segunda-feira, 30 de junho de 2008

Ando com necessidades...

De tempos a tempos, apetece-me fazer uma espécie de avaliação da minha pessoa. Não da minha vida, mas de mim. Eu enquanto ser humano.
Sempre me identifiquei com os vilões das histórias. Não tenho paciência para pessoas boazinhas e essas coisas. Não simpatizo com causas e acabo sempre por achar algum defeito nas mesmas. Para causa humanitárias chego eu. Não tenho paciência para crises emocionais, depressões, manias e possessões. Para pessoa necessitada de psiquiatria chego eu. Não tenho paciência...pura e simplesmente.
E será que isso me torna má pessoa? Será que não tenho sentimentos? Errado. Segundo as pessoas que me conhecem, até tenho sentimentos a mais. A vida já me deu pancadas fortes na cabeças mas eu, teimoso como sou, continuo a acreditar no ser humano e nas suas coisas.
Irrita-me esta falha na definição do meu ser. Queria poder dizer simplesmente: sou uma má pessoa. Uma espécie de House nas suas deambulações médicas e humanas. Mas não o sou.
Também não sou boa pessoa. Não consigo deixar de pensar nisso.
Afinal? Instável sou de certeza. Todos somos. Humano? Não me chega como argumento para me caracterizar. Chato? De certeza...
Pode ser que daqui a uns anos tenha uma resposta. Pode até mesmo ser que isto não interesse para nada. Provavelmente...

6 comentários:

elvira carvalho disse...

Ciclicamente todos temos crises de auto-avaliação. Diz o povo que de médico e de louco, todos temos um pouco. Deve ser de médico psiquiatra, penso eu às vezes, por causa da mania que temos de nos auto analisar. E depois deixe lá, ainda recorrendo à voz do povo já que dizem que voz do povo é voz de Deus, diz o povo que ninguém é tão bom como se julga, nem tão mau como o pintam.
Um abraço

ariba disse...

Então, essa é fácil!
És simplesmente...Eskisito!

Beijos :)

Dina disse...

Estou com a Ariba...és esquisito é o que é...
Agora a sério, acho que todos nós somos bons e maus.
Já pensaste que grande chatice seria se fossemos todos perfeitos?
Bj

_f_[X] disse...

As pessoas boas são uma seca e nunca são tão boas como parecem, apenas reprimidas por não poderem exercer a sua maldade pelo medo do julgamento social.
Abraço

elvira carvalho disse...

Passei. Deixo um abraço e votos de bom Domingo

Belzebu disse...

Não te basta ser Eskisito? Deixa as definições para os outros e segue o teu caminho, pá!

Cada vez que penso naquilo que sou, ainda fico mais confuso, tal a vulnerabilidade que todos sentimos em relação aos outros e ao ambiente onde nos encontramos. Acho que só com muita presunção é que nos podemos definir sem hesitações!

Aquele abraço infernal!