Ontem, num rasgo de loucura e amor, resolvi pegar na minha moça e levá-la a almoçar à beira-mar as sardinhas que ela tanto quer. O orçamento foi ao buraco, mas ver um sorriso na sua cara vale bem a pena as dores de cabeça que vou ter no futuro.
Mas, apesar do romantismo a que me propus, os portugueses que nos passaram pela frente, desconhecendo claramente os meus intuitos, acabaram por me estragar, em parte, o dia.
Dirigi-me para a Nazaré, famosa pelos seus peixes e outras iguarias. Optei por ir pela nacional, de forma à viagem ser demorada e podermos observar as paisagens belas deste país. Erro número 1. Ora, precisamente quando as pessoas resolvem tirar férias e ir para a praia, as câmaras municipais resolvem fazer as obras que andaram a evitar o ano todo, porque estava a chover. Estradas totalmente esburacadas, circulações alternadas, desvios macacos, de tudo um pouco. Eu não sei, mas esta não será a melhor maneira de chamar os turistas. Isso obviamente, sem contar com a falta de placas de indicação dentro das localidades, ou seja, é sempre assumido que nós conhecemos as terreolas de ponta a ponta.
Depois, a escolha de restaurante. Escolhemos um no topo da torre da Nazaré, perto da capelinha dos pescadores, que tinha uma esplanada à beira-mar. Ideal…excepto pelo serviço. Aqui, não há muito a dizer. Todos nós sabemos que o tuga é sempre atendido em último em relação aos camones, mas desta vez, nem os camones se safavam. Digamos apenas que os empregados eram brutos em geral, e foi preciso mencionarmos o livro de reclamações para o atendimento passar a ser um pouco mais agradável.
Convenhamos, se a ideia é chamar o turismo, este restaurante, com os seus empregados de unha comprida e mal-educados, os enganos nas contas e o tempo que demoram no serviço, não está a conseguir os seus intentos.
Por fim, fomos tomar um café a um café situado na praça da capelinha, numa varanda sobre toda aquela beleza. Errado. Fomos tomar o café a uma varanda de uma casa particular, onde toda a família estava a coser bonecas típicas e a falar mal de tudo e de todos. A gritar. Eu estranhei o facto de o café estar vazio, mas cedo percebi porquê.
Moral da história, salvou-se o dia pelo nosso bom humor e pela maravilhosa praia deserta que descobrimos para além do farol na Nazaré. Mas, se não querem que todos os turistas vão para o Algarve, têm mesmo de começar a fazer por isso…
Mas, apesar do romantismo a que me propus, os portugueses que nos passaram pela frente, desconhecendo claramente os meus intuitos, acabaram por me estragar, em parte, o dia.
Dirigi-me para a Nazaré, famosa pelos seus peixes e outras iguarias. Optei por ir pela nacional, de forma à viagem ser demorada e podermos observar as paisagens belas deste país. Erro número 1. Ora, precisamente quando as pessoas resolvem tirar férias e ir para a praia, as câmaras municipais resolvem fazer as obras que andaram a evitar o ano todo, porque estava a chover. Estradas totalmente esburacadas, circulações alternadas, desvios macacos, de tudo um pouco. Eu não sei, mas esta não será a melhor maneira de chamar os turistas. Isso obviamente, sem contar com a falta de placas de indicação dentro das localidades, ou seja, é sempre assumido que nós conhecemos as terreolas de ponta a ponta.
Depois, a escolha de restaurante. Escolhemos um no topo da torre da Nazaré, perto da capelinha dos pescadores, que tinha uma esplanada à beira-mar. Ideal…excepto pelo serviço. Aqui, não há muito a dizer. Todos nós sabemos que o tuga é sempre atendido em último em relação aos camones, mas desta vez, nem os camones se safavam. Digamos apenas que os empregados eram brutos em geral, e foi preciso mencionarmos o livro de reclamações para o atendimento passar a ser um pouco mais agradável.
