quinta-feira, 23 de abril de 2009

Consciência

Tive demasiado contacto com a morte nestes últimos dias. Felizmente a mesma passa-me ao lado, mas tem tocado em pessoas que me são próximas.
Sempre tive uma relação de hábito com a senhora. Sei que, mais cedo ou mais tarde, todos nós seremos tocados pela gadanha. Nada do que possamos fazer evita isso.
Sinto-me calmo apesar de tudo. Afectado e receoso. Isto faz-me pensar na minha vulnerabilidade, é certo, mas faz-me pensar mais na questão de perder aqueles que me são queridos. Sinto medo desse momento. Porque não sei qual será a minha reacção. Por muito calmo que seja, por muito controlado que seja, perder alguém que amo vai-me marcar muito.
Agora deixo passar o tempo. Pode ser que isto seja passageiro. Pode ser que a morte tire férias. Pode ser que...

3 comentários:

elvira carvalho disse...

Espero e desejo que tudo não passe de um susto. Por muito que saibamos que ela é certa e virá mais dia menos dia, ninguém consegue encará-la com indiferença.
Um abraço e as melhoras.

Formiguinha disse...

Grande Mestre,

Sabes o que se diz nas minhas bandas "Quem não se sente pelos seus não é filho de boa gente!". No limite é isso! E no limite é o confronto com a nossa imortalidade que nos faz reflectir... mas acima de tudo o confronto com a imortalidade dos que nos são queridos magoa-nos imenso!

Bêjos

Rita disse...

É verdade eu temo mais pela dos que me são queridos do que pela minha. Sei que pela lei da natureza há quem vá primeiro que eu mas nunca estamos preparados para isso e pedimos sempre que seja o mais tarde possível, como se não doesse tanto...
Jokas