
Ora, na Sexta viajámos para Coruche. Como fui eu a guiar ainda lá chegámos na Sexta (hehehe…pronto, eu sei, mau feitio e tal).
É bom estar com os meus pais. Apesar de eles andarem sempre às turras por tudo e mais alguma coisa, é bom passar lá uns dias.
A minha casa está diferente. O meu quarto agora é o quarto dos sobrinhos, a sala tem menos tralha, a cozinha tem aparelhos com os quais eu nem sequer sonhava quando lá morava. Mas, a sensação de lá estar é a mesma. Uma sensação de lar.
Antes de ir para lá, fiz o search para ver se algum dos meus amigos lá ia passar aquele fim-de-semana. Apenas a J.foi, e deu para beber um café com ela e pôr a conversa em dia (parte dela pelo menos, porque o tempo nunca ajuda).
Mas, ao conversar com ela, e nos telefonemas que fiz, descobri uma coisa que me deixou muito orgulhoso. Os meus amigos de infância/adolescência/adulto lêem o meu blog. E isso deixou-me muito, mas mesmo muito orgulhoso. Já sabia que o M. lia, visto que foi ele que me anunciou a questão do Público, sabia que o
Cruxe lia e que a
Ariba lia. O resto do pessoal contou-me que costuma acompanhar a minha parvoíce de vida aqui.
Sendo assim, tenho de fazer uma declaração. Se não fosse por vocês, este blog não existiria, o Esk seria um sonho e eu seria um gajo a apanhar beterraba ou algo que parecesse. Porque muito do que sou hoje devo a cada um de vós. À vossa inteligência, à vossa idiotice, ao vosso espírito. E, por muitos anos que passem, havemos de ser sempre o grupo de pessoas mais bizarro de Coruche, porque cada um de nós faz parte de todos. Acho que isto não mete sentido nenhum, mas espero que entendam o que quero dizer.
Voltando ao fim-de-semana, culminámos a nossa estadia com uma noite de fados no novo largo do Rossio (digo novo, porque foi a terceira vez que lá fui). E, foi uma treta. Fados de Coimbra, com um guitarra portuguesa que tocava mal, um dos cantores era mais lírico que estudante, as melgas não nos largaram a noite toda e, o espectáculo começou tarde. Porquê? Porque estavam à espera do Presidente. Sem comentários. Só foi porreiro, porque acho que a minha mãe já não saía de casa à noite há uns bons anos, e consegui convencê-la a sair.
Durante o fim-de-semana, magoei um dedo do pé a subir um passeio. Fiquei lixado. Ao sair da casa dos meus pais, por um degrau que atravesso há 30 anos, escorreguei, voei, cai e torci um pé. A minha querida Maria ao encontrar-me no chão agarrado ao pé pergunta: “Então, caíste?”
Não, eu estava no chão aos gritos (pequenos, que eu sou muito macho) agarrado ao pé porque me apetecia.
Muito gelo, sacos de água quente e algumas drogas lá pelo meio, fizeram-me estar pronto no Domingo para conduzir o carrinho de volta para casa.
Apesar de tudo, foi um bom fim-de-semana.