Convenhamos, se a ideia é chamar o turismo, este restaurante, com os seus empregados de unha comprida e mal-educados, os enganos nas contas e o tempo que demoram no serviço, não está a conseguir os seus intentos.
Por fim, fomos tomar um café a um café situado na praça da capelinha, numa varanda sobre toda aquela beleza. Errado. Fomos tomar o café a uma varanda de uma casa particular, onde toda a família estava a coser bonecas típicas e a falar mal de tudo e de todos. A gritar. Eu estranhei o facto de o café estar vazio, mas cedo percebi porquê.
Moral da história, salvou-se o dia pelo nosso bom humor e pela maravilhosa praia deserta que descobrimos para além do farol na Nazaré. Mas, se não querem que todos os turistas vão para o Algarve, têm mesmo de começar a fazer por isso…
22 comentários:
Bom diia!!!!
A maria tá linda na foto.
Quanto aovosso dia de pleno e total namoro,ainda bem que conseguiram manter o bom humor.Ás vezes,em situações semelhantes,lá saio eu do tamanco...
É pena que as coisas só passem a funcionar quando mencionamos o livrito de reclamações ( bem-haja,embora em certos casos nem chegue para coisa nenhuma...),caso contrário somos tratados a baixo de cão.
No fundo,resume-se a um comment que escrevi noutro dia lá pelo blog do professor florista: o tuga é,por natureza,mal-educado especialmente para o tuga.
Fazer o quê?
Olha...se não os podes vencer,junta-te a eles....
;)
Mas olha que até no algarve somos passados para trás em relação aos camones! E mais, pagamos como se tivessemos o nível de vida deles!
Quanto às obras, então não te lembras que as obras do tunel do marques começaram quando começou o euro 2004?
Hahahaha!
Amei! É mesmo isso! mas continuas um romantico pá!
Olha, para a próxima vai ao Inter comprar as sardinhas e o carvão, pega na moça e no fogareiro, e façam vocês mesmos a sardinhada! Poupam no restaurante e por isso podem ir pela auto-estrada, aliás, é isso mesmo que eles querem, por isso é que esburacam as outras estradas todas...bem, e a auto-estrada também...
Mas ainda bem que o vosso bom humor não ficou como a estrada!
B'jitos
ainda não percebi o raio do Tuga!!!
caneco... nem para nós somos bons!!!
turismo para inglês ver... a última vez que fui à Nazaré acabei a discutir com um senhor polícia antipático nas horas... nem gosto de me lembrar...
parece que vocês apanharam pelo menos bom tempo...
beijinho
Não há nada que o Sol e o Mar não resolvam, não é???
Jokas
Pois é... Eu estive no Algarve este fim de semana e foi exactamente o oposto.
As sardinhas tinhas resolvido facilmente com uma vinda ao Porto Alto no sábado à noite...
Quanto ao resto...ai que vontade tenho de mergulhar nessas águas que aí aparecem...
A Maria teve um ataque de mau feitio?
:):)
Quanto ao livro de reclamações ele devia ser pedido mais vezes, falamos muito mas reclamamos pouco nos sítios certos.
Bjs
dina:
Não pá!Eu só não quero aparecer. Já viste a maçada como os fotógrafos atrás e os gajos das agências de modelos...não me apetece prontos!
beijo
Vinhas incógnita!!Fazias como o Jonh Travolta mas ao contrário...:):)
Mas q imagem tão real do nosso país ...
Eu não quero ser desmancha-prazeres, mas muita sorte tiveram vocês em não levar com nenhuma peça de fruta no trombil, porque a última moda é os empregados atirarem sobremesas, sempre que a mesa onde servem fica longe da fruteira.
Nada de anormal, portanto.
BeijInhas para o casal.
P.S. A Maria está um must na foto.;)
A única coisa que apanhei na Nazaré, da última vez que lá estive, foi frio!!!!!!!! Mas a descrição está...perfeita! É que é mesmo assim, caraças! :)
O amor supera isso tudo :)
Eu ainda nem sequer saí aqui do interior...
Português sofre até para ter umas férias decentes!!!
Azul:
É mesmo linda, eu sei.
