de aula. Felizmente para nós. Durante todo o programa Herman, visivelmente chateado com a situação, axincalhou a Sô Dona Fátima. Mas, o meu comentário favorito foi mesmo: "Ela deve telefonar aos políticos a dizer que os adora e a pedir desculpas pelo tratamento que sofreram no programa."
Senti-me vingado pelos Prós e Contras sobre a Educação, em que a Sô Dona Fátima mandava calar os professores (sim, mandava calar) porque os mesmos se estavam a passar com as barbariedades que a Ministra proferia. Obrigado Herman. Sou novamente fã.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Sextas-feiras

Deviam receber um qualquer prémio. As sextas-feiras. É um maravilhoso dia (isto para quem não trabalha ao fds, coisa que também já fiz, portanto parem de me invejar...HAHA).
Chego às 18h e penso que durante dois dias vou poder estar em casa de pijama a coçar o escroto e a ver televisão agarrado à minha esposa, debaixo de uma mantinha. Existe lá coisa melhor que isso?
Claro que isto é uma afirmação de alguém que tem 70 anos mentais mas, cada vez mais gosto de ficar no meu canto e, como o dinheiro não abunda, tenho mesmo de fazer isto. E gosto. Gosto de não me mexer, gosto de comer comida javarda, de não fazer nenhum. Sinto-me bem.
Curiosamente, os 70 anos mentais também me trouxeram algo bom. Os domingos. Não me sinto pressionado por saber que no dia seguinte tenho de ir trabalhar. O dia seguinte é o dia seguinte. O domingo ainda é para estar de pijama.
A velhice começa a pesar-me nos ossos. Mas a sabedoria que vem com ela é mesma boa.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Ah, e ontem fui ver este senhor...


Quem é, quem é???

Ausência..

Dou por mim agarrado ao computador, mas sem nenhum interesse em escrever seja o que for neste blog. Porquê? Porque no último mês descobri o Photoshop. Sim, aquele maravilhoso programa em que eu consigo fazer com que o meu cabelo cresça, a minha barriga diminua e a minha esposa se cale...
Estou a delirar com as absolutas maravilhas que se consegue fazer com isso. Tenho feito de tudo e tento fazer ainda mais. A minha querida Maria adora que aprenda a trabalhar nestes programas, porque posso tirar-lhe umas coisinhas aqui, levantar outras ali, limpar umas certas imperfeições...enfim, faço em algumas horas o que um cirurgião demoraria a fazer em alguns meses.

Deixo aqui um exemplo das coisas que ando a fazer. Espero que gostem.



quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Sorte típica...

Jogo no Euromilhões desde que o mesmo existe. Todas as semanas, 2€ por semana. O que faz com que a Santa Casa já me deva um louvor por ajudar tanta causa perdida. Sim, porque eu invisto na Santa Casa, mas a Santa Casa teima em não me retribuir o investimento. Nunca.
Fui à praia uma vez neste ano. Escolhi o dia, fiz o lanche, vi os boletins meteorológicos que diziam que ia estar um dia de sol. Peguei na melancia e no garrafão e fiz-me à estrada. Chego à praia de manhã cedo e nem um raio de sol. Pensei que o tempo fosse melhorar e aguardei pacientemente. Nem uma porra de um raio de sol até às três da tarde. Pego no carro e vou-me embora, amaldiçoando o Anthímio de Azevedo. 40 km depois sou atingido pelo Astro Rei. Mesmo no trombil. Faço o resto da viagem a resmungar uma ladaínha demoníaca, tal como descrito pela Maria. Ah, esqueci-me de mencionar: apanhei um escaldão na cara durante a viagem.
Fui às compras a um Outlet (o € está curto, e está na moda sai caro). Encontro o casaco dos meus sonhos por 10€. Procuro o meu tamanho. Nada. Aceitando bastante bem a derrota, dirijo-me para a saída da loja. E foi aí que apareceu a luz do Graal. O casaco dos meus sonhos e com o meu tamanho. Vou a correr que nem uma adolescente que foi cuspida por um membro dos Tokio Hotel partilhar o meu momento com a minha esposa. Quando estou a dar a volta (qual Julia Roberts no Pretty Woman), ela diz-me que o casaco tinha um rasgão nas costas. Largo o casaco no chão, começo a correr enquanto agito os braços energicamente e grito palavras em Árabe.
Um destes dias conto mais umas...

domingo, 14 de setembro de 2008

The boy is back in town

Para todos os arautos ed má fé que julgam que este blog entregou a alma ao criador, desenganem-se. O Grande Mestre Eskisito está de volta. Amén!
A minha vida nestes últimos tempos tem sido uma verdadeira montanha russa de situações e complicações. Nada que não me deixasse à beira de uma depressão nervosa (a sorte que eu tenho em não ser rico).
Trabalhei no meio de loucos, carreguei porcos e alinhei bifinhos. Aprendi a simular lesões e tornei-me um herói sem reconhecimento.
Fui ao Avante, vi amigos de sempre e senti-me vivo outra vez. Ouvi a palavra camarada vezes demais e bebi um pouco de menos.
Começo a dar aulas segunda-feira. Ainda nas AEC. no mesmo fadário de sempre. Mas já me fazia falta. Nem que seja para ser tratado por Sr. Professor.
Conheci a Simone de Oliveira e o Vitor de Sousa. As simpatias em pessoa. A Sr.ª Desfolhada e o maior declamador vivo de poemas em Portugal mostraram o que é realmente uma vedeta.
Tenho muitas outras coisas na cabeça, mas não me sai nada. Resultado dos neurónios que queimei ao longo destes meses.
O que interessa é que estou de volta, pior que nunca. Podem começar a pegar nas lâminas de barbear e a preparar os pulsos.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

De passagem por Fátima, deparo-me com...

