quinta-feira, 27 de setembro de 2007

The thing that should not be

Ao ler jornais, revistas, blogs, ao ver TV e ao conversar sobre vários temas, descubro um enorme estratagema para atirar areia para os olhos dos portugueses.
Vejamos esta análise cuidada ao tema.
A minha Maria necessitou de cuidados médicos. Não dispondo de um médico de família (por ainda não lhe ter sido atribuído um ao fim de 3 anos), dirigiu-se às 09h00 para o Atendimento Complementar do Centro de Saúde de Santarém. Aqui, informaram-na que todos os médicos estavam de férias…todos menos um…que só iria entrar ao serviço às 18h30.
Li no blog do Hzolio que ele necessitou de um esclarecimento numa repartição de finanças, mas que a pessoa competente para o assunto estava de baixa, não sendo possível esse mesmo esclarecimento naquela altura.
Devido a uma complicação na Segurança Social (causada pela mesma), dirigi-me a um balcão da mesma para os devidos esclarecimentos. Após ter questionado a funcionária sobre esse assunto, a mesma informou-me que chegara hoje de férias e ainda não tinha tido tempo para se informar sobre essas novas questões.
Podia continuar, mas acho que a mensagem já passou. Tenho apenas de mencionar que o tempo de espera para todas estas situações foi, para variar, enorme.
Cria-me uma pequena sensação de revolta saber que todas estas coisas têm um cunho a Portugal. Que este país é corrupto, lento, mal-preparado, mal-educado, e que esta gente que pulula por aí faz com que esta famosa e publicitada crise nunca mais chegue ao fim.
Revolta-me ainda mais saber que todos estes funcionários públicos se limitaram a concluir o mínimo de estudos esperado deles e que a partir do momento em que sentaram os glúteos avantajados nas suas cadeirinhas, deixaram de ter todo e qualquer respeito pela classe humana.
No meio disto tudo, crio o meu próprio mundo ideal no meu cérebro, onde sou rico, vivo num país civilizado e tenho prazer em ler os jornais, ver a TV e ouvir as conversas na rua.

22 comentários:

elvira carvalho disse...

E esse mundo é para partilhar? Eu também queria... estou na lista de espera para uma cirurgia, há 5 anos, e tinham-me dito na altura que a espera rondavam os 8 meses.
Por isso veja lá se no seu mundo as
pessoas não teem que ficar a vida toda á espera...
Um abraço

Dina disse...

Aposto que todos esses funcionários públicos que não serviram para nada ainda disseram isso com uma cara de mau feitio que só dá vontade de começar logo a chamar-lhes tudo e mais alguma coisa.

Eskisito disse...

Elvira, garanto-lhe que no meu mundo os serviços de saúde são perfeitos...nem uma hora se espera.
Infelizmente para si, este mundo é muito longe do seu.
Beijos e espero que isso se marque depressa.

Eskisito disse...

Dina:
Viste como adivinhaste...
Beijos

Formiguinha disse...

Fogo!!!

Tens mesmo razão....

Este país é mesmo deprimente, mas Angola não é melhor ;) !

Adorei a foto.

Bêjos

Logan disse...

Agora é que disses-te tudo!!
Um abraço.

HzoLio disse...

Eskisito, só uma correcção, sim porque os srs. das Finanças merecem que se fale verdade...

Eu o esclarecimento tive, ao fim de umas horas largas de espera, depois de ter sido 'ultrapassado' pelos amigalhaços da pessoa que estava no balcão para onde me mandaram (tendo essa sr.ª chegado atrasada ao serviço) e depois de me ter sido dito pela sr.ª em questão que aquilo não era com ela, fui atendido por alguém que, mais uma vez após quase uma horita de espera, me disse que nos serviços centrais de Faro, tinham arquivado o processo...

Pena foi que não me enviaram a fatia maior de imposto a pagar!!!

Ficou tudo a render juro mais uns meses para eles, ainda para mais porque a pessoa que se comprometeu a enviar-me a devida nota de cobrança, entrou de baixa por 3 semanas...

Mas atenção que no dia em que lá fui levantar a questão, eu FUI atendido... Mal, muito mal, mas FUI...

Também pá, às vezes, quando queres, consegues ser mauzinho!!! Tadinhos deles... ;)

Nuno da Alice disse...

Dois exemplos para mostrar solidariedade:
1- Nas secretarias das escolas por onde tenho trabalhado o cenário é sempre o mesmo: para cada questão colocada a resposta é sempre não sei ou a pessoa que trata disso não está! (escusado será dizer que na minha cabeça eu vejo a pessoa que me diz isso a ficar imediatamente decepada enquanto o espectro da justiça se espalha pelo ar)
2- Uma vez a contas com o subsídio de desemprego, coisas dos extintos mini-concursos, e por erro da instituição (não posso!), era preciso a senhora telefonar imperiosamente para os serviços centrais em Lisboa para um número que segundo a própria e com tom de que a culpa era minha "Eu vou ligar mas já sei que eles não vão atender...nunca atendem". Pasmado perguntei "E agora como se resolve", "Óh senhor não sei, não sei!". Depois e qual Michael Douglas n'"Um dia de raiva" passei-me, fiz-me valer dos 90 e tal quilos e um metro e oitenta (que são só fachada) e a coisa resolveu-se logo. Ha coisas fantásticas não há!
Abraço e aperta com eles que senão não te safas.

