sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Falling down

Eu compreendo todos aqueles que um dia se passam da cabeça, pegam em armas e começam a matar todos os que lhe aparecem pela frente. A sério.
Dia de folga. Feliz e contente da vida. Nada para fazer a não ser nada. Vamos à cidade grande tratar de umas coisas sem importância e fazer umas compras. Vamos ao recém-aberto Jumbo. Ena pá.
Compramos a fruta, brincamos com as balanças maricas, em suma, passamos uma hora a fazer o que o pessoal da nossa condição financeira faz: ver coisas que nunca vamos ter dinheiro para comprar. Chego à caixa e vejo o Correio da Manhã. Hoje, sexta-feira, é dia de DVD semi-gratuito. Aproveitar, porque não há dinheiro para comprar dos não-gratuitos. ERRO.
Na caixa dizem-me que não sabem de oferta nenhuma com o jornal. Digo que não é oferta. Ela ignora e liga para o deus da coisa a perguntar o que há-de fazer. O deus da coisa diz-lhe que me mande ao Balcão de Acolhimento. Eu faço a piada do "...mas eu quero ir-me embora..." e ela fica a olhar para mim.
Chego ao Balcão de Acolhimento menos acolhedor da história. Duas bimbetes a mascar pastilha e com ar de prostitutas reles. Sem exagero. Fico uns bons dez minutos a ver uma senhora a reclamar porque lhe tinham cobrado seis vezes o mesmo pacote de massa. O que seria simples tornou-se complicado naquelas cabeças.
Finalmente sou atendido. Explico que quero o DVD que deveria vir com o jornal. Momento de silêncio. Nova série de telefonema para o deus da coisa. Aparece-me uma funcionária com todos os DVD's de oferta de todos os jornais, menos aquele que eu queria. Volto a ficar à espera dez minutos. Volta a funcionária, que depois de telefonar ao deus da coisa, me informa que não há DVD para ninguém. Digo que quero o reembolso do jornal, que obviamente não vou levar.
Volto a ser atendido pelas bimbetes. No talão que lhes entreguei diz que o jornal custou 1 euro e que tive um desconto de 10 cêntimos. Elas querem-me devolver dez cêntimos. Uma delas usa o segundo neurónio e resolve dar-me um euro. A outra volta à carga com os dez cêntimos. E finalmente, após outros dez minutos, recebo 90 cêntimos.
Resolvido? Não. Ainda precisavam do talão para retirarem uns dados. Mais cinco minutos.
Conclusão? 45 minutos da minha vida perdidos. 45 minutos do meu dia de folga perdidos. Eu que até sou inteligente e tal ando metido numa fábrica. Estas p"#$" dum c"#$"# atrás de um balcão no Jumbo.
Qualquer dia abro o telejornal. E vocês ficarão orgulhosos de mim...

7 comentários:

AP disse...

Conseguiste ter essa paciência durante 45 minutos?! Não é fácil...
Mas quem nunca passou por um momento destes? Infelizmente.

Cruxe disse...

Rapaz, mas tu vê lá que se pensares ir para lá com uma caçadeira e desatares aos tiros aquela gentinha toda, avisa-me primeiro para eu fazer a reportagem e ganhar uma pipa de massa a vender as imagens :P

Dina disse...

Calma...que as moçitas são caloiras naquilo...

wednesday disse...

Realmente, há que ter muita paciência... Foi um mau momento, mas para a próxima já pensas duas vezes... O que é oferecido tem sempre uma na manga... ;)

elvira carvalho disse...

É sempre a mesma coisa. Quando é você a pagar, tudo são facilidades. Quando você reclama, e tem direito a devolução, tem que se encher de paciência. Começa com o estado, que lhe manda uma coisa para pagar, que você sabe que está isento desse pagamento. E o que é que acontece? É informado que primeiro tem que pagar, e só depois apresenta a reclamação acompanhada do documento probatório de que está isento.
É sempre assim.
Um abraço e bom Domingo

Van Dog disse...

ehehe...
(é por essas e por outras que as armas não devem estar demasiado acessíveis... todos temos essa tentação de vez em quando... )

bell disse...

Essas funcionárias podiam ter vindo da minha turma de currículos. Parece-me bastante provável...