Passo por aqui apenas para mostrar que estou vivo e que adoro os portugueses.




...logo...



Depois eu é que tenho mau feitio...certo!


domingo, 17 de agosto de 2008

O Che Guevara encarnou em mim...

Desafio-me todos os dias.
Surpreendo-me todos os dias.
Vou matar alguém amanhã.

sábado, 16 de agosto de 2008

Coisas que me fazem saltar a tampa

Gostava de começar este post por valorizar as pessoas que me fazem falta. Que me animam, que me fazem companhia, que me fazem acreditar no sentido da vida.
Posto isto, quero mais é que o resto do mundo se fornique contra uma parede com um poste de luz barrado de areia pelo esfíncter anal acima. A sério. Começa a irritar-me aquela sensação de que todos podem opinar ou orientar a minha vida. Errado. Se nem eu o consigo fazer, muito menos esses retardados mentais conseguem.
Ando feliz. Por estranho que pareça, porque tudo corre mal. Ando feliz. Que nem uma criança que recebeu aquele brinquedo que sempre quis. Por isso, deixem-me estar em paz. Não me enervem, não me chateiem com as vossas baboseiras zen sobre a forma como devo fazer as coisas. Se algum dia passarem por metade do que eu passei na minha vida, pode ser que vos dê autorização para abrirem a boca. Se não, a alternativa está bem escrita lá em cima.

Faltam 4 dias. Depois volto a viver. E pode ser que o meu mau feitio desapareça.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Rabo entre as pernas

Tenho como chefe de secção uma miúda brasileira com sotaque português. Como se isso não fosse parvo o suficiente, ainda tem a módica idade de 23 anos. Pois é.
Ora eu tenho um problema com a autoridade em geral. Ainda mais tenho quando a pessoa que me dá ordens/instrucções tem menos uns quantos anos do que eu.
Tive o desprazer de ficar atrás dessa senhora na fila para o almoço. Eu tentei ignorar o facto, mas o raio do miúdo gótico que trabalha comugo começou a falar com a pessoa em causa. Ela começa com uma conversa de saber o que faz (o que após duas semanas sobre a sua alçada posso dizer que NÂO, NÃO SABES!), que aquilo tem de se fazer desta e daquela forma. Como se não fosse suficiente, ainda se vira para mim e diz "Você tem de andar mais e deixar de se arrastar por ali". O meu cérebro teve várias reacções, desde algumas com muito sangue até certas e determinadas imagens de colegas meus que fazem metade do que eu faço. Mas o meu savoir-faire disse-me para brincar com a situação. "Pois, a idade começa a pesar...hahahah!" (mais algum sangue).
Depois começa a dizer ao miúdo que tem de começar a usar a cabeça, porque existem maneiras de fazer aquilo e isto. E sempre que se saía com uma das suas "perguntas difíceis", eu respondia. Correctamente, como é óbvio.
Após umas boas 10 perguntas e respostas, resolvi virar-me para ela e sair-me com: "Sabe, eu já tive a sua idade, mas como sou mais velho, também tive um certo incremento nesse aspecto...não que queira dizer que sou mais inteligente que você."
Sempre a fazer amigos...

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Falling down

Eu compreendo todos aqueles que um dia se passam da cabeça, pegam em armas e começam a matar todos os que lhe aparecem pela frente. A sério.
Dia de folga. Feliz e contente da vida. Nada para fazer a não ser nada. Vamos à cidade grande tratar de umas coisas sem importância e fazer umas compras. Vamos ao recém-aberto Jumbo. Ena pá.
Compramos a fruta, brincamos com as balanças maricas, em suma, passamos uma hora a fazer o que o pessoal da nossa condição financeira faz: ver coisas que nunca vamos ter dinheiro para comprar. Chego à caixa e vejo o Correio da Manhã. Hoje, sexta-feira, é dia de DVD semi-gratuito. Aproveitar, porque não há dinheiro para comprar dos não-gratuitos. ERRO.
Na caixa dizem-me que não sabem de oferta nenhuma com o jornal. Digo que não é oferta. Ela ignora e liga para o deus da coisa a perguntar o que há-de fazer. O deus da coisa diz-lhe que me mande ao Balcão de Acolhimento. Eu faço a piada do "...mas eu quero ir-me embora..." e ela fica a olhar para mim.
Chego ao Balcão de Acolhimento menos acolhedor da história. Duas bimbetes a mascar pastilha e com ar de prostitutas reles. Sem exagero. Fico uns bons dez minutos a ver uma senhora a reclamar porque lhe tinham cobrado seis vezes o mesmo pacote de massa. O que seria simples tornou-se complicado naquelas cabeças.
Finalmente sou atendido. Explico que quero o DVD que deveria vir com o jornal. Momento de silêncio. Nova série de telefonema para o deus da coisa. Aparece-me uma funcionária com todos os DVD's de oferta de todos os jornais, menos aquele que eu queria. Volto a ficar à espera dez minutos. Volta a funcionária, que depois de telefonar ao deus da coisa, me informa que não há DVD para ninguém. Digo que quero o reembolso do jornal, que obviamente não vou levar.
Volto a ser atendido pelas bimbetes. No talão que lhes entreguei diz que o jornal custou 1 euro e que tive um desconto de 10 cêntimos. Elas querem-me devolver dez cêntimos. Uma delas usa o segundo neurónio e resolve dar-me um euro. A outra volta à carga com os dez cêntimos. E finalmente, após outros dez minutos, recebo 90 cêntimos.
Resolvido? Não. Ainda precisavam do talão para retirarem uns dados. Mais cinco minutos.
Conclusão? 45 minutos da minha vida perdidos. 45 minutos do meu dia de folga perdidos. Eu que até sou inteligente e tal ando metido numa fábrica. Estas p"#$" dum c"#$"# atrás de um balcão no Jumbo.
Qualquer dia abro o telejornal. E vocês ficarão orgulhosos de mim...

