Como o meu estado de saúde melhorou, sem ser necessário ir perder tempo para bichas de hospitais ou centros de saúde, resolvi informar-me sobre o estado das coisas nos últimos dias…e descobri que afinal o senhor José Sócrates e o seu Governo são uns verdadeiros cómicos.
Ora, li três títulos de notícias fabulosos. O primeiro dizia: "Os portugueses são dos europeus que mais pagam pela saúde”. Não sei porquê, esta não me surpreendeu. Em comparação a países onde o rendimento per capita é o dobro ou o triplo do nosso, os governos de países como a França, a Holanda ou a Inglaterra apoiam mais as despesas de saúde que o governo português.
Agora, o segundo título é que me atingiu que nem uma bomba: “Despesas com saúde vão deixar de ser dedutíveis no IRS”. Um relatório do Governo diz que o Serviço Nacional de Saúde está a abrir falência, e que uma das medidas para o salvar é acabar com as deduções no IRS das despesas relacionadas com a saúde. Vão poupar 524 milhões de euros (nem sequer vou falar nos 700 milhões que segundo o Tribunal de Contas desaparecerem do governo…).
Ora, a lógica diz-me o seguinte: se Portugal é um dos países onde mais se gasta em saúde, e onde o governo menos apoia…não deveria dar lucro em vez de prejuízo?
Mas, depois li o terceiro título: “Governo assina protocolo para investimento de 25 milhões. Computadores e Internet a preços reduzidos arrancam hoje”. Portanto, a prioridade é a informatização do país. Não a saúde, não a educação. Os princípios básicos de uma sociedade.
Eu estou a contribuir para essa mesma prioridade (embora esteja a pagar do meu bolso o portátil e a Internet que vai fazer o envio deste post). De forma informatizada, digo que esta gente está toda maluca e que este país vai de mal a pior.
Ora, li três títulos de notícias fabulosos. O primeiro dizia: "Os portugueses são dos europeus que mais pagam pela saúde”. Não sei porquê, esta não me surpreendeu. Em comparação a países onde o rendimento per capita é o dobro ou o triplo do nosso, os governos de países como a França, a Holanda ou a Inglaterra apoiam mais as despesas de saúde que o governo português.
Agora, o segundo título é que me atingiu que nem uma bomba: “Despesas com saúde vão deixar de ser dedutíveis no IRS”. Um relatório do Governo diz que o Serviço Nacional de Saúde está a abrir falência, e que uma das medidas para o salvar é acabar com as deduções no IRS das despesas relacionadas com a saúde. Vão poupar 524 milhões de euros (nem sequer vou falar nos 700 milhões que segundo o Tribunal de Contas desaparecerem do governo…).
Ora, a lógica diz-me o seguinte: se Portugal é um dos países onde mais se gasta em saúde, e onde o governo menos apoia…não deveria dar lucro em vez de prejuízo?
Mas, depois li o terceiro título: “Governo assina protocolo para investimento de 25 milhões. Computadores e Internet a preços reduzidos arrancam hoje”. Portanto, a prioridade é a informatização do país. Não a saúde, não a educação. Os princípios básicos de uma sociedade.
Eu estou a contribuir para essa mesma prioridade (embora esteja a pagar do meu bolso o portátil e a Internet que vai fazer o envio deste post). De forma informatizada, digo que esta gente está toda maluca e que este país vai de mal a pior.
16 comentários:
Ora seu piegas, tu devias ouvir uma certa pessoa q na tua situação iria de certeza ao SAP mais próximo.
Quanto aos computadores de borla do mesmo mal me queixo eu q tenho todos os meses de pagar a internet porque não carenciado. Sou um pobre trabalhador q paga impostos para outros terem isso e mt mais.
um abraço e um bj para a maria
o livreiro está armado em comunista...não querem lá ver!
Foge, que não percebes nada. Não ves que o estado arranja esses apoios, mas depois tira os apoios à saúde (fechando os SAP, por exemplo) de forma a que as morram mais pessoas e assim eles não precisam de dar apoio a tanta gente. :)
Isto é tudo uma vergonha!
