terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Ah, mas como é que...?

Quando uma pessoa pensa que a vida não tem mais surpresas, tudo nos mostra o contrário. Tenho de agradecer publicamente ao Rodrigo e esposa pelo apoio que me deram nas mudanças. Afinal o lingrinhas sempre serviu para alguma coisa e até me demonstrou que o tamanho não interessa mesmo.
Mas, a salva de palmas tem de ir para o Flávio e para a sua esposa. Vamos lá a ver uma coisa: eu sou o primeiro a dizer que isto dos blogs tem muito que se lhe diga. Muitas das pessoas que me dizem alguma coisa foram-me apresentados através de comentários nesta coisa. E já tive o prazer de conhecer vários. O Flávio foi um deles. Graças a Deus. O homem perdeu um Sábado descansado a coçar a micose em casa e a educar de forma excelsa o seu filhote para me ajudar a carregar uma vida em móveis. E ainda me arranjou a carrinha para as mudanças, trouxe-a de não sei onde e levou-a para não sei onde a seguir. Sem pedir nada em troca.
Quando comecei a escrever isto queria popularidade e não sei o quê. Recebi um monte de amigos. Acho que fiquei a ganhar...

domingo, 22 de novembro de 2009

E ainda...um maravilhoso automóvel!

Estou quase, quase a ter uma vida de volta. Ou seja, deixar de acordar todos os dias com as galinhas, para carregar um carro cheio de tralhas e coisas que nem sei para que as tenho. Por isso, parece que este blog irá conhecer de novo os seus melhores dias (AHAHAHAHAHAHAAH) aquando da total mudança para a cidade grande.
Por enquanto, meus caros dois leitores, ficamos por este pequeno telex.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Do gueto...

Dou aulas num sítio onde anda pessoal do gueto, onde há armas e polícia todos os dias, onde todos se ameaçam de porrada todos os dias, onde há assaltos, onde tudo pode acontecer.
Hoje descobri que todo este pessoal duro e formado da melhor nata da coragem tem medo de uma coisa. Estou eu a dar uma aula, quando toda a turma começa a gritar de forma histérica. Penso que aconteceu o pior, e vejo a grande ameaça: um mosquito.
Agora venham eles com a conversa de que são do gueto...

domingo, 1 de novembro de 2009

Vegan day...

Ena...tenho um blog. Essa coisa maravilhosa que eu não uso. FILHO, EU NÃO TENHO TEMPO!!!! Bom, vou ali tomar os comprimidos..
Novidades: já tenho carro e casa na cidade, mas ainda vivo no fim do mundo. Falta a parte das mudanças. E já agora, se alguém souber de uma empresa baratinha de mudanças, esteja à vontade para me dizer algo.
Mas, o que me trouxe aqui foi o facto de hoje ser o dia dos Vegans. Ou seja, hoje é o dia do pessoal que acredita que as plantas não têm sentimentos. Apenas os animais. Todos. Eu concordo com todas estas teorias de alimentação, mas a mim, quem me tira um bom bife...
O problema é que esta gente é pior que os Mórmons ou os Jeovás: tentam sempre converter o pessoal à causa deles. Epá, eu respeito a cena, a sério. Parem é de me chatear com todas as questões do pobre do peixinho ou da vaquinha que tem sentimentos. Não consigo. Eu nem consigo parar de fumar, quanto mais deixar de comer a bela da sardinha assada ou do bitoque.
Bom, agora vou vegetar um pouco para o sofá e aproveitar o pouco descanso que me resta...amanhã, upa da cama às 05h00. Yupi!!!

domingo, 18 de outubro de 2009

E tal e coiso...

Estou com uma falta de tempo impressionante para passar por aqui. Claro que a justificação se prende com duzentas viagens por dia para ir para a escola, aturar putos mais parvos que uma casa, voltar para casa e tentar fazer alguma coisa quando chego. Com aqueles 2% de tempo que me sobram por dia, acabo por nunca ter tempo para passar por aqui e dizer algo.
Por isso, hoje que é um Domingo tão solarengo, passei por aqui só para falar numa coisa que me passou ontem pela cabeça. Estava eu no belo do zapping de 4 canais, quando vi que a RTP1 estava a dar um maravilhoso programa. Dança Comigo. Não um Dança Comigo normal, mas no gelo. E o pensamento que me passou pela cabeça foi: o que se segue? Dança Comigo em Carvão em Brasa? Dança Comigo em Pregos Cheios de Sífilis e outras Doenças do Género?
E penso eu que não tenho tempo. Os criadores da RTP também devem andar na mesma...

domingo, 27 de setembro de 2009

Coisas que me apoquentam

O meu carro morreu três dias antes de ter sido colocado. Por isso, enquanto ainda não tenho casa em Lisboa, faço o caminho de ida e volta através de não sei quantos meios de transporte todos os santos dias. A princípio, tudo isto me cansava e achava que não iria aguentar o ritmo. Logo me lembrava dos meus tempos de carregar peixe ou carne congelada. E penso na sorte que tenho.
Quero viver por ali. Mas vou fazer tudo para escolher uma casa com calma e pensar em toda a logísitca da coisa com o máximo de ponderação. Porque uma casa não se muda assim de um dia para o outro. Pior, como é que eu transporto os peixes sem os matar? Coisas parvas que me passam pela cabeça...
Para além disso, tenho que comprar um carro. Com calma também, que eu não nado em dinheiro e tenho de comprar usado. E toda a gente sabe que nem tudo o que luz é ouro. E que grão a grão enche a galinha o papo. E que mais vale um pássaro na mão que dois a voar. O que é que isto tem a ver com o carro? Tudo.
Mais notícias se seguirão...se o Sócrates assim o permitir.

sábado, 19 de setembro de 2009

LX

Após lágrimas, revolta e coisas que tais, acabei por ser recompensado. Talvez não como queria. Mas é uma recompensa.
Tal como expliquei no último post, chegámos à fase em que os professores se candidatavam às escolas como se de um emprego se tratasse. Apareceram-me 7 horários na mesma escola. Pensei: Última hipótese. Conseguir ficar colocado e na mesma escola que a Maria. It's a long shot, mas que se lixe. Tentei.
Consegui. Ficámos os dois na Zona Norte de Lisboa, na mesma escola, no mesmo grupo, na mesma vida. A 100 e tal km de casa, a apanhar não sei quantos autocarros e comboios por dia, totalmente estourados e à procura de casa na zona, a pensar em mudanças e outras confusões.
Estou feliz. Mais um ano colocado. Apesar de tudo estou colocado. Apesar de tudo estou onde quero, numa escola a ensinar. Apesar de tudo...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Concursos, Colocações, Ofertas de Escola e Bolsa de Recrutamento