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

TILT

A minha actividade propriamente dita na fábrica deste ano é a seguinte (soam os tambores, ouvem-se os suspiros de suspense...): operador de picking (ou piking, como aparece muitas vezes escrito naquela fábrica...já desisti de corrigir o erro). E, perguntam vocês cheios de entusiasmo, o que é um operador de picking? Boa pergunta.
A empresa para a qual trabalho tem cerca de 150 lojas, e considerando que produz centenas de produtos diferentes, o armazém é um caos. Organizado, mas não deixa de ser um caos. Cada loja faz unma encomenda diária diferente. E cabe aos operários do picking levar o produto à loja (neste caso, à palete com uma placa com o nome da loja). Trocando isto por miúdos, eu sou o gajo que carrega uma palete de um lado para o outro a separar caixas por outras paletes, num circuito interminável de voltas e caixas. Oito horas por dia.
Não existe muita pressão para que corramos de um lado para o outro. Aliás, tentem lá correr a arrastar uma palete com 1000 quilos de carga. Seria um momento engraçado. E impossível.
O problema é que chegamos a uma altura em que tudo aquilo parece o mesmo. Tudo igual, tudo na mesma. Cansaço à mistura, físico e principalmente mental. Porque oito horas seguidas sozinho com o meu cérebro não é fácil. O que me leva ao propósito deste post. A minha insanidade mental.
Começo a fazer jogos com a mente. Canso-em desses jogos. Invento novos. Falo sozinho. Resmungo muito sozinho.
Hoje dei comigo a cantar Spice Girls. E mais não digo...

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Fábrica número 35

Chateia-me ter que gramar as férias em fábricas. Não pelo trabalho, pelo salário miserável, pelo esforço extra que isto começa a ter no meu corpo. Isso são apenas detalhes numa vida cheia de experiências e histórias para contar.
Irrita-me estar numa fábrica pelas pessoas que me rodeiam. Seres humanos mesquinhos e sem um pitadinha de sal naqueles corpos.
Existem três grandes tipos de operários fabris, e dentro destes existem sub-grupos que podem, ou não, estar interligados, tornando-os todos primos.
O primeiro grupo, e o que mais me afecta, aqueles que vivem para aquilo. Que julgam que aquele trabalho é de uma importância vital e que tem de ser dempenhado daquela forma específica, senão o fim do mundo ocorre e ficamos todos carbonizados após a passagem dos cavaleiros do apocalipse.
O segundo grupo é o dos que não querem saber de nada daquilo. Que se lixe, só aqui estou para ganhar uns cobres, e até vou vendo umas gajas/gajos bons. A sério que eles pensam mesmo isto.
O terceiro grupo, e o mais assustador de todos, aqueles que vão para ali porque aquilo é o único sítio onde se podem mostrar. Mostrar que sabem gritar, mostrar o decote, mostrar que são umas promíscuas do caraças. Mostrar aquilo que não são na vida real.
Todos estes grupos pecam pela falta de inteligência e de humor. Alguns membros dos grupos pecam pela idade. Ou são novos demais, ou velhos demais.
Existe aquela minoria que se limita a ir para lá trabalhar, fazem o seu trabalho, não incomodam ninguém e são felizes na sua vida. A esses agradeço.
Mais uns dias e vejo-me livre de mais uma fábrica. Que isto começa a pesar nos ossos.

domingo, 3 de agosto de 2008

A new hope

A minha vida voltou a ser o que era. Pronto, talvez não exactamente, mas o mais aproximado possível. Voltei a poder respirar de alívio, visto que muitas das coisas que me fizeram temer pelo futuro foram remendadas de uma forma ou outra.
Claro que continuo no meu glorioso emprego de férias, numa qualquer indústria perdida pelo Ribatejo, mas de males necessários vive o homem. Faltam apenas mais uns dias naquilo para poder voltar à minha vida de "ócio" de senhor professor mal pago. Talvez também existam alguns desenvolvimentos nessa área, graças à ajuda de uma alentejana muito especial que todos nós conhecemos como Dina, e à qual agradeço novamente tudo o que tem feito por nós.
Posto isto, e deixando de falar na minha vidinha de treta, tenho que prestar homenagem à menina Elvira que foi operada e à qual não disse nada, porque sou uma besta. Ou isso, ou os meus problemas também andavam a tomar todo o meu tempo. Mas voto mais na hipótese da besta.
Elvira, ainda bem que correu tudo bem e que estás a recuperar na perfeição. Um beijo do fundo do meu coração.
Outro beijo vai para a Teresinha que anda muito viajada. Por tudo o que tens feito por nós, pela força que nos tens dado. Obrigado do fundo do coração. (eu já sei que vais começar a dizer que não queres momentos lamechas em público...).
O último beijo do dia vai para a Azul, que anda perdida por terras de Brunis e Sarkozis. Que tudo te esteja a correr bem e que ainda te vá fazer uma visita um destes dias.
Agora vou pôr as patas em cima da mesa, o sofá debaixo do rabo e aproveitar o que me resta deste dia de folga. Já volto.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

I'm still alive...

