terça-feira, 3 de abril de 2007

Gostava de ter uma vida interessante…

Ao contrário dos outros posts, este é um pouco sobre mim. Para que as poucas pessoas que ainda lêem este blog saibam com que género de idiota é que estão a tratar.
Pois bem, em poucas palavras, chamo-me Vitor, casado, 29 anos por enquanto, professor licenciado e explorado pelo estado e vivo numa gloriosa aldeia (o quê? Eu disse aldeia...era vila…vila) de Alpiarça, onde o séc XXI demora a chegar.
Graças ao maravilhoso mundo da Internet, do único vídeo clube que aqui existe, a livros e às conversas que mantenho com a minha esposa, não enlouqueço. Tal como já mencionei noutro post, sempre quis ser considerado interessante pelos meus pares…dai o facto de manter-me sempre actualizado (ou pelo menos tentar) em relação ao que se passa no mundo em termos de actualidade e cultura. Mas, quando estamos perdidos numa ilha, que nem os senhores e senhoras do Lost, é bastante complicado que alguma coisa aqui chegue. Leio tudo (menos Margarida Rebelo Pinto), vejo todo o tipo de filmes, vejo TV (agora já sem cabo…não há dinheiro para tudo) e procuro na net tudo o que me falta. Mas, mais importante do que ter cultura é poder partilhar cultura.
Por isso, de todas as coisas que mencionei anteriormente, a que mais me traz de volta à sanidade é a minha mulher. Terrivelmente inteligente (muito mais que eu, tenho de admitir), dotada de um sentido de humor mordaz (consultar o blog http://www.oconsultoriodamaria.blogspot.com/ ), ela faz com que eu consiga manter-me interessante, embora por vezes pareça apenas chato. É ela que me atura no meu dia a dia em que culpo o mundo por me ter ignorado, por não ter visto o meu génio, e é ela que me trás de volta à terra e me diz que sou a pessoa mais importante na sua vida.
Na essência é exactamente isso que eu quero dizer com este post. Gostava de ter uma vida interessante, de conviver com as grandes mentes do país, de trocar impressões no café, de ir a um teatro com um grupo de pessoas que depois fosse para uma tasca falar das implicações daquela peça na nossa vida. Gostava de ser reconhecido (tema recorente nos meus posts) e gostava de que o meu nome fosse sinónimo de algo bom.
Mas, eu tenho isso tudo. Tenho esta maravilhosa pessoa ao meu lado que me faz sentir reconhecido, que me acompanha no café nos meus devaneios, que vai comigo ao teatro e me diz que tudo o que se passou naquela peça tem a ver com as nossas vidas. E é a ela que tenho de agradecer por ser como sou. São e feliz. E essa felicidade é para mim mais importante que todo o reconhecimento no mundo.
Tenho dito…

2 comentários:

Anonymous disse...

Ò cromo se não fosse essa SENHORA ainda vivias em coruche debaixo da sais da mamã. 100 valores para ela so por te aturar...CROMO

Anonymous disse...

Acredita que essa mulher é maravilhosa...uma das melhores e mais puras que conheci até hoje...Cat