Este post serve para que os não professores tenham uma pequena (e será sempre pequena) ideia do sofrimento e exaustão mental a que este Ministério expõe os professores desde o final do ano lectivo passado.
Já passámos por duas fases diferentes de concurso. Na primeira fase entraram aqueles professores que fazem parte dos quadros e pouco mais. Na segunda entraram os restos dos quadros e alguns (poucos) contratados.
Claro que tudo isto aconteceu sem datas e sem qualquer conhecimento de número de vagas. Desde o ínicio de Agosto que andamos nisto. E agora, para facilitar mais o suicídio, chegou uma nova forma de concurso: a Bolsa de Recrutamento. Aliás, mentira. Segundo o Valter Lemos, esse iluminado da Educação, no dia 31 de Agosto eram colocados 5500 professores em Bolsa de Recrutamento. Pois...tal não aconteceu. Ah, e que a Bolsa começava a receber horários de escolas no dia 1 de Setembro. Pois...tal não aconteceu.
Soube através de um fórum de professores que, afinal, a Bolsa começava a dia 7. Pois...aconteceu...a partir das 16h. O que invalidou o primeiro dia. Ah, e que os primeiros resultados saíam hoje (dia 9). Pois...tal não aconteceu. Para além disso, deixou de haver listas para que possamos acompanhar a nossa evolução (ou saber se existem colocações com factor C). Conveniente. Ou seja, enquanto a Bolsa durar, pelo que eu sei, todos os candidatos na Bolsa atrás de mim podem ficar colocados e eu ficar em casa a dar em maluco. Assim decidiu o Ministério, que achou ser melhor escurecer o processo em vez de o deixar às claras.
Para além disso, temos as Ofertas de Escola. Encarem isto como uma candidatura a um emprego. Mandam uma proposta com o vosso currículo (neste caso com médias e graduações) e nunca chegam a saber quem entrou, se estava atrás de vós nos concursos. Nada. Novamente, um processo escurecido pelo Ministério, pois no ano passado, em todas as ofertas de escola mandavam um mail a dizer que não tínhamos sido seleccionados e quem tinha sido. Para além disso, são as Escolas que escolhem os critérios a serem pedidos na escolha de professores. Por exemplo, já vi uma escola que tinha um critério giro: ser Bombeiro Voluntário na localidade em questão. Ora, ser Bombeiro, como todos sabem, é essencial para ser professor. Ou isso, ou alguém queira colocar um primo numa escola. Uma de duas.
Agora que já vos fiz um resumo (e garanto que isto é a versão resumida dos concursos) imaginem o que me irrita ver os paizinhos a concordarem com a Ministra, afirmando que a culpa do estado do ensino é dos professores, que são bem pagos demais e não fazem nada. Imaginem o que me irrita o silêncio dos sindicatos nesta altura, em que só os contratados lutam, e esses não têm poder para os eleger, nem para lhes dar tacho. Imaginem o que me irrita o silêncio dos meios de comunicação social, que se preocupam com a cor das cuecas do Ronaldo, mas não se preocupam com uma situação que afecta 50000 portugueses.
Agora, imaginem o que é viverem agarrados a um telefone há mais de 9 dias à espera de um contacto de uma escola. Imaginem o que é esperar um mail com uma colocação. Imaginem o que é não saber onde vão parar, se vão parar, quando vão parar. Imaginem o que é terem de deixar a vossa família num sítio e terem de atravessar meio país para ganhar dinheiro, aturando pais e crianças que já desistiram da escola.
Imaginem o que é viverem assim. E talvez percebam que quando saímos à rua é por algum motivo. Porque estamos fartos de viver assim.
Agora vou ver o meu mail e olhar para o telemóvel até me deixar dormir.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Vantagens??? Pois sim...


Então não gosto?? Adoro.

sábado, 5 de setembro de 2009

A selecção e a minha esposa

Ora, ver um jogo da selecção Brasilei... desculpem, da selecção Portuguesa (se é que ainda lhe podemos chamar isso...está bem que se tivermos um bando de velhos cegos e pernetas escolhidos a dedo podemos chamar-lhe uma selecção...mas adiante) com a minha querida esposa é de facto tão bom como ver um dramalhão do caneco. Ela chora, ela ri, ela insulta toda a gente, ela não percebe qual das equipas é Portugal e passa 10 minutos do jogo a insultar os portugueses...
- Querida, Portugal está a jogar de branco...
- Afinal, eles não jogam de encarnado?!
- Não querida, branco...
Mas o grande momento do jogo foi quando ela usou as palavras "coitadinho" e "Ronaldo" na mesma frase. Considerando que ela passa metade da vida a insultar o puto, achei uma tremenda piada a esse pequeno comentário.
O pior é que ela é extremamente racista nos comentários. O que torna a questão difícil tratando-se dos dinamarqueses. Acho que o pior que se pode dizer deles é que escrevem contos infantis. E ela hoje até esteve bastante fraquinha nos insultos.
Claro que faltam uns minutos e Portugal está a perder. E vaticino que isto é para manter. Por isso, meu caro Queiroz, já foste!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

sábado, 29 de agosto de 2009

F$#%-SE!

A minha querida Maria passa a vida a dizer-me para não escrever posts cheios de sentimento. Que o pessoal não tem paciência para ler e que não querem saber do meu sofrimento. Desta vez vou ignorar o seu conselho. Porque estou realmente chateado com o facto de não ter sido colocado. Nem eu, nem ela. Irrita-em que existam não sei quantos professores de segunda por aí a ocuparem horários e que eu não arranje nada. Não sou o Super-Professor, mas sou bem melhor que muitos que conheci.
Por isso, este é um post triste. É um post em que derrapo para o lado lamechas e isso tudo. Porque hoje foi um dia de merda na minha vida. E desde que sou professor (sete anos) é um dia que se repete muitas vezes.

domingo, 23 de agosto de 2009

Coisas que me moem o miolo...

Depois de uma série de eventos na minha vida, dou comigo sentado num sofá a pensar em várias coisas que me perturbam a cuca. Porque é que eu tenho uma vida económica que nem me deixa ir ao Avante beber uns canecos e estar com amigos? Porque é que a televisão portuguesa é tão, mas tão ruim que me faz querer pegar fogo ao meu televisor? Porque é que a porra das colocações nunca mais saem?
Quanto ao dinheiro, já começo a ficar habituado a isso. Quanto à T.V. ... sem comentários. Quanto às colocações...
Imaginem o que é nunca saber o dia de amanhã. Nunca saber com o que podem contar. Se fico com uma escola, se tenho de arranjar outro emprego. Se for colocado, pensar no onde e em todos os comos que isso arrasta. Se tenho de mudar de casa, se tenho de adaptar toda a minha vida...
Sinceramente, é a espera que me dá cabo da cabeça...o resultado é apenas a consequência. Esperar é cruel. Este ano nem sequer deram uma data. Ou seja, estamos todos a roer as unhas em casa a esperar...e a esperar...e a esperar... ah, e a desejar uma diarreia daquelas boas ao pessoal do Ministério. Afinal, somos professores, mas humanos.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O medo, o horror, a tragédia

