sábado, 29 de setembro de 2007

Direito de Resposta

No meu último post referi-me a várias situações reais, onde os meus intervenientes tiveram um mau (ou nulo num dos casos) atendimento por parte de quem de direito. Obviamente recebi os chamados comentários de apoio, com casos relatados e recebi um comentário de um leitor que assinou com o pseudónimo “Funcionário Público”, que passo a transcrever:

Aos senhores professores e senhoras professoras que aqui deixaram um pouco de veneno contra funcionários públicos quero dizer-lhes que já nos bastam estes governantes para nos darem cabo da cabeça. Os senhores e senhoras "storas" possívelmente virão a ser funcionários públicos um dia destes e, nessa altura, cá estaremos nós os mais velhos a observá-los no que respeita aos vossos deveres de funcionários públicos modernos, competentes, cumpridores...Basta de perseguição aos empregados do Estado que, como outros profissionais, tem gente boa e gente má. Ataquem a classe política, essa sim a mais culpada do estado actual da Administração Pública. E, oxalá venham a ser funcionários públicos muito em breve; ou não querem?Boa noite.

Como neste blog acreditamos em dar voz a todas as opiniões, resolvi dedicar um post a este comentário, usando o Direito de Resposta para tal. Mas, cabe-me agora, como em qualquer estado democrático, usar o meu próprio Direito de Resposta ao leitor que assim escreveu.
Primariamente tenho de pegar no ponto dos bons e maus profissionais. Concordo e, se segue o meu blog há algum tempo, saberá que sou o primeiro a dizer que a classe de profissionais onde me encontro tem dos piores de todos. Não só um mau professor contribui directamente para o mau futuro do país, como cria instabilidade no seio da sua classe.
Mas, convenhamos que a classe dos Funcionários Públicos é, sem dúvida, das mais mal formadas e mal-educadas. Não faço regra deste pensamento, mas 85% das vezes em que necessitei de um para qualquer acção ou foram mal-educados ou não me resolveram o problema em causa por incompetência (ou ambos).
Em segundo lugar, a classe política tem feito bastantes reformas à Função Pública de forma a rentabilizar o seu trabalho e acabar com os excedentes. A avaliação proposta aos Funcionários Públicos vem permitir ao Utente que apenas os bons fiquem no lugar e que os maus vão procurar uma nova área de emprego. Convenhamos que a Função Pública continua a ser um bom tacho, mas agora têm de começar a fazer alguma coisa por ele.
Por último, o que considerei mais grave na sua resposta foi mesmo a insinuação de que quero ser um Funcionário Público. Nada de mais errado podia ser dito. Recuso-me terminantemente a pôr de lado 5 anos de estudo universitário que me custaram (sim a mim e não aos papás) tempo e dinheiro para agora ir trabalhar para funções que em nada me compete desempenhar, e para as quais não tenho formação. Se estudei para ser Professor, Professor serei, mesmo que tenha de andar mais 10 anos a ganhar metade do que qualquer Funcionário Público, sem as mesmas regalias e sem contrato a Recibos Verdes.
Termino com as mesmas palavras que usou, mas alterando-as para uma forma que me é mais próxima.
Obrigado pela sua visita, boa noite e volte sempre.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

The thing that should not be

Ao ler jornais, revistas, blogs, ao ver TV e ao conversar sobre vários temas, descubro um enorme estratagema para atirar areia para os olhos dos portugueses.
Vejamos esta análise cuidada ao tema.
A minha Maria necessitou de cuidados médicos. Não dispondo de um médico de família (por ainda não lhe ter sido atribuído um ao fim de 3 anos), dirigiu-se às 09h00 para o Atendimento Complementar do Centro de Saúde de Santarém. Aqui, informaram-na que todos os médicos estavam de férias…todos menos um…que só iria entrar ao serviço às 18h30.
Li no blog do Hzolio que ele necessitou de um esclarecimento numa repartição de finanças, mas que a pessoa competente para o assunto estava de baixa, não sendo possível esse mesmo esclarecimento naquela altura.
Devido a uma complicação na Segurança Social (causada pela mesma), dirigi-me a um balcão da mesma para os devidos esclarecimentos. Após ter questionado a funcionária sobre esse assunto, a mesma informou-me que chegara hoje de férias e ainda não tinha tido tempo para se informar sobre essas novas questões.
Podia continuar, mas acho que a mensagem já passou. Tenho apenas de mencionar que o tempo de espera para todas estas situações foi, para variar, enorme.
Cria-me uma pequena sensação de revolta saber que todas estas coisas têm um cunho a Portugal. Que este país é corrupto, lento, mal-preparado, mal-educado, e que esta gente que pulula por aí faz com que esta famosa e publicitada crise nunca mais chegue ao fim.
Revolta-me ainda mais saber que todos estes funcionários públicos se limitaram a concluir o mínimo de estudos esperado deles e que a partir do momento em que sentaram os glúteos avantajados nas suas cadeirinhas, deixaram de ter todo e qualquer respeito pela classe humana.
No meio disto tudo, crio o meu próprio mundo ideal no meu cérebro, onde sou rico, vivo num país civilizado e tenho prazer em ler os jornais, ver a TV e ouvir as conversas na rua.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

