quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O estado da nação e uma imperial fresquinha, ó faz favor!

Hoje foi dia de pensar no estado deste país onde vivo e, considerando a quantidade de taxas e impostos que pago, do qual sou dono em parte. Quais são os verdadeiros culpados? Quem deve pagar por tudo isto? Quem é que comeu o último pudim que estava no frigorífico? Dúvidas que me assolam frequentemente.

Ora, os portugueses, como todos sabemos, dividem-se em duas categorias: os portugueses “faço e aconteço” e os portugueses “deixa andar, a ver no que isto dá”. Felizmente, os portugueses “vou ali fazer, já volto” são uma espécie em vias de extinção, porque senão perdia o tema para este texto, e isso não tinha grande piada.

Na antiga escola primária (ah, as saudades dos tempos em que os professores batiam nos alunos, mas isso são outras histórias), ensinaram-me que Portugal vivia, sobretudo, de indústria e agricultura. Hoje, se ensinassem alguma coisa no 1.º Ciclo, diriam que há uma nova forma de subsistência: os comentários políticos e sociais.

Entre duas imperiais e um pires de tremoços, dizem-se os mais actuais e mordazes comentários políticos deste país. Aliás, é sabido que o Prof. Marcelo aperfeiçoou a sua arte na tasca da Dona Javarda, que para além de ter sempre a casa cheia dos maiores comentadores do país, fazia também uns pipis que era uma categoria.

Basta estar com atenção em qualquer café e ouvem comentários políticos como: “O Sr. Dr. Prof. Aníbal Cavaco Silva tinha extrema razão ao apontar as fragilidades da nossa economia no discurso de Ano Novo. Pelo ritmo a que a nossa economia se fragiliza, temo pelo futuro do nosso país”, ou o grande clássico: “O Sócrates?! É um mari…!”. E nota-se também que são pessoas que estão actualizadas ao nível dos acontecimentos sociais que decorrem neste país, quando se ouvem comentários deste calibre: “Em vez de se gastarem meios desnecessários para festas e eventos, os famosos deste país deveriam organizar-se e angariar fundos para calamidades como a que sucedeu no Haiti.”, ou os clássicos como: “O Castelo Branco?! Esse é mari…!".

Claro que eu, como português de gema, resolvi juntar-me a este grupo que faz avançar o nosso país. Falta-me apenas decidir em que categoria de Portugueses me encontro. Parece-me, no entanto, que vou acabar por decidir deixar andar, a ver no que isto dá.



Nota: Este será o texto que irei submeter a aprovação para o início das minhas crónicas jornalísticas. Se correr bem, logo vos aviso. Se não correr, vou dizer que correu bem à mesma, porque vocês não sabem se é verdade ou não. MUAHAHAHAHA!


sábado, 23 de janeiro de 2010

O Sexo e o Eskisito

Que belo título para um post onde vou falar de tudo menos de sexo. Porquê? Porque acho que as vossas pessoas já têm pesadelos suficientes sem terem de pensar na minha larga imaginação sexual, onde o David Lynch é considerado um amador em termos de inovação e loucura.
Posto isto, sobre o que é que o vosso amigo Eskisito vai escrever hoje? Sobre coisas que não têm tanto interesse como sexo.
Fizeram-me uma proposta para começar a escrever regularmente uma crónica sobre a vida e sobre todas aquelas coisas que nos fazem pensar. Qualquer coisa semanal, com uma certa piada, em que o vosso querido amigo explora a fragilidade do ser humano. Ao que eu respondi que não sabia se aceitava, porque, para além de não conseguir escrever textos com o mínimo de piada, tenho um blog que anda pelas ruas da amargura. A falta de ideias para a escrita é o pior inimigo de um blog. Isso e aqueles comentários dos chineses e do pessoal dos vírus. E o José Castelo Branco. Mas este é o inimigo de qualquer coisa que se apresente de forma inteligente.
Melhor ainda, a proposta incluía não ganhar dinheiro. O que é coisa para me fazer ganhar logo um sentimento de amor em relação a qualquer proposta. Para além disso, trazia um ilustrador agarrado às minhas crónicas. Parece que virou moda as crónicas com ilustrações.
Por isso, tenho a dizer-vos que estou em negociações com o meu cérebro. Será que vou conseguir escrever um bom texto semanal com piada? Será que devo sequer perder tempo com isto? Será que não os consigo convencer a pagar-me efectivamente alguma coisa?
Preciso da vossa ajuda, leitores que não desistem deste blog. Que dizem? Acham que consigo? Acham que ainda tenho o que é preciso? Acham que o cabelo da Manuela Ferreira Leite se aguenta com uma ou duas latas de laca por dia? Digam de vossa justiça.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Ministério nas escolas de Sintra