Ora, eu até nem tenho nada contra as terceiras e quartas idades. Excepto quando falamos das terceiras e quartas idades aqui na santa terrinha onde Judas nem passou, tal era a insignificância deste buraco. Existem momentos na vida de um homem em que apetece fazer algo como pegar numa arma e desatar aos tiros indiscriminadamente. Ontem tive um desses momentos.
Eu sofro de uma pequena doença de pele. Nada de mais, coisa pouca. Uma das curas para isso é a água do mar. Como não há mar aqui na terrinha, tenta-se a hipótese dois: o cloro das piscinas. E isso a terrinha tem.
Ontem ia eu a a Maria para o meu momento diário de cura quando notámos uma anormal concentração de automóveis junto às instalações da pisicina. Pensámos que se trataria de qualquer evento nas piscinas interiores, visto que a média de frequentadores à hora que vamos se limita a 10 pessoas (muitas vezes apenas nós).
Qual não é o nosso espanto quanto olhamos para a piscina exterior e a mesma está cheia? Mas, o horror era que estava cheia de velhinhas adoráveis, daquelas que parecem as nossas queridas avozinhas, TODAS DE FATO DE BANHO OU BIKINI!!!! Sim, leram bem, BIKINI!!!
Ao que parece, era a aula de Hidroginástica. Gratuita. E bastou que uma velhinha soubesse para que aquilo virasse o chá das cinco (piada à incontinência e ao facto de estarem dentro da piscina).
Saí blasfemando todas aquelas senhoras e o senhor que teve a ideia peregrina das aulas de ginástica dentro de água. E, está claro, acordei várias vezes ao longo da noite a gritar: BIKINI!!!

sábado, 8 de agosto de 2009

Façam o favor de ser felizes

É certo que montes de pessoal morre. Todos os dias. Muitos deles famosos, outros nem por isso. Quase nenhuma dessas mortes me toca. Hoje foi um dia de excepção.
O grande Raul Solnado já não está entre nós. A partir de hoje faz rir anjos e outros que tais. E, ao saber a notícia, senti-me triste. Com razão para tal. Se aprendi o que era humor foi com ele. Muito antes de saber o que era Python ou qualquer outra das minha influências de humor, ouvi Solnado em vinil a descrever uma guerra sem sentido como todas as outras guerras sem sentido. Ouvia ladrões de carteiras de escola e avôs que eram surdos que nem uma porta. Ria-me de piadas que nem sequer percebia porque Solnado fazia rir.
Poucos artistas conseguiram ou conseguirão o que Solnado fez pelo humor em Portugal. Foi ele que começou o Stand Up ainda o Nogueira e o Nilton andavam de fraldas. Foi ele que criou os tempos cómicos mais perfeitos da história. Foram dele as melhores personagens de humor criadas em Português.
Por vezes esquecemos os grandes. A ti, que me ensinaste o que é rir, desejo-te que nunca sejas esquecido.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Actimel

Marco Paulo. Basta dizer estas duas palavras para o post estar completo. O problema é que eu tenho de estragar tudo.
Ora, lembro-me eu que o senhor disse, aquando do seu cancro (ou câncaro, consoante os seus fãs) que foi Fátima (não a de Felgueiras, mas a Nossa Senhora) que o curou. Claro que a minha sogra é fã do mesmo (e o meu sogro diz que ele tem um desvio sexual, o que dá brigas engraçadas) e acha que foi mesmo a dita. Eu acho que foi mais ali para os lados da Diabba que veio a cura do mesmo.
De qualquer das formas, agora o senhor vem para a televisão dizer que é do Actimel. Portanto já começa a ser difícil escolher quem tem a culpa de ele se ter safado. E isto para já nem sequer falar do aparelho auditivo que eu nunca hei-de usar, visto que se ouve em permanência as canções do senhor.
Para além disso, estou a ver o Verão Total em Elvas. Para quem não sabe, o Verão Total é um daqueles programitas de verão itinerantes, que passam de terrinha em terrinha. Por isso, continuo à espera que o Marco Paulo lá apareça a cantar. Porque isso sim, completaria o meu dia. Aliás, a minha vida.

domingo, 19 de julho de 2009

Medo

Estava eu nu sentado no sofá (é uma longa história que não me apetece estar a explicar aqui, mas garanto-vos que não é habitual) e o José Rodrigues dos Santos, com voz marota e ar dengoso, diz a seguinte frase: "A si, em especial, uma boa noite."
Estou em choque...

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Amorrr não é...Parte 1

Em resposta a uma certa bloguista que por acaso mora comigo (mas um acaso muito grande), tenho aqui umas certas coisinhas que gostava de divulgar.
Quando me apaixonei pela primeira vez por ela (sim, porque uma pessoa apaixona-se quase todos os dias), achei que ela era a pessoa mais querida do mundo. Sim, eu sei. Eu sou estúpido que nem uma porta.
Passados uns meses, começaram a sair as garras. Mas eu vivia no amor e deixei andar. Hoje é ela que usa as calças cá em casa. Sem comentários.
Pois é, se queres conhecer a tua mulher, olha para a tua sogra. E eu sei de antemão que estou tramado. Porque ela hoje já consegue ser pior que a dita cuja.
Hoje chateou-se comigo porque eu demoro muito tempo a sair da letargia do acordar. No meu primeiro dia de folga em quase duas semanas. Estou tramado.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Sobre as colocações...

"O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, desdramatizou os números. "Muitos dos candidatos são professores do ensino privado que tentam colocação no público ou professores que estão nas Actividades de Enriquecimento Curricular", disse, alegando que não ficarão no desemprego."


Meu caro Valter, se fosses ter um acidente mortal contra uma manada de sífilis e outras DST's? Com que então, o pessoal que anda nas AEC não está no desemprego? Hás-de me explicar como é que uma pessoa que não tem regalias sociais, que chega a receber 200 euros por mês de trabalho a recibos verdes pode ser considerado como colocado.

A sério, se fosses morrer longe e com muita dor, não fazias mesmo falta nenhuma.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Bom samaritano

Sempre me irritaram as pessoas que reclamam por tudo. Todo o mundo está contra eles, tudo lhes corre mal, todas as pessoas representam o demónio. Pois bem, e admitindo que por vezes sou assim, resolvi enfrentar uma dessas pessoas. O resultado, como é óbvio, foi desastroso.
Ninguém gosta que nos digam quais os nossos erros. Quais as nossas imperfeições. Que, por vezes, o problema somos mesmo nós.
Neste caso, estamos a falar de uma pessoa de quem ainda nunca ouvi ninguém dizer bem. Ninguém. Aliás, acho que sempre que ouvi falar mal dele. Hoje, como bom samaritano, resolvi interferir em mais uma das situações causadas pelo próprio, de forma a acalmar os ânimos já animados que se viviam na sala de professores. Erro!
Comecei por usar o humor, coisa que já percebi que falha sempre nestas mentes mais singelas. Meti uma laracha ou outra, mas a situação já tinha passado essa abordagem. Passei ao Plano B. Fazer com que as pessoas se acalmassem e discutissem como adultos. Claro que quando temos duas peixeiras a discutir a qualidade e o preço dos seus produtos, é preciso ser um pouco suicida para nos metermos no meio delas. Aqui passou-se o mesmo. Em vez de discutirem um com o outro, viraram-se para mim. Coisa que me fez perder a pouca paciência que me restava.
Moral da história, apontei os defeitos e as virtudes de cada um, virei costas e mandei-os para a mãe deles. Quem me manda a mim ser bom samaritano?
Agora já sou olhado de lado por mais duas pessoas dentro da escola. E cada vez mais feliz por isso. Por isso, até acabei por ganhar alguma coisa com isso.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Wrong turn

