Em 2007 acordo todos os dias para um novo mundo. Computadores, consolas, TV por cabo, frigoríficos que nos avisam da falta de comida, Internet, um sem fim de coisas que evoluem todos os dias. Vivemos felizes e sem preocupações. Tudo à nossa volta á facilitado.
Mas, será mesmo que todas estas coisas nos fazem felizes?
Ontem, vi na RTP 1 o “Conta-me como foi”. A série começa em 1968, e pretende descrever-nos a vida de uma família desde esses tempos até aos dias de hoje.
Descobri duas coisas nessa série. A primeira é que a vida familiar não mudou tanto desde 1968 até 1980’s. E a segunda, descobri que já tive uma vida (ultra)passada.
Corria o ano de 1984. Um muito jovem Eskisito de 6 anos estava a gritar para uma janela dizendo: “Agora já se vê.” Tínhamos recebido nesse dia a TV a cores, uma Philips de 50 KG. Tinha de se regular as duas antenas, uma para cada canal disponível.
Depois passaram-se noites a ver Jogos sem Fronteiras, Festivais da Canção e Eurovisão, Modelos e Detectives e tantos outros programas que me marcaram até ao momento em que tudo mudou.
E, se nos dava a fome, não íamos ao frigorífico buscar o gelado, ou misturar o leite nos cereais. Os Rajás comiam-se na rua e os cereais comiam-se no pão com manteiga.
Brincávamos na rua com a bola do vizinho rico, ou jogávamos berlindes. Eu era campeão na carica (estou tão desactualizado que nem o Word aceita a palavra carica).
Não telefonávamos para os amigos, a não ser por coisas importantes. O telefone com 2 KG estava na mesa do corredor, e apenas os nossos pais o usavam.
E na escola…ai as saudades de levar um par de estalos por não saber quem era o 10.º rei de Portugal (momento irónico do post, obviamente).
Mas, o certo é que dávamos importância às coisas certas. Comer um gelado era algo de extraordinário, e ver os Jogos sem Fronteiras com toda a família é um dos melhores momentos que me lembro. E, agora, enquanto tenho o meu computador com 1,8 KG no colo, penso no quanto o tempo mudou. Se nada disso existisse, que estaria eu a fazer?
Provavelmente a dormir, abraçado à minha mulher.
Mas, será mesmo que todas estas coisas nos fazem felizes?
Ontem, vi na RTP 1 o “Conta-me como foi”. A série começa em 1968, e pretende descrever-nos a vida de uma família desde esses tempos até aos dias de hoje.
Descobri duas coisas nessa série. A primeira é que a vida familiar não mudou tanto desde 1968 até 1980’s. E a segunda, descobri que já tive uma vida (ultra)passada.
Corria o ano de 1984. Um muito jovem Eskisito de 6 anos estava a gritar para uma janela dizendo: “Agora já se vê.” Tínhamos recebido nesse dia a TV a cores, uma Philips de 50 KG. Tinha de se regular as duas antenas, uma para cada canal disponível.
Depois passaram-se noites a ver Jogos sem Fronteiras, Festivais da Canção e Eurovisão, Modelos e Detectives e tantos outros programas que me marcaram até ao momento em que tudo mudou.
E, se nos dava a fome, não íamos ao frigorífico buscar o gelado, ou misturar o leite nos cereais. Os Rajás comiam-se na rua e os cereais comiam-se no pão com manteiga.
Brincávamos na rua com a bola do vizinho rico, ou jogávamos berlindes. Eu era campeão na carica (estou tão desactualizado que nem o Word aceita a palavra carica).
Não telefonávamos para os amigos, a não ser por coisas importantes. O telefone com 2 KG estava na mesa do corredor, e apenas os nossos pais o usavam.
E na escola…ai as saudades de levar um par de estalos por não saber quem era o 10.º rei de Portugal (momento irónico do post, obviamente).
Mas, o certo é que dávamos importância às coisas certas. Comer um gelado era algo de extraordinário, e ver os Jogos sem Fronteiras com toda a família é um dos melhores momentos que me lembro. E, agora, enquanto tenho o meu computador com 1,8 KG no colo, penso no quanto o tempo mudou. Se nada disso existisse, que estaria eu a fazer?
Provavelmente a dormir, abraçado à minha mulher.
4 comentários:
Essa é que é essa!
Quantos homens não trocariam uma vida de luxo por uma mulher como a tua?
Diz lá, vá!( vê lá o que dizes)
A gaja
Pelos vistos ficou sem palavras!
Vocês parecem uns senhores já a caminho do lar da 3ª idade...eu comecei a ficar nostálgica de certas coisas já depois dos 40.Será sinal de que hoje tudo é muito mais rápido?
Em reposta à gaja, eu troquei. O resto é conversa. (sim, não vou mencionar nomes de outros candidatos...como por exemplo...)
Quanto ao teu comentário Xanu, não é nostalgia. Tenho mais disso a pensar na Universidade. Mas, que eram bons tempos eram. Penso nisto apenas, porque todos os dias vejo crianças que nem sequer respeitam os pais, quanto mais darem o valor certo às coisas materiais que têm.
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