SOLDADO/A. O EXÉRCITO CHAMA-TE...


A questão aqui é simples soldado/a. Quem queres que ganhe este grandioso combate, nunca antes visto na Blogosfera? Uma gaija que escreve coisas sem jeito nenhum e que ainda por cima insulta grandes monumentos nacionais como o Carlos Castro, a Sónia Araújo, a Maya e outros tantos nomes que tanto honram a nossa praça com as suas graças? Uma gaija que resolve falar mal da sogra publicamente, sem ter o pejo de admitir que gosta mais dela que de mel? Uma gaija que diz mal do melhor marido do mundo, que faz tudo e mais alguma coisa para a ver feliz?

Soldado/a este desafio é para ti. Temos de superar a veia malvada desta mulher e levá-la a admitir a supremacia deste blog sobre o seu.

As regras de combate são simples. Eu tenho de atingir os 10.000 visitantes antes do blog desta desertora dos bons costumes. Seja por que meios for. E apenas vocês podem ajudar-me neste combate cheio de espinhos e curvas sinuosas.

Por isso Soldado/a, começa agora a fazer a tua visita diária a esta maravilha de blog, a falar a todas as pessoas que saibam o que é a blogosfera, a todos os que conhecem que receberam um portátil do Sócrates ou da Ministra Sinistra, qualquer pessoa ou cao amestrado que consiga escrever http://www.eskisitorules.blogspot.com/.

O prémio desta vitória é simples. A perdedora terá de se humilhar perante o vencedor e admitir publicamente que o seu blog é realmente inferior (Para além disso, estou a ver se incluo um capítulo sobre favores sexuais, mas está complicado).

Agora está nas tuas mãos Soldado/a. Vota no teu melhor...EU!

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Virtual Insanity

Desde já prometo a todas as pessoas que me entregaram prémios ou desafios que irei responder a todos até ao próximo Domingo. Posto isto, vou dormir.
Aos restantes que não me nomeiam com nada e que não acham que eu seja digno dos seus prémios...escutem...atenção...sim, é o amolador, por isso vão-se amolar (fabuloso, não foi?).

E sim, eu sou BNC, garantidamente. Raio de gente que não me mete ao barulho nestas coisas. E, já agora, porque raio é que a minha Maria está quase a apanhar-me no número de visitantes? Por acaso são vocês que vivem com ela? Não, pois não. Imaginem o que eu tenho de aturar à pala disso? Pois.

Já não me lembro a que propósito é que comecei este post, mas é por aí.

Beijos e Abraços e Coisas.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Os médicos, as pessoas e o meu azar

Aparece sempre um espertinho que diz algo como “Mas, ainda não foste ao médico?”, olhando para nós com cara de espanto, como se fossemos dementes, sempre que nos queixamos de qualquer maleita.
Eu sou da velha guarda. Só vou ao médico se estiver a morrer de alguma coisa, ou se as dores já não forem toleráveis. Acredito que as urgências servem para isso mesmo, não para pôr a conversa em dia sobre o que se passou na telenovela X ou sobre o filho da “Estrudes” que se divorciou da mulher, porque a apanhou com um nativo do Burundi na cama.
Hoje, para continuar a má sorte dos últimos tempos, tive o que se pode chamar de uma Gastroenterite. Os sintomas são vómitos, diarreia e uma total intolerância à ingestão de qualquer tipo de alimento sólido. Passei uma noite de cão, agarrado ao estômago, e de manhã parecia a miúda do Exorcista a largar os espíritos.
Claro que hoje tinha reunião marcada com o patronato. Nem poderia ser de outra maneira. Ao lá chegar, e devido ao ar de morto que devia ostentar, todos me perguntaram o que tinha. Eu respondi de forma agradável e nada seca. E, aparece logo o primeiro (neste caso, primeira) engraçadinho com a ida ao médico, porque isto podia ser o SIDA ou uma coisa dessas. As bactérias e a morte e tal.
Eu sou uma pessoa educada. Por isso, mandei-a bugiar mais ao raio do médico e das bactérias e fiquei a morrer a um canto.
Hoje de tarde tive de ir dar as belas aulinhas. Levei a Maria atrás, porque não tinha forças para fazer nada e ela perdeu o horário, ficando disponível para me auxiliar nesta tarefa. Mais uma vez a minha cara de desenterrado levou ao interrogatório da doença e à fabulosa ida ao médico. Eu, como pessoa educada, disse que iria depois das aulas (descobri que esta era a maneira mais fácil de não ser chateado).
Estou deitado, já consegui comer algo sólido e não expeli nada do meu corpo de forma líquida a não ser a bela da saudável da urina. Não fui às urgências, não morri de bactéria nenhuma e continuo a achar que a culpa dos serviços de saúde em Portugal estarem como estão é mesmo devido a esta quantidade impressionante de hipocondríacos que me passam todos os dias pela frente. Digo eu.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Mau Olhado