Acabaram-se hoje na minha escola as reuniões de avaliação. E desde já digo que cada vez mais me irrita ter escolhido esta carreira. Gosto de ensinar quem quer aprender, mas quem quer aprender é cada vez menos do quem quer passar o tempo na escola a beijar miúdas e a apanhar doenças.
Pois bem, estive num braço de ferro com os meus colegas de uma turma, porque me recusava a passar um aluno que, com 6 negativas, um passado de trampa naquela escola e com um comportamento miserável, tinha de ser passado porque já tinha chumbado o ano anterior. Ora, perguntei eu, qual é a vantagem de passar um miúdo que nada faz e nada sabe para outro ano? Disseram-me eles que tinha de ser. Se votasse contra, haveria outra reunião no dia seguinte, onde o meu voto deixaria de ter peso e assim passavam o puto. Mesmo que houvesse colegas que mudassem de opinião e o chumbassem, o puto passava por decisão do Pedagógico.
Acabei aquela reunião derrotado, mas deixei no ar uma pergunta que me deixou muitos amigos dentro daquela escola: "Vocês lembram-se do dia em que deixaram de ser professores?"

quarta-feira, 24 de junho de 2009

A minha vida por um cesto...

Pois. Como começar isto? Já sei! AUUUUUUUUUUU!
Ontem, depois de um dia de reuniões de avaliação que me deixaram de nervos em franja (ainda haverá um post sobre isto no futuro), resolvi ir com a minha Maria às compras. Como bom português, vou a vários hipers e supers em busca dos preços mais baratos.
Fizemos o grosso das compras no Continente, mas deixámos uma ou duas coisas para comprar no Jumbo. Por exemplo, sabia que o azeite Oliveira da Serra custava 1.60€ e seria uma boa compra.
Quando chegámos ao Jumbo, começámos a agarrar numa coisa, em duas, em três. Quando já parecíamos equilibristas do circo com não sei quantas coisas, lá resolvemos ir apanhar um cesto. Eu, cavalheiro, disse que iria lá. A minha Maria achou que seria ela a melhor apanhadora de cestos. Passou-me todas as compras para as minhas mãos. Desviou uma ou outra para que eu pudesse respirar. Enquanto ela demorou as duas ou três horas para voltar eu fui à charcutaria de senha amarrotada no meio dos sacos de meloa e outras coisas. A senhora da charcutaria diz o número e eu, numa tentativa falhada de ver o número da minha senha, mexi na ordem cósmica das coisas que trazia na mão, nas quais se incluíam duas garrafas de azeite.
De repente, dei por mim rodeado de pessoas de bata branca e de um segurança. Um mar de azeite no chão pintalgado de sangue e um dedo do pé com uns quantos cortes. Claro que a minha Maria ainda andava à procura de um cesto (ou a ver capas de revista, uma delas) e eu em dores e a sangrar.
Considerando o tamanho do Jumbo, acho que partir uma garrafa de azeite em cima de um pé é como um acidente na auto-estrada. Todos os que passavam demoravam mais uns cinco minutos do que era necessário para apanharem a sopa congelada ou as ervilhas.
As senhoras da charcutaria a olharem para mim com aquele ar de que eu ia morrer a qualquer momento, o segurança a passar-se porque não tinha luvas para me fazer o curativo e as pessoas opinavam sobre a gravidade das minhas feridas. E a Maria? Ainda em lado nenhum que eu pudesse ver.
E eu estava preocupado com o quê?. Não com o sangue que saía do meu corpo, não com as dores que sentia, mas sim com a garrafa de azeite que havia partido, com o incómodo que estava a dar áquelas pessoas, com o azeite que saltara para a minha roupa e com o sermão que iria ouvir da Maria porque nunca tenho cuidado com as nódoas.
Eis que então chega El-Rei D.Sebastião com o cesto. A olhar para todo aquele cenário com uma cara de pânico a pensar que todo aquele sangue me iria matar ou coisa que lhe valha e a falar rapidamente coisas sem nexo. Estava tão assustada que nem mandou a miúda da charcutaria que a tratou por tu para todo o lado.
Lá tive eu de fazer o curativo porque o segurança continuava de volta das luvas que não existiam, de comprar uns chinelos de praia porque as minhas sandálias estavam tão temperadas como uma salada de verão e de sair dali porque estava farto das entrevistas sobre o que me acontecera.
Tudo isto porquê? Porque não apanhei uma porra de um cesto quando lá entrei. Agora tenho um dedo todo negro cheio de golpes, uma cambada de dores e uma semana cheia de reuniões pela frente. Eu cheira-me que algum puto tirou um workshop de voodoo e que existe para aí um bonequinho de plasticina com a minha cara. Ou isso, ou é o meu azar típico a vir ao de cima.

terça-feira, 16 de junho de 2009

O fim...

Hoje apeteceu-me fazer como os miúdos e sair da minha última aula a gritar "Férias...Férias". Apesar de ainda me faltar mês e meio para estar efectivamente de férias e apesar de não ter sido um dos meus piores anos em termos de trabalho (e considerando tratar-se do primeiro em que fui efectivamente colocado), descobri que para além das aulas existe um mundo bem maior e mais complexo dentro dos muros de uma escola.
Certo é que me deu um prazer enorme acabar com uma das minhas piores turmas. Putos betos, todos iguais, com a mania que são gente. Se juntássemos todos os neurónios daquela turma equivalia a um décimo do cérebro de um José Castelo Branco.
É triste ver ao que o ensino chegou. Os alunos pensam que têm direito à positiva apenas por estarem dentro da sala. Tenho certos alunos que nem isso conseguem fazer de forma correcta. Mexem-se que nem macacos uma aula toda e, claro, ainda ficam ofendidos quando lhes dizemos para se sentarem como pessoas.
A maioria dos alunos nem sequer sabem ler ou escrever na sua própria língua. Como raio é que eu hei-de conseguir ensinar-lhes uma língua estrangeira?
De quem é a culpa? Não interessa. O que é que se pode fazer? Sinceramente, acho que nada. Portugal caminha para a estupidificação em massa. Seremos um país de chico-espertos analfabetos. Porque a partir do momento em que falha a educação...