Para quem lê o blog da minha esposa, sabe que isto não tem andado fácil. Tudo nos corre mal. Tudo. Eu sou o gajo mais azarado à face da terra. Que não haja dúvidas disso.
Mas este post serve apenas para mostrar que ainda tenho uma coisa simples que faz com que tudo valha a pena: esperança.
Casei-me há três anos com uma mulher que me completa. Não é perfeita, tem a sua quantidade impressionante de defeitos. Não conseguia viver uma única hora sem ela. E isso faz-me feliz. Faz-me lutar.
Tenho amigos longe e perto. Alguns que me telefonam a dizer parvoíces, outros que me dão aquilo que mais preciso. Não os mereço, mas eles não me largam. E agradeço-lhes muito isso. Faz-me feliz.
Tenho esperança que tudo mude. Que tudo se torne melhor. Rápido. Porque isto é o que se pode chamar um mês horribilis. Bem pior que os de sua alteza.
O blog continua a 10%. Ou menos. Vão passando por cá. Pode ser que um dia vos conte que tudo mudou.


A imagem é uma piada fraquinha, eu sei. mas acredito que nem todos lá vão.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Flatline

Por muito que pareça, este blog ainda não morreu. A ausência tem motivos simples demais para mim, complicados demais para a blogosfera.
Está naquela fase do episódio em que o nosso herói se vai abaixo e o médico começa aos gritos, de pás nas mãos: AFASTEM-SE! Sabemos que ele não pode morrer, mas o nível de tensão faz-nos sofrer demasiado.
E sabendo que ele não morre, a nossa vida faz sentido outra vez, mesmo sabendo que a qualquer altura a produtora pode cancelar a série por falta de audiências ou até que os actores se aborreçam de vez com o argumento lamechas.
Onde é que eu quero chegar com isto? A lado nenhum. Simplesmente vim aqui dizer ao público que teima em cá passar (e ao qual muito agradeço) que isto ainda não está acabado. Está apenas à espera do choque para arribar e recuperar o batimento cardíaco normal.
Posto isto, ausento-me. Por tempo indeterminado. Pode ser até amanhã, pode ser mais. Não interessa. Porque o Eskisito Rules vive sempre (mais ou menos como uma carraça, mas sem a parte do sangue, que isso faz confusão à minha querida mulher).

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Ando com necessidades...

De tempos a tempos, apetece-me fazer uma espécie de avaliação da minha pessoa. Não da minha vida, mas de mim. Eu enquanto ser humano.
Sempre me identifiquei com os vilões das histórias. Não tenho paciência para pessoas boazinhas e essas coisas. Não simpatizo com causas e acabo sempre por achar algum defeito nas mesmas. Para causa humanitárias chego eu. Não tenho paciência para crises emocionais, depressões, manias e possessões. Para pessoa necessitada de psiquiatria chego eu. Não tenho paciência...pura e simplesmente.
E será que isso me torna má pessoa? Será que não tenho sentimentos? Errado. Segundo as pessoas que me conhecem, até tenho sentimentos a mais. A vida já me deu pancadas fortes na cabeças mas eu, teimoso como sou, continuo a acreditar no ser humano e nas suas coisas.
Irrita-me esta falha na definição do meu ser. Queria poder dizer simplesmente: sou uma má pessoa. Uma espécie de House nas suas deambulações médicas e humanas. Mas não o sou.
Também não sou boa pessoa. Não consigo deixar de pensar nisso.
Afinal? Instável sou de certeza. Todos somos. Humano? Não me chega como argumento para me caracterizar. Chato? De certeza...
Pode ser que daqui a uns anos tenha uma resposta. Pode até mesmo ser que isto não interesse para nada. Provavelmente...

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Resumo da obra feita

Em 1997 inscrevi-me num curso. Em 2002 acabei-o. Tornei-me professor. Com um P minúsculo. Esperava arranjar colocação e começar a utilizar o que aprendera. 3 anos depois iniciei a minha actividade lectiva. a ensinar Inglês no 1.º ciclo, uma experiência do Ministério para calar algumas bocas e abrir muitas mais.
3 anos depois continua tudo na mesma. Continuo a ser um professor com P minúsculo, continuo nas AEC, continuo a perder tempo da minha vida com isto. Mal pago, sem planos para o futuro, com um sistema de educação cada vez pior. Irrita-me. Chateia-me. Perturba-me.
Mas nem tudo são espinhos neste mar de...espinhos. Tinha 3 escolas este ano. 7 turmas. 140 alunos. Um pesadelo logísitico de burocracia e pessoas pequenas irritantes. Apenas uma turma numa das escolas. Curiosamente, a escola onde me relacionei melhor com as professoras que a gerem. Desde uma coordenadora com uma tendência permanente para ter um AVC, a uma directora que é o que sempre se espera de uma directora. Calma, simpática, mas uma directora de palavras e acções. Se tudo correr bem, este ano foi o seu último. Um ano em que me conheceu, o que só por si, faz com que qualquer pessoa precise de reforma.
Esta escola e estas pessoas fazem-me pensar que afinal existe mesmo uma luz ao fundo do coiso. Que existe uma esperança para este sistema de ensino que nos atira aos lobos e se esquece de nos dar armas.
Para o ano, espera-me mais do mesmo. Mas este ano acreditei, por momentos, ser um professor com P maiúsculo.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Na mouche

