Não era ao Sócrates que eu chamava nomes…

O professor Fernando Charrua foi suspenso, porque supostamente chamou “filho da p***” ao Primeiro-Ministro. Ou, porque fez uma simples graçola acerca da sua licenciatura. Ou, porque alguém não deve gostar dele.
Indiferentemente, foi uma atitude extremista a que a Directora Regional de Educação do Norte, a D.ª Margarida Moreira, tomou. Suspender o professor Charrua, baseada num comentário, entre portas fechadas, é um abuso a todos os níveis.
Se estiver na Sala de Professores da minha escola, posso insultar a minha mãe, que o máximo que me acontece será ir directamente para o inferno. Se insultar a minha mulher, o máximo que me acontece é levar um par de estalos.
Agora, o que muda isto tudo (e é essa a razão pela qual o ensino está como está), é o excesso de zelo e de partidarismo. Ora o Professor Charrua já foi deputado pelo PSD. Pois, facto um. A Directora, muito provavelmente é do PS. Suposição um.
A Directora pensou que ao denunciar esta situação iria obter uma boa promoção e, uma gorda reforma. Azar…
A única coisa que conseguiu foi mais um escândalo nacional sem sentido, em que o próprio visado veio a público dizer que, em Portugal existe uma coisinha…muito pequenina…chamada LIBERDADE DE EXPRESSÃO. E, Sócrates acrescentou que não concorda com a suspensão do professor.
Mas, chega agora a parte em que eu tenho de dizer que o alvo das anedotas, graçolas, insultos, ou o que fosse do professor Charrua, era o alvo errado. O alvo certo da indignação de qualquer professor é a Ministra da Educação, a D.ª Maria. Essa sim, merece ser chamada de tudo, desde mãe até… A mesma Ministra que afirmou que nunca o iria defender em público.
Os professores de todo o país agradecem o seu apoio.