segunda-feira, 15 de junho de 2009

Começo a achar que é pessoal

Hoje estava no meu caminho para casa e passou-me pela cabeça um pensamento: onde raio é que esta gente tira a carta? Eu sei que não é a primeira vez que falo disto aqui. Sei também que é inútil falar disto. Sei até que todas as pragas que roguei não passam de palavrões vociferados ao vento.
Nos dias em que estou atrasado ou em que o trabalho me corre mal, lá estão eles. Todos os condutores com 2 neurónios, sendo que um está ocupado com o que está a ouvir na rádio. É certo que eu não cumpro o código à risca. Mas não ponho ninguém em perigo. Nunca tive um acidente provocado por mim em 7 anos de carta. Claro que se tivesse um tanque isso seria diferente.
O problema são aquelas pessoas que inventam um código só para elas. Que se lembram de andar a 30km hora nas nacionais porque estão a ver os pássaros. Ou os que se lembram de ocupar duas faixas, porque têm um carro que não cabe num. Ou aqueles que acreditam que a faixa da esquerda serve apenas para o seu carro, e que resolvem andar a 40km a ver os monumentos da cidade. Ou ainda aqueles que pensam que todas as estradas de Portugal fazem parte do autódromo do Estoril. São esses (e muitos outros) que me conseguem tirar do sério.
Mas existe uma espécie que me tira mesmo do sério todos os dias. Os senhores que acreditam que uma rotunda se faz toda na mesma faixa em que nela entraram, seja a da direita ou a do meio. Todos os dias passo por não sei quantas rotundas. E lá estão eles. Todos os dias em todas as rotundas.
E é por um desses que hoje escrevo este post. Que o Sr.FDP dum C que me obrigou a parar no meio do C da rotunda, porque vinha a pensar na sua M de vida, tenha uma valente diarreia acompanhada de uma fatiazinha de sífilis, só para aprender a fazer a rotunda na faixa certa.
E pronto, era isto.

domingo, 14 de junho de 2009

E mais uma vez...

Uma nova imagem para o blog. Porque sim...
Espero que os dois leitores que ainda duram gostem.

terça-feira, 9 de junho de 2009

The devil within

Se há coisa que adoro nas escolas é a sala de professores. Parece uma pequena experiência científica de um qualquer doutor louco ou de uma ministra absurda.
Quando lá entrei pela primeira vez senti-me como aquele tipo feio e de óculos que fica num canto do baile à espera que alguma senhora tenha piedade dele e o convide para dançar. Não conhecia ninguém, o que acabava por ser uma vantagem. Quando os comecei a conhecer foi mesmo a parte pior. Muitos até são boas pessoas mas ficam possuídos pelo demónio ao mínimo incidente.
Ontem assisti a uma das piores possessões da história. O padre do Exorcista teria muita dificuldade para conseguir a limpeza desta alma.
Hoje, sinto-me como o rapaz feio e de óculos que não quer dançar. Fico ao canto por opção. No meio de uma profissão em que o nosso maior inimigo é o Ministério, faz-me uma certa confusão que se discuta o sexo dos anjos, e que isso crie inimizades entre soldados de um mesmo exército.
Quero apenas sair daqui com vida. E aprender com estas pequenas lições...

domingo, 7 de junho de 2009

Europeias

Tenho um aluno que costuma dizer que os meus discursos para motivar os alunos a serem mais e melhor parecem discursos políticos. Apesar de parecer um elogio, nos dias de hoje é quase um dos maiores insultos que posso imaginar.
Hoje é dia de eleições. Vota-se em nomes que irão representar Portugal na União Europeia. Para quê? Não se sabe.
Portugal há muito que deixou de ter peso em qualquer decisão política. Até mesmo no seu próprio governo. Uma maioria absoluta que se tornou numa ditadura disfarçada de democracia. Um povo que não se vê reflectido naqueles que elegeu para decidirem a sua sorte.
Então, afinal, para que vamos votar hoje? Para decidir quem são os portugueses que vão ganhar um balúrdio de dinheiro para concordar com o que os países grandes decidem para nós. Sim, gritem e barafustem mas é isso que acontece. Novamente, basta olhar para nós. Por muito que o povo saía à rua e proteste contra tudo o que este governo faz, o povo não deixa de ser Portugal mas o Governo representa os grandes que mandam nisto tudo.
Hoje vota-se na Europa? Nada de mais errado. Hoje vota-se em Portugal. Porque os resultados de hoje começam a decidir as nossas próprias eleições, E neste país ao abandono demora-se a entender os erros do passado. Em nada me admira que Portugal volte a confiar no partido que mais tem contribuído para esta miséria humana e financeira a que estamos hoje expostos.
Quais são as alternativas também? Partidos de sempre, que não mudam em nada o que se passa no país? Partidos novos que têm excesso de sangue novo mas falta de experiência?
Hoje vota-se na Europa? Eu digo que se vota no fim do nosso país.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

E o que se segue?

Depois de um auspicioso começo com uma ex-Delirium onde pautava o bom gosto e a nudez de um corpo bem feito e com formas que, apesar de adaptadas, se mostravam perfeitas, depois de se ter feito a homenagem à terceira idade com aquela gaja do norte que só serve mesmo para se despir, porque quando abre a boca só sai moscas. chegámos hoje ao fim da Playboy. Durou três edições, ou seja, mais uma que o Orpheu. Porquê, pergunta aquele leitor que teve a sorte de não passar perto de um quiosque ou de uma papelaria. Porque quem se despe (o que não apresenta nenhuma novidade de qualquer maneira) é nem mais nem menos que a Ana Malhoa. Sim, leu bem, a Ana Malhoa. Sim, aquela do Buéréré e de cançonetas para crianças. Sim, aquela que tem uma capa de álbum com mais erros que uma composição de uma criança de 6 anos.
Pergunto eu, de forma quase retórica, quem é que não sendo um trolha, não sabendo o que é uma mulher há mais de 20 anos, não sendo um velhinho rebarbado que nem com Viagra lá vai, entre outros (não sei se já mencionei o camionista, daqueles com os posters atrás do seu assento), quer ver a Ana Malhoa nua? Porque é algo claramente mau. Mesmo.
Tenho dois cenários possíveis para isto. Num primeiro, a Playboy deixa de ser editada com esse nome e passa a chamar-se Gina, numa clara homenagem à mítica revista que fazia o mesmo aos adolescentes cheios de borbulhas que faz agora a Playboy. Ou, numa reviravolta de casting, vamos despir a Maya, a Serenella Andrade e a Lady Grafstein (não sei, nem quero saber se é assim que se escreve) na próxima edição. Porque duvido que alguém com cérebro ou corpo de jeito queira ser a capa a seguir à Malhoa. Digo eu...

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Um insulto é o que isto é!...