Ir à bruxa. Sempre pensei que o pessoal que ia às bruxas e telefona para o Professor Bambo era, no mínimo, parvo. Agora começo a reconsiderar.
Portanto, recapitulando:
1- O meu carro pifou.
2- Estou na casa dos meus pais.
3- Estou a dar aulas a turmas com 50% de ciganos
4- Estou a dar aulas a filhos de ex-colegas meus de escola e outras andanças
5- Já mencionei que estou sem carro em casa dos meus pais?
Isto sem mencionar as que nunca foram aqui faladas como o telemóvel cujo bateria deixou de funcionar e que, quando fui comprar outro, me apareceu o idiota mais prestável do mundo que não me aceitou o de retoma porque tinha a capa traseira danificada, e segundo ele disse (enquanto ajeitava os óculos com o dedo): “Não nos podemos responsabilizar”. Ou a televisão que está cheia de humidade em pleno Verão, que só arranca com uma chapada no écran. E podia continuar isto durante horas.

Para ajudar a tudo isto, tenho um furúnculo do tamanho de uma bola de golfe no sovaco esquerdo, que não me permite fazer movimentos com o braço. Assim sendo, acabo por estar sem carro, o meu pai a levar-me a todo o lado porque não consigo guiar e a ser tratado como um menino doente de 12 anos pela minha mãe.
A sério que começo a pensar em maus-olhados e trampas do género. Forças cósmicas da lei do retorno que me estão a fazer passar por tais provações porque fiz algo de muito errado noutra vida.
Por isso, após publicar este post vou procurar o número do Professor Bambo. Amanhã sacrifico umas galinhas pretas e penduro as patas das mesmas no retrovisor do carro.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Advertência

Ponto 1 - Amanhã será anunciada ao mundo a decisão da UEFA em relação ao caso Scolari. Apesar de tudo indicar que será apenas feita uma advertência ao treinador, tudo está em suspenso. Tudo porque tentou agredir um jogador estrangeiro.
Ora, os meus botões e eu resolvemos pensar um bocadinho. Se o Scolari fez isto e vai ser repreendido pelo papá do futebol, o nosso primeiro que nos agride todos os dias merece o quê?

Ponto 2 – A nossa Minsitra disse para os professores arranjarem outra profissão se não obtivessem colocação. Eu como sou bem mandado arranjei outra profissão. Sou formador numa área que não conheço, a crianças de idades às quais não estou habituado e não suporto. Eu sou o verdadeiro português!!!

Ponto 3 – Mas nunca mais é Sexta-Feira???

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Um arrancar para trás...

Na Segunda-feira passei pelo escritório da minha ex-patroa. Desde esse momento até hoje, o caos instalou-se, de novo, na minha vida.
Ontem foi o meu primeiro dia de aulas. Parecia um miúdo de 1.º ano. Só me faltou chorar. Não pelas aulas, poruqe o calo de alguns anos já me pesa no corpo.
O nervoso vinha de uma sequêncoa de eventos que me obrigou a mudar a minha vida tal como a conheço. O meu carro (devido a uma boa reparação na Citroen) avariou. Só na próxima Sexta-feira deve voltar a viver. Não haveria problema, se os únicos horários disponíveis não fossem em Coruche.
Como o dinheiro faz falta, tive de engendrar um plano louco que me permitisse andar de um lado para o outro de terrinha em terrinha a dar aulas (sem carro) e que permitisse à minha esposa ficar com o horário fixo em Coruche. Após algumas considerações e ameaças por parte do meu cérebro (que devem ser tomadas em consideração), decidi que a única alternativa seria...ir para casa dos meus pais e pedir o carro deles emprestado.
OK. Tenho 30 anos, estou na casa dos meus pais e sem carro...algo na minha vida está a entrar em retrocesso, mas não percebo bem o que é...
Felizmente consigo continuar ligado ao mundo, através do meu pequeno Kanguru (este post é só publicidade gratuita...pronto, no caso da Citroen não foi a melhor). E sei que todos vós devem estar a adorar esta situação, porque vai dar pano para mangas para temas a serem aqui dissecados.
Ah, e já mencionei que os alunos de Coruche saíram agora da caverna e resolveram entrar para a escola TODOS no mesmo ano???? Eles sabiam que eu vinha para aqui...o mais estúpido é que a grande maioria destes putos são filhos de pessoal que estudou comigo ou que se cruzou comigo quando eu era adolescente...
OK. Tenho 30 anos e o pior pesadelo da minha vida começa a materializar-se...WHY ME??????