Reportagens na televisão e vários artigos nas revistas – vêm aí os exames do Básico e Secundário e os vários ‘psis’ (pedopsiquiatras, psicólogos, psicopedagogos, etc.) alertam as famílias para situações de stress e traumatismos vários. Por mim, fico sempre traumatizado com esta pobre gente, os profissionais da vitimização.
É o seu negócio, bem vistas as coisas. Agora são os exames; em Setembro, o regresso às aulas; em Dezembro, os presentes de Natal e as notas do primeiro período – em tudo haverá motivo para julgar que, à nossa volta, nascem e crescem crianças traumatizadas. Ora, a verdade é que tudo exige esforço, trabalho e sacrifício, mas os "pedagogos" preferem criar culpados e vítimas. Às vezes apetece chamá-los à razão. Mas não à estalada, que ficam traumatizados.
Francisco José Viegas

in: Correio da Manhã de 17/06/2008

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Para fechar com chave de ouro

Numa altura em que Portugal passa pelos seus piores momentos, num momento em que este blog destilou ódio e desgosto pelo país e pelas suas gentes, chega a altura de escrever sobre algo que sempre me agradou neste país: as suas terras.
Se o país se encontra como está é devido às suas gentes. Mas as terras que os nossos antepassados construiram são uma verdadeira homenagem à beleza e ao trabalho.

Já percorri este país de ponta a ponta e ainda não conheço metade dele. Já vi sítios com tal beleza que nenhumas palavras conseguiriam descrever a sua beleza e a forma como me senti ao observá-los. Desde o mosteiro da Batalha aqui tão perto, até Santa Luzia em Viana no meio do seu monte. Da Igreja da Penha em Portalegre e os seus nasceres do sol que tantas vezes me aqueceram o coração, ao maravilhoso Mosteiro dos Jerónimos, sinal de outros tempos de glória. De La Sallete em Oliveira até ao Aqueduto da Amoreira em Elvas, de Barcelos a Évora, de ponta a ponta, de lés a lés. Todo este país está cheio de beleza e de maravilhas. Todo este país está pleno de locais que me fazem pensar na sorte de viver num lugar tão belo.

O problema é que tenho de falar com os nativos, o que estraga um bocadinho o efeito.

Fica aqui a homenagem a todos os que resmungaram comigo por ser um traídor à Pátria, mas especialmente à Elvira que me conseguiu lembrar da única coisa que ainda gosto no meu país.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Teresa, a culpa disto tudo é tua...

Um pequeno vídeo...

...que mostra a nossa pequenina que faz hoje um aninho.

Obrigado Teresa, por me teres convencido!


segunda-feira, 9 de junho de 2008

O típico português

E como conclusão da minha trilogia de posts a dizerem mal de portugueses e de hábitos e manias parvas, coloco apenas duas fotos (deviam ser três, mas na terceira ou tirava a foto, ou sobrevivia, portanto até se percebe). Fotos de um senhor que tem uns hábitos particulares de estacionamento. Senhor que é familiar de um presidente. Senhor que é intocável na terra, indiferentemente daquilo que faz. Senhor que me asseguram ser uma daquelas reais bestas (reparem que não sou eu que afirmo isto, portanto, não me podem processar por difamação, eu sou apenas o mensageiro). E senhores como este não faltam em Portugal. Fazem o que querem, apenas porque são filhos ou pais de...
























Mas, a Elvira convenceu-me a escrever algo diferente...fica para o próximo.

sábado, 7 de junho de 2008

Regionalismo

E se a discussão sobre Portugal me irrita, o que dizer das discussões sobre as nossas terras natais? (obrigado Teresa...nunca me falhas)
Ora, um gajo passou a adolescência toda a dizer mal da terrinha, porque não tinha isto ou aquilo, porque as gentes eram assim ou assado, a desejar fugir dali com todas as forças do corpo e mais algumas. Conseguimos o nosso intuito, a terra onde estamos é mais isto e aquilo e as pessoas são assim e assado. Comentamos que somos de sítio tal.

Eu - Epá, dessa terra só vêm é coisas más (ou um desses provérbios que existem sobre todas as terras para se dizer mal dos seus habitantes, o que acaba por revelar bastante sobre a união dos portugueses...alusão clara ao post anterior)!

O outro, a outra, o grupo: O QUÊ!! Tu não digas mal da minha terra. Aquilo é do melhor e tal, come-se bem e as prostitutas são excelentes profissionais.

Eu - Mas, falta isto e aquilo.

O outro, a outra, o grupo: Mas temos o clube desportivo: O Minuim de Alcagoitas. E as associações culturais que organizam desfiles de moda com os senhores da terceira idade.

Eu - Não eras tu que no outro dia estavas a dizer mal desses desfiles?

O outro, a outra, o grupo: Mas...a minha é melhor que a tua.

Aqui concedo que estou a ficar assim. O povo diz mal da minha terra e eu até sou capaz de tentar argumentar que aquilo até está a ficar melhor e tal. Mas acabo por não me esforçar muito. A sério...para quê? Os portugueses têm sempre razão. O problema é que são muitos...