Eskisito disse...

Formiguinha:
Infelizmente, temos de encarar as coisas como ela são. E, os grandes culpados desta forma de ser e pensar somos nós próprios.
Beijos

Logan:
Bem-vindo a este cantinho de parvoíce e alguma (pouca) lógica.
Sim, infelizmente, está tudo dito. Um 25 de Abril não bastou.
Um abraço e obrigado pela visita.

Hzolio:
Quer dizer, eu a empurrar o pessoal para o teu blog, para serem eles a desvendarem a história como deve ser e tu vens aqui e abres o jogo todo. Justiça seja feita ao pessoal das finanças...com uma corda com um nó especial que eu sei fazer.
Um abraço

Eskisito disse...

Nuno da Alice:
Por acaso estava mesmo indeciso entre "And justice for all" ou o "Thing that should not be". Essa imagem da separação de membros superiores mostrou-me que fiz a escolha errada.
Essa do "Dia de Raiva" lembra-me uma com a Câmara de Santarém. Fiz-lhes um serviço de Projecção e 3 meses depois não me tinham pago. Encarnei a personagem e desde os famosos murros na mesa até ao segurança à porta, tudo foi feito como num filme. No dia a seguir telefonaram-me a dizer que o cheque estava na Câmara, mas podiam mandá-lo para casa, caso eu assim quisesse.
É triste, mas isto ensina-nos mesmo como funcionam as coisas.
Um abraço...e o blog, quando é que bule?

Rita disse...

9.712, mas contrariada...
Pois é Eskisito a resposta até podia ser "não é comigo" ou "a pessoa que trata desse assunto de momento não está". Até pode ser verdade e a culpa não ser de todo da pessoa que nos está a atender mas bastava a coisa ser dita com alguma simpatia e a nossa raiva não seria tanta. Agora para além desse tipo de resposta ainda serem antipáticos e mal esducados, isso é que não temos que tolerar.
Jokas

V. disse...

Essa imagem não perece ser de cá...

Gata Verde disse...

Não tarda nada estamos iguais aos países de 3ºMundo...

Gata Verde disse...

Já agora...as tuas melhoras!

Bom fds...loge do tampo!!!

Professorinha disse...

E enquanto temos tudo isso desse modo, vamos "dando" computadores aos menins na tv que é para dizer que está tudo bem... uma vergonha...

Fica bem...

Funcionário público disse...

Aos senhores professores e senhoras professoras que aqui deixaram um pouco de veneno contra funcionários públicos quero dizer-lhes que já nos bastam estes governantes para nos darem cabo da cabeça. Os senhores e senhoras "storas" possívelmente virão a ser funcionários públicos um dia destes e, nessa altura, cá estaremos nós os mais velhos a observá-los no que respeita aos vossos deveres de funcionários públicos modernos, competentes, cumpridores...
Basta de perseguição aos empregados do Estado que, como outros profissionais, tem gente boa e gente má. Ataquem a classe política, essa sim a mais culpada do estado actual da Administração Pública. E, oxalá venham a ser funcionários públicos muito em breve; ou não querem ?
Boa noite.

Tiago disse...

Sonha sonha, que sonhar não paga imposto! :P

PS:Respondi ao teu coment.

Eskisito disse...

Rita:
Olá Rita...com que então por aqui...hehehe
Sim, o problema é mesmo a falta de educação típica no atendimento. E os ditos acreditarem que todos temos de saber o funcionamento das coisas, quando obviamente não o sabemos.
Beijos

Thunderlady:
Não sei a origem. Vinha num mail e achei que teria a ver com o assunto. Ilustra bem a ideia.
Beijos

Gata Verde:
Acho que falta mesmo muito pouco. E tenho evitado o tampo o tempo suficiente para solidificar a coisa. (que imagem tão nojenta, valha-me o senhor)
Beijos

Eskisito disse...

Professorinha:
O pior é mesmo os nossos colegas que vão de mão estendida aceitar os portáteis das mãos da ministra...isso sim faz-me comichão.
Beijos

Funcionário Público:
A resposta ao seu comentário será em forma de post.
Um abraço

Tiago:
Por enquanto, porque acredito que um dia passará a pagar.
Um abraço

Azul disse...

UUUUUUIIIIIII,
O pc vai-se abaixo e quando aqui volto,já temos uma guerrazita instalada!!!!

Concordo contigo em tudo o que dizes!

já agora, 9.854.
Tou quase lá!!!

Eskisito disse...

Azul:
Eu ando numa de revolução. A seguir, o mundo...
Beijos

ariba disse...

Não posso deixar de sentir que poderia ter sido eu a escrever este pos (não tão bem, é claro..) porque realmente nos últimos tempos sinto o mesmo tipo de revolta!
Principalmente quando penso que passei mais de metade da minha vida a estudar e e a depender dos pais e agora que trabalho e pago impostos ainda tenho menos dinheiro e cada vez mais obrigações! Sinto realmente que há portugueses de primeira, segunda e até terceira categoria. E depois há esses funcionários que são de uma espécie à aprte, sem qualquer tipo de obrigações para com aqueles que lhes pagam o ordenado! BAAH! Já fiquei mal disposta!

Mas beijinhos na mesma, que tu não tens culpa.