sábado, 15 de setembro de 2007

Num país de (in)justiça

Durante a minha ausência um sem número de situações aconteceram na actualidade do nosso país e na minha própria.
O Caso Maddie ficou mais confuso. Scolari tentou agredir um jogador da Selecção da Sérvia e as aulas recomeçaram.
Em relação às aulas, gostaria de dizer que estava colocado e que após um ano inteiro a dizer mal da Ministra, lhe tinha apertado a mão e recebido um portátil. A realidade é diferente, mas esse não é o tema principal deste post.
Quando o processo Casa Pia estava no seu auge televisivo, todos os portugueses já o tinha julgado e atribuído uma sentença: TODOS CULPADOS. Ainda por cima envolvia nomes da nossa hasta pública. Delicioso.
No processo Apito Dourado o mesmo: TODOS CULPADOS.
No caso Maddie, os pais passaram de vítimas a CULPADOS SUPREMOS.
Fora dos casos de justiça, Scolari agride um jogador cujo nome não consigo escrever, provocando a ira dos tugas.
Apesar de ter uma opinião sobre todos estes casos, vou falar apenas de Scolari (a primeira referência a futebol neste blog). Nos casos de justiça deve-se ser inocente até prova não circunstancial em contrário. Pelo menos deve-se assumir isso.
Scolari. Amado e odiado, glorificado e axincalhado. Gostava que os leitores considerassem apenas uma coisa. Algum treinador Português de Portugal a treinar a Selecção Portuguesa demonstrou tanto amor à camisola como Scolari?
Estou farto de ver os portugueses a baixarem as calças perante a imprensa e os governos estrangeiros. Nós somos o que somos por pessoas como Scolari, não por pessoas como o Laurentino Dias. E devemos apoiar todas as suas decisões, por muito erradas que possam estar.
Se fosse eu, tinha mesmo dado um valente sopapo no gajo.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Só para saberem...



Obrigado Teresa!

Não tem a pinta de um Air Race, mas não deixa de ser um desafio…

Aliás, eu ando a adiar isto há montes de tempo e qualquer dia começo a ser insultado. Tenho de responder a 2 desafios e agradecer prémios. Devido à minha preguiça, vou aproveitar um único post para o fazer.
O primeiro desafio em atraso é o “Sete Maravilhas da Minha Vida” e foi-me proposto pela Peste em 1814. O segundo é sobre a infância e a sua importância nos traumas que hoje me perseguem, que me foi proposto pela minha Maria.
E aqui está, o champô e o amaciador, 2 em 1:

Sete Maravilhas da Minha Vida:

1.ª – Acima de todas as coisas boas que sempre tive está obviamente a minha mulher, a minha amante, a minha amiga, a minha psicóloga, a minha confessora, a minha vida: Maria.

2.ª – As minhas famílias. Para mais pormenores ver o post anterior.

3.ª – Os meus amigos. Os que fui ganhando e os que fui perdendo. Uma especial nota para o povo de Coruche que me viu crescer e transformar-me neste homem com “O” grande.

4.ª – O silêncio. Nada melhor do que poder estar em silêncio ao lado da nossa amada.

5.ª – Viajar. Tenho-o feito pouco, mas tenho excelentes companheiros para isso.

6.ª – Ver a conta bancária com dinheiro. Cada vez mais é uma maravilha.

7.ª – A nossa decoração IKEA / REMAR / LIVREIROENINICA / CASADOSPAIS / MUITAIMAGINAÇÃO. A nossa casa está linda.

Sete Brinquedos que Nunca Tive:

1.º - Sem dúvida, teria de ser um carro telecomandado…sempre delirei com eles e nunca houve verba para um…

2.º ao 7.º - Eu entretinha-me com caricas…pouco mais era necessário para me deixar feliz.