EU SOU UM GEEK!!! And bloody proud of it! Eu sei quem é o Spock, o Kirk, o Vader, o Han Solo, sei quem são as personagens do X-Men, do Senhor dos Anéis e até sei qual é a matrícula da USS Enterprise.
Por isso, não tolero que certas e determinadas pessoas me venham para cá com conversas estúpidas e sem nexo sobre a nacionalidade de determinados tripulantes de uma das mais famosas naves de todos os tempos. SIM, A PORRA DO CHEKOV É RUSSO! E o facto de ele falar assim quer dizer que ele é russo, não ucraniano.

Juro que nunca mais vou ver um filme destes com esta senhora ao meu lado.

Marriage, the final frontier...

terça-feira, 19 de maio de 2009

Idade...

Sempre tive o meu quê de lamechas. Dantes conseguia não o demonstrar. Agora não me preocupo. Já cheguei a uma fase em que sinto a lagriminha no canto do olho. A sério.
Isto porquê? Porque a porra do season finale do Grey's Anatomy não me sai da cabeça. Aliás, se quiserem uma boa prova disso, passem pelo blog da Maria e vejam o monólogo final que é absolutamente brilhante.
Não querendo estragar nada a ninguém, digamos apenas que, apesar de parte do desfecho da série ser previsível, um dos acontecimentos finais despoleta uma série de emoções estranhas no espectador. E o monólogo acaba por reforçar essas emoções. Desta vez não me saiu a lágrima. Fiquei apenas boquiaberto com aquilo tudo.
Acredito que o objectivo dos escritores das séries seja cativar o público, mas em todas as séries que sigo, o final teve a ver com emoções e personalidades. Mostrar o lado humano e lamechas até do pior dos homens, como no caso do House. Já em Lost, vemos a dor da perda de uma personagem e ficamos suspensos naquilo a que esta série já nos habituou.
Hoje vou ver o season finale do Prison Break. Se for lamechas deixo de ver séries. Porque começo a ficar velho e isto de me preocupar com o que acontece a determinada personagem fictícia parece-me demasiado com as velhinhas e as telenovelas.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Avô Cantigas, amor e outras coisas esquisitas...

Ora, depois de duzentos e alguns anos sem passar por aqui, resolvi partilhar com o mundo duas ou mais coisas que me passaram pela cabeça nos últimos tempos.
A primeira é simples: o PCP devia ter vergonha por andar a dar cargas de porrada no Avô Cantigas. Lá porque o senhor é do PS, não há direito de fazer tal coisa. Toda a gente sabe que todas as crianças são amigas do Avô e os membros do PCP não são excepção.
E, numa mudança de tema, que raio de publicitários é que temos neste país? Quem é que é o idiota que acha que ter as trombas da Manuela Ferreira Leite num cartaz faz com que o pessoal vote naquele partido? A não ser que os votos sejam postos numa urna de cemitério, não me parece que surta grande efeito.
O mesmo se passa com os publicitários do PS. Quem é que foi o atrasado mental que julgou que ter imagens do Guterres e a dizer que foi uma festa aderir ao Euro (a moeda, não o campeonato) ia garantir a simpatia de alguém? Dudes, o café passou de 50 paus para 50 cêntimos...ninguém curte o Euro.
Por último, depois de ter destilado algum ódio, vou passar ao amor. A minha esposa esteve uma semana fora e eu estou cheio de saudades. Hoje vou ter com ela e enchê-la de amor (todos aqueles que tiveram uma imagem nojenta...seus depravados). Porque as saudades são chatas.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Consciência

Tive demasiado contacto com a morte nestes últimos dias. Felizmente a mesma passa-me ao lado, mas tem tocado em pessoas que me são próximas.
Sempre tive uma relação de hábito com a senhora. Sei que, mais cedo ou mais tarde, todos nós seremos tocados pela gadanha. Nada do que possamos fazer evita isso.
Sinto-me calmo apesar de tudo. Afectado e receoso. Isto faz-me pensar na minha vulnerabilidade, é certo, mas faz-me pensar mais na questão de perder aqueles que me são queridos. Sinto medo desse momento. Porque não sei qual será a minha reacção. Por muito calmo que seja, por muito controlado que seja, perder alguém que amo vai-me marcar muito.
Agora deixo passar o tempo. Pode ser que isto seja passageiro. Pode ser que a morte tire férias. Pode ser que...

quinta-feira, 9 de abril de 2009

We wish you a merry Easter!

Isto até costumava ser um blog de jeito. Pois é! Triste realidade. O tempo faz-nos mudar de hábitos e atitudes. Conheço muito boa gente que já considera mudanças de sexo devido à passagem do tempo.
Todos os dias penso: Epá! Como eu gostava de participar numa ménage... Espera, pensamento errado! Epá! Há quanto tempo é que eu não escrevo no blog? Jesus! Será que ainda existem pessoas a lá passar? E o que é isto no fim do meu braço? Ah, é uma mão!
Podia acabar com isto, pois podia, em resposta áquela voz que vos assola o cérebro! Não meteria tanta graça como pegar fogo a uma bola gigante e lançá-la contra um castelo. Ou...é melhor não!
Podia tentar escrever mais neste espaço. Não me pagam para isso, por isso é uma ideia estúpida.
Podia deixar de tentar ocupar espaço neste post com mais itens a dizer: Podia...
Afinal, qual o tema deste post? Nenhum. Só comecei a escrever para falar sobre o borrego que vou comer nos próximos dias e sobre o cada vez mais meu Alentejo onde passo este dias. E para dizer que comprei o "Este país não é para velhos" a 4€. Mais um para a colecção Coen.
Beijos e abraços a todos e uma muito feliz Páscoa a comerem coisas esquisitas como fessuras e cachola.

quinta-feira, 26 de março de 2009

And the Oscar goes to...

Desde já digo que fiquei bastante ofendido pelos comentários sobre o meu Q.I.. Tenho mesmo um QI superior à média. Aliás, estou naquela categoria a que chamam de génio. TOMA TOMA!!!
Ora bem, passemos então à realidade:
1- Sou um narcisista de primeira; (Sou mesmo. Acredito em mim. E o resto é conversa.)
2- Sou um perfeccionista de primeira; (Infelizmente também. Há quem diga que isto tem o seu quê de comportamento obsessivo)
3- Sou um vaidoso de primeira; (Não. Nada mesmo. Sou daqueles que ponho a mão dentro do armário e tiro o que for)
4- Sou um pervertido por seios em geral; (Yep! And proud of it!)
5- Tenho um Q.I. acima da média; (Tenho um Q.I. de 156. Suas bestas...)
6- Tenho uma mulher espectacular; (Tenho. Tirando os comentários de que se não pusesse isso aqui levaria na boca, é mesmo verdade)
7- Tenho 40 anos; (Não. Tenho...)
8- Colecciono relógios;
9- Odeio pessoas estúpidas. (Com todas as forças do meu corpo. E Portugal não está nada cheia deles)
Ora bem, fazendo as contas, só mesmo o Cruxe, a recém mamã Ariba e o Petinga acertaram em cheio. Claro que todos têm a vantagem (ou não) de me conhecerem. A Rita andou quase lá.
Parabéns aos vencedores. Ganharam uma maravilhosa Bimby, cheia de acessórios e coisas giras para triturar. Ou então perderam tempo a ligar a isto...

sexta-feira, 6 de março de 2009

Essas coisas a que chamam de desafio.