Há dois anos precisei de meter baixa para acompanhar a minha Mãe, na altura muito doente. Nunca tinha metido uma baixa na vida, fiquei a saber que só o médico de família ma podia passar. Nunca tive médico de família, nem no centro de saúde estava inscrita. Lá fui fazer a minha inscrição, e andei uma semana inteira a caminhar para lá para ver se conseguia apanhar uma vaga nas consultas, porque estava na bicha dos "sem médico" - o meu proceso era o n.º 23 mil e tal desse grupo no centro de saúde de Sintra.
Valeu-me a médica que acabou por me consultar, que quando viu que eu era desse grupo me perguntou se queria passar a ser doenete dela. Não lhe saltei para os braços nem sei porquê.
Há tempos tive de ir às urgências do Amadora-Sintra. Feita a triagem inicial, consideraram que eu era - seria amarelo?, não me lembro da cor, só sei que à minha frente só passava alguém que lá aparecesse com as tripas de fora, consideraram que era urgente. Cheguei lá à uma da tarde. Fui vista já passava da meia-noite...
Que te posso eu disser que não saibamos todos?
Um beijo.
Pois, eu às vezes acho que os noticiários vão ser as sitcom do futuro, fazendo o pessoal rebolar com tanto riso.
Hoje de manhã, como de costume, fui tomar o meu café antes de ir trabalhar. Sequência dos títulos do noticiário que estava a dar na televisão:
1º "Desempregados vão deixar de ter isenção nas consultas do SNS" - claro, num país com uma taxa de desemprego tão minúscula, desempregado é quem não quer trabalhar e esses malandros não merecem qualquer tipo de regalias! Vão trabalhar, seus calões!
2º "Reduções nas pensões de reforma poderão atingir os 30%" - nem sei para que faço eu os meus descontos todos os meses. Vale mais deixar-me levar na conversa do Santander e do BES e do Millenium, esses sim, sabem que o que os portugueses precisam todos é de PPR. E claro, como trabalham para "ajudar" as pessoas, têm que ter a sua recompensa monetária - coisa mínima...
3º "Taxas de juro devem chegar aos 5%" - Ora adivinhem lá quem é que vai lucrar - outra vez - com isto? E quem será - outra vez e sempre - prejudicado? Quem é, quem é?
4º (para terminar em beleza o fuzilamento) "Concurso para a OTA vai arrancar até ao final do ano". Bom depois desta já nem tinha forças para me insurgir.
Senti-me apunhalada e triste. Muito triste com um país que parece uma daquelas tias de Cascais todas arranjadinhas, mas que não tomam banho porque já lhes cortaram a água há muito tempo e se encharcam de Channel nº5 para disfarçar a coisa; que usam sapatos do mais caro mas têm os pés cheios de joanetes; que dizem que comer pouco é sinal de delicadeza, mas o que têm é a despensa vazia!
Ponto positivo: pelo menos não falaram do TGV e da sua imperiosa necessidade para o país.
Pois eu digo que enquanto um político destes do governo, de preferência o Sócrates ou a porca da ministra da educação ou o Mário Lino ou o nazi ministro das finanças ou...ou..ou..., não apanharem uma bela tareia de uns quantos touros enraivecidos pela dor da corda na garganta, isto só tende a piorar.
A luta faz-se não só nas mentes como também nas ruas. E ainda num comentário aqui no teu blog um anormal que deve ser teu amigo, presumo eu, acha que greves devem ser coisa de gente pobre...
Abraço Vitor e bebe uns Reais Lavradores brancos que a dor não passa mas alivia.
Cruxe: até que enfim encontro alguém que defende a mesma teoria que eu!
Nuno: não achas que Pedras Negras é melhor?
Cá para mim deveria haver opção de escolha, quem quisesse ou não tivesse alternativa continuava a depender do SNS quem pudesse optava por um Seguro de Saúde, assim como assim eu continuo a pagar a Segurança Social, praticamente não usufruo de nada e quando chegar à idade provavelmente nem 5€ de reforma vou ter. Ainda ontem (boa maneira de passar o feriado) fui para a CUF com a R pequenita e estive lá duas horas uma das quais a aguardar resultados. Se tivesse ido para o Amadora/Sintra ainda lá estava...
livreiro:
Essa é que é essa. Uns pagam impostos para outros usufruirem das regalias...e as reformas vão baizar entre 30 a 40%. Fantástico.