Sete Lembranças Vergonhosas:

1.º - Chamar nomes ao meu vizinho que era louco da cabeça e corria atrás de nós em boxers pelo meio das ruas chamando-nos vândalos…

2.º - Ter demasiada pontaria no Carnaval e um ovo ter passado precisamente nos 10cm de vidro aberto do carro que ia a passar…novamente uma corrida e um quantos nomes…

3.º - Ir brincar para aquele sítio…sim, aquele sítio que a minha mãe já me tinha dito cem vezes para lá não ir…chegar a casa todo arranhado e ainda ter levado uns quantos estalos durante a aplicação da Betadine…Ah, e uns nomes…

4.º - Ter chorado na escola primária…prometi a mim mesmo nunca o fazer, por muita chapada que levasse, mas aquela mulher tinha o dom (e um 666 gravado na nuca)…

5.º - Ter gritado que nem uma menina no hospital (e fugido sobre o efeito de anestesia) quando me coseram o dedo do pé…longa história…

6.º - As cartas de “Queres namorar comigo?”. Haverá algo mais humilhante que isso no mundo? (lembram-se do quadradinho de sim e não?)

7.º - Os planos maquiavélicos no ATL para surpreender as auxiliares e as trancar na sala de qualquercoisa…muitos castigos e alguns nomes…

Sete coisas dolorosas na Infância:

1.º - Dedo do pé cortado com uma garrafa de cerveja (também, quem é que é o idiota que larga uma garrafa de cerveja no pátio de uma escola)…

2.º - Unha do dedo do pé (outro) arrancada durante um glorioso pontapé num bloco de mármore…

3.º - Pulso cortado enquanto o Eskisito voou por uma janela adentro…custou descobrir que não era um elemento dos A-Team…

4.º - Pulso partido (o outro) devido às condições fabulosas do ringue onde praticávamos desporto na escola…

5.º - Várias marcas nas costas e nos joelhos devido a quedas em casa durante as brigas com o meu irmão…

6.º - Várias marcas nos joelhos e nos braços devido a várias quedas de bicicleta…

7.º - Reconstrução dos dentes da frente após um acidente de bicicleta contra uma carrinha (reza a lenda que ia a 60km hora)…

Vendo bem, é um milagre ainda estar vivo…

Passando aos prémios:

O Confessions Boy atribuiu-me outro Schmooze. A explicação do mesmo já se encontra perdida por aí no blog, e eu aqui apenas agradeço ao mesmo por considerar o meu blog digno desse prémio.

O Graça e a Dina atribuíram-me o Certificado Blog, onde se certifica que eu e o meu blog somos os maiores… agradeço a ambos e acreditem que os vossos também o mereceram totalmente.

Em relação a nomear seja quem for para os desafios…esqueçam…depois do tempo que passou devo ser o único gajo na blogosfera inteira a não ter respondido.

Em relação ao prémios. No Schmooze nomeio:

1 – A Azul (porque é sem dúvida das pessoas mais genuínas desta blogosfera)
2 – A Rita (engraço mesmo com os R's, o que se há-de fazer)
3 – A Ariba (porque foi preciso um porra de um blog para começarmos a trocar cromos outra vez)
4 – O Nuno da Alice (novamente, foi preciso a trampa do HI5 para nos reencontrarmos)
5 – A minha Maria (querem relação mais humana que a nossa?)

No Certificado Blog, nomeio todos os links para blogs que se encontram aqui ao lado. Todos eles merecem tal distinção.

Alguém chegou ao fim deste post???


quarta-feira, 5 de setembro de 2007

02/09

O dia 02/09 marca a minha vida de uma forma estranha. O meu pai e o meu irmão fazem anos nesse dia (sim, a minha mãe achou engraçadinho oferecer um filho como prenda). Depois conheci a Maria e, para adensar a trama, o pai dela também faz anos nesse dia.
O relato da coincidência serve apenas para introduzir um post sobre a família. A família é uma coisa estranha. Brigamos por coisas parvas, desrespeitamos os que amamos, ignorarmos os que temos, fazemos de tudo um pouco como se fossemos o Deus de um lar.
Sou o mais novo da minha. O Benjamim. Não fui perfeito (aliás, longe disso) como parte desta família. Ao longo dos anos tenho tentado tapar os buracos que causei.
Comecei a criar a minha família. Pronto, ainda só tenho a mulher e os filhos ainda devem demorar. Mas, quero ter uma família imperfeitamente perfeita. Quero que falhemos nas coisas para aprender, quero ter problemas para que os resolvamos em família, quero que tudo corra mal para que possamos ficar bem juntos.
Parece demasiado dramático, mas com os erros da minha aprendi muita coisa. Sobretudo que a família não pode ser ausente. Temos de estar presentes nos bons e nos maus momentos. Temos de ser parte de um todo.
Agradeço muito tudo o que as minhas famílias têm feito por mim. À minha de sangue por me terem aturado nas minhas piores fases e pelo apoio que me têm dado nesta fase complicada da vida. À minha família adoptiva, para a qual sou um filho inesperado, agradeço a recepção excelente que me fizeram e que me faz acreditar fazer parte dela desde sempre.
À minha nova família (a Maria) desejo o melhor de mim. Para que possas acordar todos os dias a pensar que fizeste a escolha certa.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Só porque a TVI me mete ranço...

