sábado, 7 de junho de 2008

Regionalismo

E se a discussão sobre Portugal me irrita, o que dizer das discussões sobre as nossas terras natais? (obrigado Teresa...nunca me falhas)
Ora, um gajo passou a adolescência toda a dizer mal da terrinha, porque não tinha isto ou aquilo, porque as gentes eram assim ou assado, a desejar fugir dali com todas as forças do corpo e mais algumas. Conseguimos o nosso intuito, a terra onde estamos é mais isto e aquilo e as pessoas são assim e assado. Comentamos que somos de sítio tal.

Eu - Epá, dessa terra só vêm é coisas más (ou um desses provérbios que existem sobre todas as terras para se dizer mal dos seus habitantes, o que acaba por revelar bastante sobre a união dos portugueses...alusão clara ao post anterior)!

O outro, a outra, o grupo: O QUÊ!! Tu não digas mal da minha terra. Aquilo é do melhor e tal, come-se bem e as prostitutas são excelentes profissionais.

Eu - Mas, falta isto e aquilo.

O outro, a outra, o grupo: Mas temos o clube desportivo: O Minuim de Alcagoitas. E as associações culturais que organizam desfiles de moda com os senhores da terceira idade.

Eu - Não eras tu que no outro dia estavas a dizer mal desses desfiles?

O outro, a outra, o grupo: Mas...a minha é melhor que a tua.

Aqui concedo que estou a ficar assim. O povo diz mal da minha terra e eu até sou capaz de tentar argumentar que aquilo até está a ficar melhor e tal. Mas acabo por não me esforçar muito. A sério...para quê? Os portugueses têm sempre razão. O problema é que são muitos...

5 comentários:

Teresa disse...

:)
Terra natal não é uma palavra composta (seria terra-natal, que não existe), como tal não se colocam as espinhosas questões do plural. É mesmo "terras natais"... :)

elvira carvalho disse...

Vejo que continua desiludido com o País e a terra onde nasceu. Não está sózinho. Se a Pátria deve ser mãe, esta está sendo uma madrasta tipica,(há madrastas boas). Mas vou-lhe contar uma coisa. Eu já vivi fora. E não calcula as saudades que tinha da terra onde nasci (uma m****) dum terreno perdido entre pinheiros sem nada de nada. Mas aquele pedaço de chão, aquela barraca onde nasci, o rio onde tomava banho, estava dentro de mim de tal modo que até sonhava com ele.
Eu tenho um blog, onde eu posto trabalhos meus, mas onde posto também slides de várias terras de Portugal. É bem mais recente que o Sexta e tem mais visitantes. Muitos são brasileiros que vêem pelo Google para aprenderem a fazer algum algum trabalho, mas a grande maioria são emigrantes portugueses que vêm matar saudades das suas terras. Há alguém na América que vem quase todas as semanas. Vê sempre o mesmo. Braga e Sra do Sameiro. Na Suíça há alguém que sempre visita Arcos de Valdevez. E por aí. Alguns inclusive pedem por mail se não tenho fotos deste ou daquele sitio.
Dá para tirar algumas conclusões, não?
Um abraço e bom fim de semana

wednesday disse...

Eu gosto muito da minha cidadezita, Portalegre. Faltam-lhe muitas coisas, mas também por isso é que é tão bom ir lá e descansar e não ter stess com trânsito e milhares de pessoas!

Dina disse...

Eu não tenho esse problema...a sério, nasci numa terra que mal conheço.:):)

Formiguinha disse...

Está mas é tudo febril....

A mim só me dá essa onda do patriotismo quando estou longe, mas assim que chego a aeroporto de Lisboa passa-me logo!!! Ainda bem!!

Bêjos