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Patriotismo

Dentro das coisas que mais me irritam em Portugal, uma delas são os portugueses. Estou farto de passar pela mesma situação:

Eu - Que cara é essa?

O outro, a outra, o grupo - É a porra da vida. A gasolina está cara, mal tenho dinheiro para comer, tenho de andar a comprar roupa em segunda mão, o meu patrão anda a sodomizar-me...

Eu - Pois é, isto anda complicado...

O outro, a outra, o grupo - A culpa é desta política do deixa andar. Elegem políticos de treta, distraem-nos com o raio do Europeu...

Eu - Portugal é mesmo um país de cócó.

O outro, a outra, o grupo - O QUÊ??? Portugal é um grande país...(blá, blá, blá)...Camões...(blá, blá, blá)...os descobrimentos...(blá, blá, blá)...a prostituição...(blá, blá, blá)...(blá, blá, blá)...(blá, blá, blá)...(blá, blá, blá)

Lá está. Serei só eu o único não patriota neste país? Não tenho razões para ser patriota. Este país decepcionou-me desde que nasci. Logo, foi mesmo só o sítio onde nasci. Se tivesse nascido na Gronelândia era a mesma coisa. Portanto, que fique assente, deixem de ser parvos. Este país é mesmo um país de cocós.

domingo, 1 de junho de 2008

É mais ou menos como aquela comichãozinha nos coisos...


Vamos lá a ver uma coisa. Eu sou português. Porquê? Porque nasci em Portugal. É como aquela coisa de um gajo dizer que gostava de ter nascido numa família rica. Porquê? Porque nasceu numa que não o é. Confusos?
Ora bem. Eu quero descansar no fim-de-semana de uma semana a aturar putos. Sentar o meu real traseiro no sofá e ligar a televisão. Ver um daqueles filmes de pessegada ou de acção de treta, mas que me mantêm ocupadamente desocupado. Excepto se for este fim-de-semana.
Sei então que a selecção tem montes de fãs. Sei então o que comeram ao almoço, que beberam "refrescos" e pastéis de Belém (original) no Palácio de Belém. Sei que o Ronaldo tem mais uma namorada nova. Sei que ela dá-se a grandes ramboiadas. E que tem seios fartos.
Sei também que não tenho a menor pachorra para ver autocarros a andar, aviões a descolar ou a aterrar. Não tenho paciência para frases como: "Aqui na Suiça há muitas regras, mas os portugueses vieram cá para as quebrar.". Não estúpido. Aqui em Portugal é que não há regras. Cada qual faz o que quer. Aí vive-se a sério. E existe uma coisa chamada vida. Não há corrupção, políticos farjutos e tugas parvos. Pelo menos não havia.
3 televisões a passarem em simultâneo a aterragem de um avião da TAP. Se algum cair, será que acontece o mesmo?

sábado, 31 de maio de 2008

Uma noite no fimdomundo

Quem tem dinheiro vai ver a Amy Winehouse a fazer figuras em palco. Quem não tem dinheiro, combina um jantar com uns amigos e vai ver concertos à feira. Imaginem qual dos dois sou eu?
Ontem o Cruxe e a sua querida esposa vieram ao fimdomundo fazer-nos uma visita. Jantar informal, pôr a conversa em dia e essas coisas todas. Depois da janta, fomos para o campo da feira ver uma banda que o Cruxe conhece pessoalmente: os Hands on Approach.
Começo a pensar que sou eu que trago azar aos espectáculos que vou ver. Nilton: 20 espectadores. Hands on Approach: 30 ou 40 (talvez um pouco mais, mas isto tem de parecer convincente).
Conheço apenas duas ou três músicas da banda. E conheci umas quantas mais neste concerto. Não posso dizer que tenha ficado fã da sua sonoridade (embora duas ou três me tenham ficado no ouvido). Adorei as covers escolhidas e a história por trás da escolha.
Depois do concerto tivémos direito a um backstage pass. Nós e um cromo qualquer da terra que se colou a nós. Desde já digo que o encanto dos bastidores aqui no fimdomundo deixa muito a desejar. Onde estavam as jovens com os seios fartos a dar uvas aos cantores? Onde estavam os camarins cobertos de cetim branco e lantejoulas? Onde estavam as drogas e o sexo desenfreado com groupies? Decepção...
Fiquei surpreendido com a simpatia dos membros da banda. Não que tivesse uma imagem diferente (na realidade, não tinha imagem nenhuma). Mas mais simpáticos seria impossível. Estivémos a falar de concertos anteriores, dos filhos e da tristeza que é esta terra de fimdomundo. E prometi voltar a vê-los. Não pela música, mas pela simpatia.
Foi uma noite diferente e bastante agradável. Até a sobremesa defeituosa estava boa (desde já te digo Cruxe que não chegou ao jantar do dia a seguir). E tenho de mencionar a qualidade da comida do jantar, senão vou dormir no sofá. Sim querida, estava muito bom. E essas coisas todas...
Foto gentilmente cedida pelo Cruxe

terça-feira, 27 de maio de 2008

Lembraram-se de nós...