Eu sei que disse que não respondia a desafios, mas como este foi encomendado pela esposa e como não me apetece escrever nada na porra do blog.
Por isso, cá vai: 9 afirmações sobre a minha pessoa, das quais 3 são uma valente peta:
1- Sou um narcisista de primeira;
2- Sou um perfeccionista de primeira;
3- Sou um vaidoso de primeira;
4- Sou um pervertido por seios em geral;
5- Tenho um Q.I. acima da média;
6- Tenho uma mulher espectacular;
7- Tenho 40 anos;
8- Colecciono relógios;
9- Odeio pessoas estúpidas.
Agora, fica a parte em que espero que me digam quais são as que não correspondem à verdade. Mais tarde, acabarei por confimar as verdadeiras. Digo eu, que isto anda ao Deus dará.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Vida de cão

Agora que estou no mundo a sério dos professores, começo mesmo a compreender o que eles queriam dizer com falta de tempo. Entre elaborar testes, fazer revisões para os testes, os testes, as correcções de testes, e a entrega dos testes perde-se uma eternidade. Isto sem contar com as reuniões constantes, os papéis que se têm de preencher, as horas não lectivas que passamos na escola, os apoios, o trabalho que levamos sempre para casa.
Nem tive tempo para estar doente como deve de ser nestas férias, porque trouxe meio mundo de trabalho para fazer. E ainda me falta uma acta e adaptar uma planificação anual. Paciência está a zero, tal como a minha vontade de fazer seja o que for. Desejem-me sorte ou um drunfo a ver se durmo.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Dedicado a uma amiga...

Num comentário recente no Pelos Caminhos de Portugal, a minha querida Elvira (que é quase a razão pela qual eu mantenho aquele blog activo) referiu que conhece mal o meu Portalegre dos amores.
Nem sei por onde começar para a convencer a passar por lá mais tempo. E a amiga bem precisa de descontrair.
Portalegre foi a minha casa durante cinco dos melhores anos da minha vida. Foi lá que me tornei professor, homem e, sobretudo, feliz. Foi lá que conheci a minha Maria que me acompanha no meu feitio há já 10 anos.
Mas, afinal, o que tem Portalegre que o torna tão especial. Tem um centro histórico absolutamente igual a um pequeno filme, com pessoas de faces gastas e jovens cheios de sonhos, com lojas que cheiram a antiguidades. Numa dessas mesmas lojas, um senhor paciente arranjou-me o primeiro presente que ofereci à minha mulher: uma caixinha de música absolutamente linda. Passear por aquelas ruas e ouvir vindo de uma janela o som de um Grupo de Serenatas que já criou tantos sonhos nas mulheres desta terra é arrepiante. Faz-nos sentir vivos e ao mesmo tempo pequenos.
Portalegre tem espaços verdes em volta de um castelo tão antigo como a história dos homens. Tem jardins em abundância que nos fazem passear em comunhão com a natureza. No jardim da Corredoura vivem-se amores nos seus bancos que ficam imortalizados no vento que passa.
Tem uma praça cheia de cafés e de vida, rodeada de edifícios cheios de história e outros cheios de cultura. Nessa praça vivi, amei, sonhei, chorei, tornei-me quem sou. Cada pedra do chão dessa praça conta histórias de todos os que por lá passaram, orgulhosa de o poder ter visto.
Tem uma gloriosa Sé, cujas torres competem com as chaminés que já não largam fumo de uma fábrica com história de sangue e luta.
Tem uma igreja perdida no meio de uma serra, onde se pedem desejos e se fazem procissões. Numa noite vêem-se velas por todo o seu caminho e jovens que ainda não conhecem a sua beleza a subir a sua longa escadaria.
Tem Marvão e Castelo de Vide a um passo, duas das mais maravilhosas terras de sempre, que vivem da sua história e da sua beleza. De Marvão vê-se Portagem, com as suas piscinas naturais e o seu espaço de refeições que tantas vezes nos albergava nas nossas viagens.
Afinal, o que acrescentei eu a um postal de visita feito em palavras? Apenas a minha vontade imensa de lá voltar. Passa por lá Elvira e vais perceber o que digo.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

UATAAAAAA!!!!


36

Considerando que os meus são um bocadinho mais velhos, digamos para aí uns 25 em vez dos 36. Curioso...25 não é o número máximo de alunos numa turma???

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Mais um coiso...

Apesar de ser uma ideia muito fixe, o último template deste blog acabou por me chatear mais depressa do que esperado. Por isso, hoje enchi-me de coragem e fiz este. Simples, como cada vez mais gosto, e não tão enjoativo como o seu antecessor.
Posto isto fora do caminho, mas onde raio é que anda as pessoas que comentam nos blogs? Passam por este blog e pensam: "Nã, este não vale a pena. Vou gastar mais um bocadinho do teclado para nada?". É isso? Ora, fiquem desde já a saber que desejo a todas as pessoas que tiveram este pensamento um belo de um desarranjo intestinal, seguido de uma semana de férias no quarto ao lado da Júlia Pinheiro.


Eu sei que isto anda frouxo (morto é mais o termo, mas pronto), mas dêem lá uma esmolinha ao Eskisitinho que é tão bonitinho e às vezes até escreve alguma coisa de jeito. Sniff, sniff (a fazer a minha melhor imitação de criança adorável que pisca os olhos)...

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Curtas

Comentário mais racista que ouvi até hoje sobre a eleição do Obama:
- Agora essa cor está na moda!

Mais um...hehehe

Epá! Que coisa maravilhosa que o matt do blog fUn iN mY hEaD descobriu e que eu tenho uma pena tremenda de não ter sido eu a descobrir. Comecemos então com a historieta que explica isto.
Estão a ver o que penso do Rui Veloso, o melhor guitarrista de Portugal, que tem por hábito fazer albúns cheios de músicas com três, quatro acordes e com letras de cócó? Não... E estão a ver o asco que eu tenho a bandas que tenham uma escadinha para subir construída por outros (vulgo empurrão)? Não... E os Perfume (ou Per7ume...esta do 7 está quase ao nível de uns D'ZRT), aquela banda que foi formada dos restos de outras bandas. Estão a ver? Estão de certeza, porque aquela música passou mais de 12000 vezes diárias na rádio. A letra é má? Lembra todas aquelas letras que só se fazem para ficar no ouvido, qual chato que nos provoca comichão onde não deve? Usa palavras como rés para rimar com pés? Essa mesmo!
Ora bem, o matt (abençoado sejas) descobriu que a música é o quê? Isso mesmo: um plágio. Pois é, a grande banda que o Rui Veloso empurrou para a ribalta, foi empurrada pelo trabalho de outros.
A música plagiada é da senhora Alanis Morissette e chama-se Your House. Era uma faixa escondida do seu albúm "Jagged Little Pill". Se forem ao blog do matt, estão lá as duas músicas para compararem. E as semelhanças são evidentes desde o primeiro acorde.
Ora, fãs do Tony Carreira animem-se. Porque isto, ao que parece, virou moda.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Greve...