Eu até nem sou má pessoa. Mas, existem coisas que me tiram do sério. A TVI é uma delas. Produtos de consumo fácil como os Morangos com Açúcar irritam-me profundamente. O facto de ser professor e ter de conviver com os wannabes a protagonista da série deve ter alguma coisa a ver com isso.
O problema desses produtos são os derivados que deles saem. Montes de putos com a mania que são actores, a grande maioria delas já passaram pelas Maxmen e FHM's, de tanto talento que têm. E, claro está, as famigeradas bandas de liceu. Os D'Zrt (deverá ler-se Dessert, mas eu acho mesmo que isto é uma parvoíce de nome de qualquer maneira) e os 4Taste (deve-se ler...whatever). Produtos comerciais de consumo fácil, orientados para adolescentes parvos e sem cérebro.
Para provar isto mesmo, descobri casualmente que até para compor uma música estes senhores da TVI não conseguem ser originais. Apresento-vos o grande tema dos D'Zrt que andou a buzinar-nos aos ouvidos um monte de tempo na rádio e na TV: Para Mim Tanto Me Faz.

Lá está, a música é parva e tudo e tudo. Mas, qual não foi o meu espanto quando um dia estou a fazer as minhas compras de produtos verdes e dietéticos...cof cof...quando ouço nas colunas do belo do estabelecimento esta mesma música...mas, com um promenorzinho diferente. Estava a ser cantada em Japonês. Pois é, os senhores da TVI pensaram da seguinte forma: "Ora, ninguém vai dar com isto de certeza, por isso cria aí uma letra idiota, junta 4 gajos com cara de palhaços e dá-lhes um nome idiota tipo...sei lá...sobremesa."
E, para que não haja dúvidas, aqui fica a versão original da música, cantada pela menina Takami Nami, com o nome "High School Queen".


Não melhora muito, mas é mesmo só para ser chato.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Danos Colaterais

Quando anunciei a minha saída da maravilhosa fábrica do peixe não foquei todas as razões que levaram à minha saída. Uma das mais fortes era uma pequena dor que eu começava a sentir na omoplata direita e que me começava a incomodar. Pensei eu para com os meus botões: “Se parar agora isto não piora e fica por aqui.” Pois…a pensar morreu um burro.
Hoje, pelo 5.º dia consecutivo acordei agarrado ao braço, com dores lancinantes nas costas. Já tomei de tudo e mais alguma coisa, tentei todas as mezinhas e tretas das avós, pomadas, unguentos e a única coisa que parece ser mesmo eficaz, o álcool canforado.
Estou a resistir à ida ao hospital. Se pouco já ganhei com este trabalho de trampa, não me apetece gastá-lo todo a recuperar dos danos colaterais de semanas a gramar frio nas costas e a esforçar o corpo para além do previsto.
Uma coisa anima-me. Podia ter sido idiota o suficiente e ter continuado a ir trabalhar. Se assim tivesse passado, nesta altura não teria costas, teria um conjunto de facas Ginsu a entrar-me nos ossos.
Sorte…o que é isso????