Eu, quando me chateiam, gosto de ser o mais educado possível, de forma a rebaixar a pessoa à sua insignificância.
Beijos
Marta:
Sim, quando lá estive reparei nisso, mas não é tão descarado.
Excelentes horários programados...no Euro 2004, em Leiria, as estradas estavam todas em obras...o trânsito estava um caos.
Beijos
Formiguinha:
Mas, os nossos compatriotas não ajudam nada. Mesmo...
Beijos
Ariba:
O problema é morar num apartamento...não há espaço (sim, não tenho uma varanda) para grelhar uma sardinha no carvão, e o grelhador eléctrico não sabe ao mesmo.
Mas, isto foi mesmo uma experiência a não repetir...pelo menos, não nestes moldes.
Beijos
Peste:
Principalmente, não somos bons para nós...raio de gente...
Beijos
Maria Cunha:
Sim, por acaso estava um tempo excelente, sem vento (o que na Nazaré é quase um milagre)...o almoço custou a digerir...
Beijos
Rita:
É verdade, embora o mar estivesse um bocadinho gelado...bocadinho...
Beijos
RB:
Mas, até no Algarve senti essa tendência para o camone ser atendido primeiro...mas ao menos são mais discretos.
Um abraço
Dina:
Quando é que é a festa da amizade em Benavente???
Beijos
Mariazinha:
Pois é, eu que o diga...sempre a afastar esses chatos...estamos a falar de quem????
Beijinhos queridos
Ninas:
Infelizmente...
Beijos
Inha:
Mas, ia sendo arranhado pela unhaca gigante do empregado umas duas vezes...medo...
Beijos
scbmf:
Bem-vinda aqui ao cantinho da parvoíce.
Um retrato triste de um país triste...já pareço o Palma...
Beijos e obrigado pela visita
Professorinha:
Mas sofre mesmo...mas eu este ano estou a vingar-me...hehehe
Beijos
É-me difícil comentar este post, tão forte o meu vínculo emocional a esta terra (um dia hei-de pôr post na Gota sobre ela, mas eu não gosto de me mostrar muito), a que chamo "o meu pensadoiro favorito".
Quando vi a primeira fotografia o coração deu-me logo um salto e os olhos encheram-se-me de lágrimas: "Meu Deus, isto só pode ser a praia do Norte!" (como os locais lhe chamam. A segunda (que sei exactamente em que sítio foi tirada, no muro junto ao farol - espero que tenham descido aquelas escadas perigosas e ido lá abaixo!, reconheceria aquelas conchinhas cravadas na pedra em qualquer lado) confirmou.
Aquilo a que chamas a torre chama-se na verdade Sítio. A Nazaré é para mim uma das 7 Maravilhas do Mundo. Já percebi que foste de carro - eu nunca o levo lá para cima. Subo no elevador, tenho um ritual muito meu para matar saudades. Primeiro vou à capelinha da Aparição (ou dos Pescadores) agradecer estar ali outra vez, depois sacio os olhos daquela vista assombrosa do alto do penhasco, , no sítio onde está marcada na rocha a ferradura do cavalo de D. Fuas Roupinho. Bem sei que é uma lenda, mas é tão bonita!Faço a pé (quase sempre com muito vento) a estrada até ao farol. Desço aquela escada traiçoeira. Desço depois lá abaixo à praia. No regresso, ainda vou à igreja, revisitar aquela imagem tão antiga de Nossa Senhora da Nazaré, ver os testemunhos de fé... Lembro-me, não há muitos anos, de ver lá nota de vinte escudos presa com um alfinete a bilhetes traçados com caligrafia rude e comovente a agradecer "um salvamento no mar".
Desculpa, já estou a chorar. Este sítio é mesmo único para mim.
Da próxima vez que lá fores fala comigo. Vais comer o melhor marisco da Nazaré a preços de anedora (não divulgo aqui).
Teresa:
Quando tiver tempo, mando-te o resto das fotos, e um resumo da viagem completa.
Beijos e quero essa informação do marisco...hehehe
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