Ora, coisinha para meter o seu quê de piada é tentar dar uma aula com 3 graus positivos numa sala sem qualquer tipo de aquecimento (se pusermos de parte o aquecimento humano).
Cada sala tem um computador e um projector novo, oferta do Ministério, que é coisa que faz tanta falta como uma boa dose de peste negra no seio de uma colónia de formigas vermelhas. Temos pessoal a instalar cabos e calhas técnicas por toda a escola, extensões e telas, quadros interactivos e sei lá o que mais nos reserva o futuro. Os alunos agradecem. Principalmente aquele que está sentado à minha frente e que não me vê porque tem um monitor a tapar-lhe a visão.
E aquecedores, ou ar condicionado? Uma lareira? Eu já ficava contente com um bidon de óleo com um lixozinho a arder, que até nem contrastava tanto com o cenário desta escola. Como é que esperam que um aluno queira saber do que é que o professor (aquele gajo que está lá na frente com tanta roupa que parece o boneco da Michelin) está a falar, quando nem sequer consegue aquecer o cérebro, quanto mais os dedos para pegar na caneta e escrever alguma coisa?
A única vantagem do frio é que a taxa de criminalidade baixou 90%. Agora só os putos com luvas térmicas é que ainda conseguem pegar na navalha para estorquir alguma coisa aos colegas. e toda a gente sabe que as luvas térmicas são caras.
Três vivas para o Ministério ...hip hip...hipotermia!!!

domingo, 3 de janeiro de 2010

Nota-se muito que estou com a neura?...

Vera Y. Silva deixou um novo comentário na sua mensagem "Ah, mas como é que...?": um post a falar de mudanças! os próximos serão - suponho - sobre os seus jantares e, quem sabe, idas à casa de banho. Leia um livro ou dois e verá que há vida para além do seu umbigo. Porque é que as pessoas que não têm nada para dizer teimam em escrever?


Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "O medo, o horror, a tragédia": Estou a gostar do blog, mas achei este comentário um pouco foleiro.Velhinhas, bikini...Não cai bem, principalmente vindo da boca de um prof. Sou velhinha, uso bikini à n anos. Odeio fatos de banho, são elegantes mas desconfortáveis. Há que rever essa maneira de pensar, Ok? Cá.

Para os que acompanham este blog desde o ínicio sabem que eu até sou pessoa para reagir bem a todo o tipo de críticas. Nunca me deixei afectar pela opinião dos outros. Algo que ver com a educação que tive ou coisa que valha. Desta vez, e fugindo um pouco a este modo de vida, recebi de rajada dois comentários que, de alguma forma, me atacam. Claro que o comentário assinado pela Vera Y. Silva é muito mais letal que o assinado pela Cá. Por isso, as respostas seram também letais em proporção.

Vera...nem sei por onde começar. Ah, talvez pela parte em que lhe digo que este blog é meu. E se me apetecer escrever sobre a minha ida ao WC e o tamanho e consistência das minhas fezes, fá-lo-ei. Por isso, o meu umbigo é mesmo o mais importante neste espaço. Sem ele, para além de ficar com uma barriga esquisita, não havia motivo para este blog ter sido criado.

Para além disso, e este comentário vai para todos os bloggers que, como a Vera, pensam que ter um blog é uma coisa séria, pesada e, vá lá, pseudo: desenganem-se. Através do meu blog umbilical descobri blogs de pessoas que usam o mesmo apenas como um modo de contar a sua vida a outros, tentando ser divertidos, encarando as suas complicadas vidas através desta catarse. E as pessoas comentam e animam as vidas de uns e de outros.
O que me deixa uma dúvida ainda maior? Qual é o objectivo de um blog a dar para o intelectual que não seja a divulgação de um ego tão grande que a autora do mesmo considere que pode criticar blogs mundanos e pessoais? Afagar o próprio umbigo?

Cá, antes de tudo, obrigado pela sua visita. Mas não, não vou mudar a minha maneira de pensar. Em primeiro lugar, ninguém no seu perfeito juízo gosta de ver pessoas com 65 anos de bikini, tanga ou qualquer peça de roupa reduzida demais para não causar pesadelos e largas contas de terapia. Em segundo lugar, o facto de ser professor não é propriamente relevante para este assunto, pois não? A não ser que agora o Ministério também nos obrigue a não ter uma opinião sobre bikinis na terceira idade, porque nesse caso não volto a tocar no assunto que eu até sou bem mandado, como muitos posts anteriores assim o demonstram.

Minhas amigas, felizmente para mim e para este blog, ainda vivemos num país onde ainda se pode dizer livremente o que se pensa. E onde a Vera me pode insultar e onde a Cá pode usar um bikini. Por mim, tudo bem. Ser-me-ia bem mais simples apagar os vossos comentários e nunca mais se ouvia falar nisto. Mas acredito mesmo na liberdade de expressão e nunca apaguei um comentário durante os três anos em que já ando nisto. Começo é a perder um bocadinho a paciência para estas coisas.

A todos os outros que me acompanham e que resolveram não começar o ano a chatear o menino, um Excelente Ano de 2010.