Um abraço
para sempre, maria:
Eternamente crítica.
Beijo
cruxe:
Nem mais. Nada como fechar os SAP's para justificar investimentos em treta que não interessam ao menino Jesus.
Um abraço
Teresa:
Por acaso, também passámos por uma dessas há uns meses por causa da Maria no Distrital de Santarém...e, é mesmo vergonhoso. Mas, a OTA é fixe.
Beijos
Ana:
O teu comentário dava um post. É mesmo isso (e eu ainda te vou roubar a ideia do Channel). Um país de faz de conta a pensar no que pode parecer.
Beijos
Nuno da Alice:
Lá está meu amigo...revolução. Não quero bater no ceguinho, mas é precisa. Para que se abram bem os olhos ao que passa por aí.
E, quanto aos Reais Lavradores, só se não aparecer o velho a estragar a noite, garanto-te que faz mesmo é recordar outros gloriosos tempos.
Um abraço grande e obrigado pela "memória".
Exorcismo:
Não sei o que te dizer a não ser o seguinte: PEDRAS NEGRAS???? EH LÁ!!
Um abraço
Rita:
Concordo inteiramente. A S.S., o SNS e todas as tretas do estado que supostamente nos facilitam a vida deveriam ser opcionais. Porque garanto que nesse dia nunca mais usava essas "regalias".
Isso da R...espero que não fosse nada de mais...
Beijos
Crítica???
Desculpa lá mas não, gosto é de mangar!
para sempre com resposta:
Pois, frutos exóticos...
Beijos croma do catano.
Para sempre,Maria:
Não tou armado em comuna, só vejo as coisas pelo lado positivo.
"MAU" como costumas dizer.
blufas.
Claro que é uma piada! Ainda não ouviste falar da terapia do riso? É para te curares mais depressa :)
livreiro:
Já lhe dei o arroz...
Um abraço
Professorinha:
Resultou plenamente...
Beijos
Aviso: comentário extremamente longo...
Na minha vida fui 2 vezes operado ao nariz e nunca por razões cosméticas, antes pela necessidade de respirar por esse apêndice da minha cara.
Na primeira estive 3 anos à espera que: 1) fosse inaugurado o Amadora-Sintra; 2) que todas as outras prioridades passassem à minha frente; 3) E quando chegou a minha vez andei que tempos em exames e consultas externas, etc.
A operação correu mais ou menos bem, a noite que passei nos cuidados intermédios nem por isso, já que só me deram uma garrafinha de plástico para eu me aliviar, mas numa sala com outros 7 moribundos ficava díficil.
Foi tudo gratuito, excepto que na altura tinha de pager 300 escudos por cada consulta externa, e ainda foram umas quantas.
No fim, fui sujeito à mais dolorosa sensação que tive até hoje quando me arrancaram uns tubos que me tinham posto no nariz, que mais parecia que me estavam a puxar os pulmões cá para fora com um alicate.
A segunda "ronda" deveu-se ao facto da primeira operação não ter resolvido grande coisa. Felizmente estava já a viver no Reino Unido.
Esperei cerca de um ano (sim, também se espera) mas como o governo estava perto de eleições, deidiram que queriam acabar com as listas de espera e ofereceram-me a hipótese de eu ser operado num hospital privado, sem custos para mim.
Obviamente aceitei logo, porque o médico era o mesmo, tive apenas 2 consultas prévias à operação e passei apenas uma noite no Hotel, perdão no hospital privado onde tive um quarto só para mim, com casa de banho privativa que nenhuma enfermeira me impediu de usar, e onde não tinha de partilhar do sofrimento de ninguém nem forçar outras pessoas a usufruir do meu.
O problema nunca foi resolvido a 100%, mas respiro hoje melhor do que quando saí de Portugal.
moral da história: Se estás mal, muda-te.
Enviar um comentário