A Federação Nacional dos Sindicatos da Educação – FNE -, na sequência das decisões do 9º Congresso, realizado nos passados dias 10 e 11 de Maio, vê-se uma vez mais obrigada a denunciar publicamente o injusto nível de precariedade a que milhares de professores e educadores estão sujeitos no âmbito das actividades de enriquecimento curricular (AEC).
O actual Ministério da Educação não pode ter um discurso de exigência, rigor e de defesa da qualidade da educação e simultaneamente fechar os olhos à contratação abusiva e ilegal de prestação de serviços através de recibos verdes.
A FNE, para além do alerta e denúncia desta situação abusiva e lamentável, vai no primeiro secretariado nacional que se realiza depois do Congresso, no dia 26 de Maio, lançar a realização de uma iniciativa a nível nacional de combate a esta situação “ Não aos recibos verdes nas AEC´s”,onde exige que sejam eliminadas todas as situações de precariedade entre os docentes nomeadamente através de:
- Estabelecimento do direito a um contrato sem termo ao fim de três anos de contratação a termo;

- Eliminação do regime de recibo verde para os responsáveis pelo funcionamento das Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC);

- Determinação de valores mínimos razoáveis para a remuneração dos responsáveis pelo funcionamento das AEC;

Porto, 20 de Maio de 2008

sábado, 24 de maio de 2008

Eurovisão e outras coisas...

Tenho aqui duas hipóteses na mão: ou escrevo um texto grande com insultos ou escrevo apenas umas frases politicamente correctas...hummmmm.
Mas que c****** de m**** de votações são estas, ó europeus filhos de uma p***? Uma m**** de um m******** com um c***** de um filha da p*** de um patinador e um c**** de um violinista? Mother Russia rules!
E a Grécia? Uma pita deslavada com ares de Britney a c**** frases feitas? Ou a Ucrânia e a sua Shitty Lady?
A sério, eu que nem sou minimamente destas m***** da Eurovisão fiquei mesmo f*****. Porque a nossa música lembrava Simone e Amália, num portento de voz vindo da Madeira, de seu nome Vânia Fernandes. Um orgulho de ser português (cada vez mais raro em mim), principalmente depois de ouvir as c****** de músicas de Espanha e outros que tal.
13.º lugar? M**** de emigrantes que estão espalhados por essa Europa. Só sabem vir para cá mostrar as vossas p***** gordas sentadas no c****** do Mercedes? Virem para cá falarem com uma m**** de um sotaque? P********* de m****. Pegar num telefone dá muito trabalho? Filhos de uma p*** obesa e desdentada.
Portugal é mesmo um país de m****, mas esta música e esta intérprete mereciam melhor.


Para quem sabe quem é a minha mulher, sabe o porquê de eu ter visto a Eurovisão.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

A minha mulher é tão chata...

Chego a casa cansado de mais um dia de trabalho e o que é que ouço? Nunca mais escreveste nada para o blog. Grande novidade que ela me está a dar. Apesar da idade, ainda sei mais ou menos o que não faço (não me divorcio, não arranjo uma loira, não tenho se...).
Começo a escrever um texto sobre a falta de tempo. Começa a resmungar ao meu lado a dizer que sou um dramático, que escrevo sempre sobre a mesma coisa, que isto e aquilo e o outro (nesta parte liguei o modo de abanar a cabeça).
Apago tudo e começo de novo. Claro que ela me deu a melhor ideia possível para escrever um novo post. Dizer mal dela é uma arte que domino naturalmente. Ela lembra-me aquele anúncio parvo da EDP. Um gajo sabe que aquilo das voltas vai causar uma sensação de diarreia e vómito da qual não podemos escapar, mas temos sempre de olhar porque a música até é porreira e coisas. A minha mulher é mais ou menos fruto de uma qualquer ideia de publicitários que gostam de ser processados.
Bom, agora que já escrevi o post engraçado que ela queria (duvido que ela ache alguma piada, mas pronto, ela é que pediu), vou voltar à minha vidinha.
Se a ti te gusta, a mi me encanta.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Tugas e Tecnologias

Nos últimos dias andei ausente destas andanças. Mas a culpa não foi da falta de tempo, do meu cansaço ou de qualquer uma das minhas desculpas habituais. Foi mesmo devido ao facto de eu ser o gajo mais azarado do mundo.
Comprei um computador novo. O meu velho deu mesmo o pifo. O monitor parecia que ia ceder a qualquer momento. Por isso, decidi-me a fazê-lo.
Como o dinheiro não é coisa que abunde nesta casa, resolvi procurar um daqueles negócios da China que me fazem ter o triplo das dores de cabeça e coisas que tal. E descobri que a CHIP7 vende computadores que saem de stock a preços acessíveis. Excelente, pensei eu...
Mando vir um computador todo cheio de mariquices ao preço de quase dado. O negócio da minha vida. Três dias depois estou aos berros com os gajos da CHIP7. Não há em stock.
Oferecem-me um ainda mais cheio de mariquices para me calar pelo valor que paguei. Uma semana depois tenho o computador nas mãos. Bonito, prático e funciona (o que acaba por ser mesmo o mais importante).
Todo contente, ligo o Kanguru ao gajo e vai de dizer ao mundo que tenho um computador novo. Isso se o Kanguru funcionasse. Três dias depois estou aos berros com os gajos da Optimus. 15 dias para me arranjarem o modem e coisas dessas. Nem pensar nisso. Modem novo, mesmo problema. Mais berros. Solução? Tive de ser eu a arranjá-la. Gostava de trabalhar para a Optimus. Pelo menos sei que sou mais competente que eles.
Moral da história? Nem eu sei. Ah! Não comprem nada online à CHIP7 e se tiverem de reclamar alguma coisa à Optimus, reclamem 15 dias antes da coisa acontecer.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Minha Pátria é a Língua Portuguesa


