Em Portalegre, quando lá estudei fiz parte de um grupo que me deu muitas alegrias e histórias para contar: o Grupo Académico Serenatas de Portalegre (GASP). Era um dos vocalistas, e nós éramos uma espécie de Romeus dos tempos modernos, andando de janela em janela, cantando serenatas pedidas por jovens apaixonados.
Uma das músicas mais fortes era a Balada de Despedida. Não, não estamos a falar da de Coimbra, mas sim da nossa própria Balada. Era apenas tocada no final da Queima das Fitas, durante a dita, dedicada a todos os finalistas, porque “os que partiram, não voltam mais”. Todos os finalistas a ouvir aquilo, choravam que nem uma meninas, abraçavam-se e outras mariquices. Talvez o facto da vida real estar mesmo ali ao lado os fizesse chorar…talvez fosse o álcool. De qualquer das formas, ainda hoje dou por mim a cantar a letra desta canção.
Hoje, fui entregar a minha farda à fábrica que povoou os meus pesadelos no último mês. Fui-me despedir. Mas, ao contrário da Balada de Despedida, não houve lágrimas nem lamechices. Entreguei apenas o que tinha a entregar, e sai dali convicto que nunca mais lá vou voltar.
Tenho pena, porque vou ter saudades de ouvir chamarem pela “Sóraia” ou pela “Mélissa”, ouvir as parvoíces da Karina Maluca, e das velhinhas que olhavam para mim de lado enquanto murmuravam ladainhas de invocação do Demo. Mas, o que vou mesmo sentir saudades é do fabuloso cheiro a peixe que se sente a Km de distância. Isso vai-me mesmo fazer falta.
Já passei por várias etapas na minha vida, mas esta foi sem dúvida uma das piores. Acabou.
Uma das músicas mais fortes era a Balada de Despedida. Não, não estamos a falar da de Coimbra, mas sim da nossa própria Balada. Era apenas tocada no final da Queima das Fitas, durante a dita, dedicada a todos os finalistas, porque “os que partiram, não voltam mais”. Todos os finalistas a ouvir aquilo, choravam que nem uma meninas, abraçavam-se e outras mariquices. Talvez o facto da vida real estar mesmo ali ao lado os fizesse chorar…talvez fosse o álcool. De qualquer das formas, ainda hoje dou por mim a cantar a letra desta canção.
Hoje, fui entregar a minha farda à fábrica que povoou os meus pesadelos no último mês. Fui-me despedir. Mas, ao contrário da Balada de Despedida, não houve lágrimas nem lamechices. Entreguei apenas o que tinha a entregar, e sai dali convicto que nunca mais lá vou voltar.
Tenho pena, porque vou ter saudades de ouvir chamarem pela “Sóraia” ou pela “Mélissa”, ouvir as parvoíces da Karina Maluca, e das velhinhas que olhavam para mim de lado enquanto murmuravam ladainhas de invocação do Demo. Mas, o que vou mesmo sentir saudades é do fabuloso cheiro a peixe que se sente a Km de distância. Isso vai-me mesmo fazer falta.
Já passei por várias etapas na minha vida, mas esta foi sem dúvida uma das piores. Acabou.
18 comentários:
Boa sorte.
Boa sorte "colega"
É verdade...os moços sabiam-na toda!
E as gajas não sabiam nadinha...
ai, ai!
beijo ganche!
Só pode vir melhor por aí! ;)
Fizeste muito bem!
E quando sentires saudades do cheirinho do peixe, vens cá a casa amanhar uns peixes-porco!!!
Não havia nenhuma balada do género aqui na zona... E também não me lembro de ter chorado. Eu e as minhas colegas ainda vamos mantendo o contacto e encontramo-nos de vez em quando.
Mas ainda bem que já acabou o teu inferno de peixo congelado :) No que a mim me toca, já avisei cá em casa que não quero mais peixe congelado no meu prato.... brrr...
Fica bem
Xiii adoro tunas! :)
Quanto ao resto, em frente que atrás vem gente!