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Os suecos, pessoas reais e Lisboa

Ontem resolvemos ir a Lisboa. Pegámos no carro, no Benfiquista e marchámos para lá. Eu sou sincero, eu odeio andar de carro em Lisboa. Odeio a 2.ª circular. Odeio andar no meio de Lisboa e não saber por onde vou. Nisso sou do mais redneck possível.
Começámos por ir ao IKEA. Ver de coisas bonitas e baratas para remodelarmos um pouco a monotonia da nossa casa. Basta por vezes um tapete e uma mesa de café nova, e uma sala parece nova. Mas, ontem descobri que toda a questão da eficácia sueca é posta em causa por trabalhadores portugueses. Paguei a mais por dois artigos. Um porque o pessoal da caixa não viu o autocolante gigante que dizia “Artigo em Promoção”. O outro porque estava no caos de uma zona onde nada estava com preços afixados. Um deles reclamei. No outro fui roubado.
Mas, uma coisa é certa, a minha sala e o meu WC estão no seu melhor.
Ao voltar para Lisboa resolvi aventurar-me pelo meio da cidade. Após umas quantas infracções no trânsito que me custariam a carta, resolvi encaminhar o carro para o Parque das Nações e deixá-lo por lá. E viva o metro.
Só mesmo uma boa razão me levaria a entrar por ali a dentro. E foi mesmo uma excelente razão. Fui continuar a minha tour “Venha conhecer um blogger”. Ontem conheci em carne e osso dois dos grandes bloggers deste universo blogosférico: o Sr. Rafeiro (do blog Rafeiro Perfumado) e a Sr.ª Teresa (do blog Gota de RanTanPlan).
Quanto ao Rafeiro, do pouco tempo que estive com ele (cheguei terrivelmente atrasado…a culpa é do Metro…e do facto de eu não perceber um boi de Lisboa), achei-o exactamente igual aquilo que estava à espera. Um tipo que tem um alter-ego fabuloso na blogosfera e que é verdadeiramente interessante na vida real. Tenho pena de não podermos ter estado mais tempo juntos, mas o seu dono quis que ele fosse para casa cedo.
A Teresa….o que dizer da Teresa. Eu invejo a Teresa. Ela teve uma vida realmente preenchida. Mas, é uma pessoa que nos agrada ao primeiro olhar. Simples, complexa, verdadeiramente maravilhosa. Foi um verdadeiro prazer.
Depois de uma noite na conversa partimos de volta à nossa santa terrinha. E acho que pela primeira vez senti-me feliz por chegar a Alpiarça.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Balada de Despedida

Em Portalegre, quando lá estudei fiz parte de um grupo que me deu muitas alegrias e histórias para contar: o Grupo Académico Serenatas de Portalegre (GASP). Era um dos vocalistas, e nós éramos uma espécie de Romeus dos tempos modernos, andando de janela em janela, cantando serenatas pedidas por jovens apaixonados.
Uma das músicas mais fortes era a Balada de Despedida. Não, não estamos a falar da de Coimbra, mas sim da nossa própria Balada. Era apenas tocada no final da Queima das Fitas, durante a dita, dedicada a todos os finalistas, porque “os que partiram, não voltam mais”. Todos os finalistas a ouvir aquilo, choravam que nem uma meninas, abraçavam-se e outras mariquices. Talvez o facto da vida real estar mesmo ali ao lado os fizesse chorar…talvez fosse o álcool. De qualquer das formas, ainda hoje dou por mim a cantar a letra desta canção.
Hoje, fui entregar a minha farda à fábrica que povoou os meus pesadelos no último mês. Fui-me despedir. Mas, ao contrário da Balada de Despedida, não houve lágrimas nem lamechices. Entreguei apenas o que tinha a entregar, e sai dali convicto que nunca mais lá vou voltar.
Tenho pena, porque vou ter saudades de ouvir chamarem pela “Sóraia” ou pela “Mélissa”, ouvir as parvoíces da Karina Maluca, e das velhinhas que olhavam para mim de lado enquanto murmuravam ladainhas de invocação do Demo. Mas, o que vou mesmo sentir saudades é do fabuloso cheiro a peixe que se sente a Km de distância. Isso vai-me mesmo fazer falta.
Já passei por várias etapas na minha vida, mas esta foi sem dúvida uma das piores. Acabou.

Lagartos Preguiçosos

Desde que me conheço que ouço falar em bandas de garagem. Já fiz parte de algumas, mas nunca saímos mesmo da garagem (e ainda bem). Mas, irrita-me conhecer uma ou outra banda que mereciam mesmo sair e tornar-se no novo êxito nacional, destronando tretas como os Carreiras e outros que tais.
Posto isto, este post serve para fazer a minha parte na divulgação de uma banda que eu descobri existir há algum tempo, e em que tenho o prazer de conhecer um dos elementos. Os seus fãs criaram um My Space onde se pode fazer o download das suas primeiras músicas gravadas em estúdio, e que eu garanto serem, no mínimo, deliciosas.
Gritem nos vossos empregos, usem cartazes no meio da rua, façam o que tiverem que fazer, mas tentem que estes senhores não fiquem na garagem. Eles merecem bem melhor.
Sem mais delongas, apresento-vos:

LAZY LIZARD

sábado, 25 de agosto de 2007

Moita Flores, deves-me dinheiro

Ontem passei 45 minutos a olhar para a traseira de um Ford Focus. O dono coçava muito a cabeça, ouvia rádio de forma alta e ruidosa, tinha um qualquer tique de inclinar a cabeça para o espelho traseiro a ver os dentes. Porquê?
Porque o Sr. Moita Flores resolveu pôr a Ponte Qualquercoisa de Santarém em obras durante um ano. Porque o Sr. Agente da Autoridade que está a mostrar os seus óculos escuros e a sua barriguinha, enquanto fuma o seu cigarro, não sabe mandar andar o pessoal para aproveitar os intervalos entre vermelhos. Porque montes de povo resolveu ir não sei para aonde, transformando o que normalmente é mau, num caos.
De qualquer das formas, Sr. Flores, deves-me dinheiro. O tempo que fiquei ali parado comeu-me a paciência (consulta no Psiquiatra), gasolina e contribui desnecessariamente para a destruição do meio ambiente. Fazendo umas contas por alto, podes dar-me o dinheiro que ganhaste com o último livro, ou com a última crónica para um dos trezentos jornais para onde escreves, ou com o dinheiro das entrevistas especializadas que fazes para a TV, ou então, e porque não, com o dinheiro que ganhas para ser Presidente da Câmara de Santarém.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Afinal, não sou um homem macho e rijo

Pois é…após umas negociações com o meu colega de trabalho, o Sr. Graça, cheguei à conclusão que chegar a casa dia após dia rebentado do corpo todo, com a cabeça feita em água por tudo o que se passa naquela fábrica não é fácil. E que não há dinheiro no mundo que pague isso.
Logo, é com prazer que anuncio que amanhã será o último dia que irei trabalhar no inferno do peixe. Será um glorioso dia, em que sei que cada hora, cada minuto é um em que me aproximo da minha sanidade mental.
Para todos os que estão a pensar em me insultar e dizer que sou fraquinho, quero mais é que vocês passem um dia (1) na fábrica onde o meu cérebro é atrofiado todos os dias. Para os que seguem o meu blog desde há um mês, sabem que eu já fiz de tudo e mais alguma coisa, mas este é sem dúvida o pior de todos os trabalhos que já tive. E, muito a sério, não é por 2.33€ à hora que me vou moer com uma semana.
A partir de amanhã às 17h00 sou um homem novo. Provavelmente, ainda cheiro a peixe, mas estou feliz. Porque deixei para trás uma das piores fases da minha vida.



Rafeiro, desculpa a foto, mas não resisti.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

A imperiosa necessidade da Psicologia

A fábrica onde trabalho é uma espécie de microcosmos, daqueles que dão direito a documentários com a voz do Eládio Clímaco. Várias personalidades, várias maneiras de encarar eventos do dia a dia, pessoas que passam por muito, pessoas que se passeiam por ali.
Sempre fui muito “observadeiro”. Gosto de avaliar as pessoas pelo que dizem e fazem, pensar no porquê de elas serem assim, das experiências de vida.
Existem dois casos de puro contraste que desafiam as leis da lógica ali dentro. O primeiro põe em confronto a pura forma de encarar a Psicologia. De um lado temos uma senhora fabulosa, do povo genuíno, que nos últimos meses perdeu um filho, o marido e um dedo. No entanto, continua a trabalhar todos os dias, como se nada tivesse ocorrido, Talvez seja a maneira dela lidar com a dor, talvez nem sequer saiba o que é um psicólogo. Mas, o certo é que não parece deixar que a sua própria vida afecte o seu trabalho. Do outro temos uma senhora não tão fabulosa, que está com uma depressão há cerca de três anos porque lhe morreu o pai. Recusa-se a fazer os trabalhos mais pesados, sendo que está a trabalhar numa das linhas de produção a fazer sabe-se lá o quê. Arma-se em coitadinha sempre que pode e é uma verdadeira idiota. Claro que frequenta um psicólogo que a compreende muito bem (€).
O segundo caso, põe em confronto a sorte que temos na vida, e a forma de a enfrentar. Ambos os lados são mal-educados, brutos e antipáticos. De um lado temos uma mulher que tem um marido numa cama há 5 anos, uma filha com uma doença rara e toneladas de medicamentos para pagar todos os anos. Do outro temos uma senhora que é levada de BMW todos os dias para o trabalho, que assegura quem quer que só vai trabalhar porque quer, visto o marido ganhar bem ao fim do mês.
Ao pensar nisto, acredito que o ser humano é mesmo idiota. É a única solução.