Hoje foi dia de protesto na forma de greve. Os professores mostraram-se indignados com as condições em que trabalham, contra o ECD, contra um processo de avaliação cheio de características pouco democráticas.
Sendo professor, orgulho-me de que a classe se mostre disponível para aderir a este protesto. Que se mostre a este governo e a esta ministra que nem tudo o que eles fazem ou pensam será feito de qualquer maneira e o povo que se sujeite. Por qualquer razão vivemos em democracia.
O que me levou a escrever este texto não foi de todo a questão do protesto. Foi as razões que nos levam a ignorar este mesmo processo. Não falo só dos pais que ficam incomodados porque os filhinhos não têm sítio para onde ir, ignorando que o que nos realmente queremos é que a escola os eduque e não os torne seres amorfos e pré-programados como o Ministério deseja. Não falo de revistas e jornais que ignoram a greve ou a desdramatizam porque estão comprados pelo sistema. Nem sequer falo dos que vão comentar posts como o meu afirmando que a vida de professor é fácil e que não sabem o porquê de tanto protesto (a estes desejo 90 minutos com uma das minhas turmas, mais nada). Falo sim dos colegas que não aderem à greve.
90%, mais coisa, menos coisa. Tem sido sempre este à percentagem de adesão às greves, às manifestações, etc. O que me leva a pensar que 10% ainda não percebeu que um dia não poderão entrar numa escola. Que deixarão de ser professores. Que passarão a ser súbditos de decisões ministeriais ou de decisões dos próprios alunos que cada vez ganham mais direitos e menos deveres. Porque indiferentemente da pressão que possam ter por serem presidentes de executivos, sócios do partido, deputados ou seja o que for, acima de tudo são professores. E é agora que têm de mostrar o seu lado. Se continuarem a aceder de bom grado a tudo o que se passa nos dias de hoje, acho que todos deixarão de ter dúvidas sobre essa decisão.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Não sou só eu a precisar de um GPS

A minha nova vida trouxe-me coisas novas para pensar. E para me rir.
Ontem, dia novo em todos os aspectos, tive de depender de transportes públicos para voltar para o covil. E, lá fui eu, contente e feliz, para a Estação Rodoviária de Santarém, capital de distrito e coisa que lhe valha.
Dirigi-me às bilheteiras onde duas jovens atrás do balcão estavam a trocar conselhos sobre a cor correcta do verniz das unhas e outras dicas de moda que tanto interessam a quem está por detrás de um vidro com 2 cm de espessura.
Comprei o meu bilhete (que desde já digo ficou bem mais caro do que aquilo que esperava, considerando os km a serem percorridos), e esperei pelo autocarro (ou carreira, dependendo do dialecto).
Onde é que eu fui esperar o autocarro, perguntam os leitores e muito bem, porque se eu fosse um leitor era essa a minha preocupação neste momento. Isso e onde deixei a carta da EDP para ver se pago a luz hoje. Pois bem, debaixo de um placa que dizia 3 e o nome do FimdoMundo. Inteligente, pensaram vocês. Errado. Porque quando tentei entrar no autocarro (carreira) o condutor (uma simpatia) disse-me que não era aquele e que me dirigisse para a linha 4. Tudo bem, assim o fiz. E esperei novamente debaixo de uma placa com o número 4 e sem o nome do FimdoMundo. E imaginem, quando tentei novemente entrar para o autocarro, o condutor (uma simpatia também) disse-me que não era aquele e que fosse para a linha 7. Lá fui, olhei para a placa que dizia 7. Nem por sombras o nome do FimdoMundo ou de qualquer outra terra num raio de 40 km.
Finalmente, lá embarquei num autocarro (que provavelmente devia fazer os serviços no México antes de ter vindo para Portugal) em direcção ao FimdoMundo, enquanto me ria sozinho deste pequeno episódio. E, obviamente, enquanto os outros passageiros julgavam que eu era louco. Mas isso é outra história.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Yupi!

Aquela velha teoria de que todo o bem que fazemos aos outros, mais cedo ou mais tarde, nos acontece a nós? E aquela velha máxima de que todo o mal que fazemos volta para casa.
Pois bem, a balança começa a equilibrar-se. Porquê? Porque, para além de ter sido colocado saiu-me o Euromilhões. Pronto, não o primeiro prémio. Nem o segundo. Nem mesmo o terceiro. Vá lá, foi o décimo-segundo. 8€. E eu fiquei feliz. Fiz uma festa e tudo. Depois de não sei quantos anos sem me sair fosse o que fosse, 8€ é uma benesse. Mesmo.
Para além disso, sinto-me bem. A sério. Sinto-me feliz e descontraído. Apesar de todas as coisas que me ocupam o pensamento, sinto-me calmo. E isso, meus amigos, é bem mais importante que tudo o resto. Porque passei não sei quantos anos cheio de nerves. E agora...PUFF!
Posto isto, mas porque é que não neva aqui? Alguma coisa contra a minha pessoa? Mau...

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Há prémio no fim...

Ora bem, por onde começar o resumo desde o Natal? Ah, já sei: AHHHHHHHHHHHHHHH! Ok, agora que isto passou, vamos lá.
O Natal foi bom, algumas prendas satisfatórias e tal. Família, beijos e abraços. Yadayadayada.
Depois veio a reinspecção do carro, com as suas aventuras típicas (chumbou outra vez e depois tudo se resolveu com uns subornos certos).
E, chegados à passagem de ano, com velhos amigos, comida, bebida e tal, começou um novo ano em que queria começar mesmo de novo. Nada daquelas resoluções parvas de novo ano, mas queria deixar todas as chatices de 2008 para trás e começar mesmo do zero.
Pois bem, para minha santa informação ontem, isso ia sendo um erro. Pois o Ministério da Educação, na sua sabedoria infinita, resolveu lançar a última colocação do ano no dia 31 de Dezembro de 2008. Claro que é uma data em que todos nós contamos com isto.
Ontem, recebo um telefonema de uma escola a dizer que tinha sido colocado e que não me apresentei ao serviço. HÃÃÃÃ? Fui o quê? Quando?
Pois é, se não me tivessem telefonado, ficava nos próximos dois anos proibido de me candidatar fosse ao que fosse.
Novo ano, e estou colocado. Depois de não sei quantos anos, já sem esperança nenhuma, acabo de ser colocado. E sinto-me como uma miúda de 15 anos a pensar na sua primeira vez. Porque já passou mesmo muito tempo, e isto não é como andar de bicicleta. Mas sei que vou conseguir. Porque já mereço.


Bom Ano a todos!