Foi com essa música que levaste a Maria à certa...está visto!!
Esse comentário anterior é meu mas com o login errado....enfim ia eu dizer que vais dar a volta por cima e esquecer esse mau período. Melhores dias virão concerteza!
Força que eu sei que tu não te vais deixar abater por tão pouco e é assim que nós aprendemos não te parece?
Elvira:
Obrigado. Nesta nova fase estarei no meu melhor (digo eu...)
Beijos
Benfiquista:
Eu dou-te os colegas...
Um abraço
Para sempre o meu amor:
É bem verdade. Nós éramos mesmo os melhores. Ai Portalegre...
Beijos grandes
Aisling:
Mesmo. Tem de ser, senão a minha sanidade dá o pifo.
Beijos
Azul:
Muitos peixes porcos me passaram pela mão. Já chega de peixe com problemas de higiene. Mas, obrigado pelo convite na mesma...
Beijos
Professorinha:
Dizes tu que não choraste. Pois pois...
Sim, evita mesmo o peixe congelado...é como virar as costas à morte.
Beijos
Marta:
Correcção...nós não éramos uma tuna. Éramos um Grupo de Serenatas. E, se gostas de tunas, ias adorar-nos. Mesmo.
Beijos
Dina e Chave...hehehe
Por acaso, as Serenatas deram uma ajuda. Mas, foi mais a minha personalidade vincada que a agarrou...(pois sim)
Beijos
Adoro Portalegre.
"Ai Portalegre...vamos embora..."
Tenho uma vaga memória de ter feito parte desses Romeus modernos, ou então não, e estava mesmo só bebedo!
Uma vez na Ribeira de Baco, no meio de um jardim interior onde um fio de água corria e a lua só iluminava vultos na penumbra, fartei-me de chorar agarrado à guitarra, enquanto os arrepios sugavam-de toda a resistência. Nessa hora ainda não estava bezaina e ainda bem que como estava escuro, que nem breu naquela amostra nocturna de Jardim Romântico do sec.XIX, ninguém dos Grupo me viu a chorar...acho! No fim da actuação o pessoal queixava-se todo de ter entrado algo para o olho. Depois cagámos nisso e fomos beber a noite toda para a Tasca do Sô Chico a cantar "Uma lady na mesa, uma louca na cama"
Lembras-te disto?
Ninas.
Também eu amiga, também eu...
Beijos
Nuno:
Era fabuloso o quanto conseguíamos dar a volta à beleza da coisa. Os "Pata Negra", a verdadeira antítese das Serenatas eram como que uma chamada ao macho que existia em nós. Acreditas que só chorei um ano depois de ter saído de Portalegre a ouvir o CD das Serenatas?
Dessa em particular não me lembro (acredito que o álcool já fosse muito), mas tenho mesmo umas quantas que ainda hoje conto ao pessoal que não acredita que Portalegre foi a loucura. Tipo Vila de Rei, esse verdadeiro abuso.
Um abraço e Saudações Académicas
Hiiii Vila de Rei...esse dia/noite foi mesmo à carga. Lembro-me dessa cena coincidir com o fim de uns antibióticos que andava a tomar. Tal não foi a minha alegria, pois pude curtir a actuação a 100% : música, álcool a rodos e tudo o resto. Muito bom mesmo. Lembro-me bem desse dia. Quanto ao CD cheguei a gravar umas cenas no anfiteatro com o Prof. Jorge mas nunca cheguei a ouvir o resultado final.
E os Patas Negras que tão bem roçaram os Chispes pelas calçadas de Portalegre. Foi lindo de facto.
Abraço.
Nuno:
O resultado final foi algo mal gravado como a porra, mas dá para recordar. Hei-de mandar-te isso.
Os Pata Negra...AH!!!!
Bons tempos.
Um abraço
http://serenatasemportalegre.blogspot.com/
comenta, ve, da opinioes, aparece!
um grande abraço companheiro
Batista - GASP
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