MANIFESTO
EM DEFESA DA LÍNGUA PORTUGUESA
CONTRA O ACORDO ORTOGRÁFICO

(Ao abrigo do disposto nos Artigos n.os 52.º da Constituição da República Portuguesa, 247.º a 249.º do Regimento da Assembleia da República, 1.º n.º. 1, 2.º n.º 1, 4.º, 5.º, 6.º e seguintes da Lei que regula o exercício do Direito de Petição)

Ex.mo Senhor Presidente da República Portuguesa
Ex.mo Senhor Presidente da Assembleia da República Portuguesa
Ex.mo Senhor Primeiro-Ministro

1 – O uso oral e escrito da língua portuguesa degradou-se a um ponto de aviltamento inaceitável, porque fere irremediavelmente a nossa identidade multissecular e o riquíssimo legado civilizacional e histórico que recebemos e nos cumpre transmitir aos vindouros. Por culpa dos que a falam e escrevem, em particular os meios de comunicação social; mas ao Estado incumbem as maiores responsabilidades porque desagregou o sistema educacional, hoje sem qualidade, nomeadamente impondo programas da disciplina de Português nos graus básico e secundário sem valor científico nem pedagógico e desprezando o valor da História.
Se queremos um Portugal condigno no difícil mundo de hoje, impõe-se que para o seu desenvolvimento sob todos os aspectos se ponha termo a esta situação com a maior urgência e lucidez.

2 – A agravar esta situação, sob o falso pretexto pedagógico de que a simplificação e uniformização linguística favoreceriam o combate ao analfabetismo (o que é historicamente errado) e estreitariam os laços culturais (nada o demonstra), lançou-se o chamado Acordo Ortográfico, pretendendo impor uma reforma da maneira de escrever mal concebida, desconchavada, sem critério de rigor, e nas suas prescrições atentatória da essência da língua e do nosso modelo de cultura. Reforma não só desnecessária mas perniciosa e de custos financeiros não calculados. Quando o que se impunha era recompor essa herança e enriquecê-la, atendendo ao princípio da diversidade, um dos vectores da União Europeia.
Lamenta-se que as entidades que assim se arrogam autoridade para manipular a língua (sem que para tal gozem de legitimidade ou tenham competência) não tenham ponderado cuidadosamente os pareceres científicos e técnicos, como, por exemplo, o do Prof. Doutor Óscar Lopes, e avancem atabalhoadamente sem consultar escritores, cientistas, historiadores e organizações de criação cultural e investigação científica. Não há uma instituição única que possa substituir-se a toda esta comunidade, e só ampla discussão pública poderia justificar a aprovação de orientações a sugerir aos povos de língua portuguesa.

3 – O Ministério da Educação, porque organiza os diferentes graus de ensino, adopta programas das matérias, forma os professores, não pode limitar-se a aceitar injunções sem legitimidade, baseadas em "acordos" mais do que contestáveis. Tem de assumir uma posição clara de respeito pelas correntes de pensamento que representam a continuidade de um património de tanto valor e para ele contribuam com o progresso da língua dentro dos padrões da lógica, da instrumentalidade e do bom gosto. Sem delongas deve repor o estudo da literatura portuguesa na sua dignidade formativa.
O Ministério da Cultura pode facilitar os encontros de escritores, linguistas, historiadores e outros criadores de cultura, e o trabalho de reflexão crítica e construtiva no sentido da maior eficácia instrumental e do aperfeiçoamento formal.

4 – O texto do chamado Acordo sofre de inúmeras imprecisões, erros e ambiguidades – não tem condições para servir de base a qualquer proposta normativa.
É inaceitável a supressão da acentuação, bem como das impropriamente chamadas consoantes "mudas" – muitas das quais se lêem ou têm valor etimológico indispensável à boa compreensão das palavras.
Não faz sentido o carácter facultativo que no texto do Acordo se prevê em numerosos casos, gerando-se a confusão.Convém que se estudem regras claras para a integração das palavras de outras línguas dos PALOP, de Timor e de outras zonas do mundo onde se fala o Português, na grafia da língua portuguesa.
A transcrição de palavras de outras línguas e a sua eventual adaptação ao português devem fazer-se segundo as normas científicas internacionais (caso do árabe, por exemplo).
Recusamos deixar-nos enredar em jogos de interesses, que nada leva a crer de proveito para a língua portuguesa. Para o desenvolvimento civilizacional por que os nossos povos anseiam é imperativa a formação de ampla base cultural (e não apenas a erradicação do analfabetismo), solidamente assente na herança que nos coube e construída segundo as linhas mestras do pensamento científico e dos valores da cidadania.


Os signatários,
Ana Isabel Buescu
António Emiliano
António Lobo Xavier
Eduardo Lourenço
Helena Buescu
Jorge Morais Barbosa
José Pacheco Pereira
José da Silva Peneda
Laura Bulger
Luís Fagundes Duarte
Maria Alzira Seixo
Mário Cláudio
Miguel Veiga
Paulo Teixeira Pinto
Raul Miguel Rosado Fernandes
Vasco Graça Moura
Vítor Manuel Aguiar e Silva
Vitorino Barbosa de Magalhães Godinho
Zita Seabra