quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O medo, o horror, a tragédia

Ora, eu até nem tenho nada contra as terceiras e quartas idades. Excepto quando falamos das terceiras e quartas idades aqui na santa terrinha onde Judas nem passou, tal era a insignificância deste buraco. Existem momentos na vida de um homem em que apetece fazer algo como pegar numa arma e desatar aos tiros indiscriminadamente. Ontem tive um desses momentos.
Eu sofro de uma pequena doença de pele. Nada de mais, coisa pouca. Uma das curas para isso é a água do mar. Como não há mar aqui na terrinha, tenta-se a hipótese dois: o cloro das piscinas. E isso a terrinha tem.
Ontem ia eu a a Maria para o meu momento diário de cura quando notámos uma anormal concentração de automóveis junto às instalações da pisicina. Pensámos que se trataria de qualquer evento nas piscinas interiores, visto que a média de frequentadores à hora que vamos se limita a 10 pessoas (muitas vezes apenas nós).
Qual não é o nosso espanto quanto olhamos para a piscina exterior e a mesma está cheia? Mas, o horror era que estava cheia de velhinhas adoráveis, daquelas que parecem as nossas queridas avozinhas, TODAS DE FATO DE BANHO OU BIKINI!!!! Sim, leram bem, BIKINI!!!
Ao que parece, era a aula de Hidroginástica. Gratuita. E bastou que uma velhinha soubesse para que aquilo virasse o chá das cinco (piada à incontinência e ao facto de estarem dentro da piscina).
Saí blasfemando todas aquelas senhoras e o senhor que teve a ideia peregrina das aulas de ginástica dentro de água. E, está claro, acordei várias vezes ao longo da noite a gritar: BIKINI!!!

sábado, 8 de agosto de 2009

Façam o favor de ser felizes

É certo que montes de pessoal morre. Todos os dias. Muitos deles famosos, outros nem por isso. Quase nenhuma dessas mortes me toca. Hoje foi um dia de excepção.
O grande Raul Solnado já não está entre nós. A partir de hoje faz rir anjos e outros que tais. E, ao saber a notícia, senti-me triste. Com razão para tal. Se aprendi o que era humor foi com ele. Muito antes de saber o que era Python ou qualquer outra das minha influências de humor, ouvi Solnado em vinil a descrever uma guerra sem sentido como todas as outras guerras sem sentido. Ouvia ladrões de carteiras de escola e avôs que eram surdos que nem uma porta. Ria-me de piadas que nem sequer percebia porque Solnado fazia rir.
Poucos artistas conseguiram ou conseguirão o que Solnado fez pelo humor em Portugal. Foi ele que começou o Stand Up ainda o Nogueira e o Nilton andavam de fraldas. Foi ele que criou os tempos cómicos mais perfeitos da história. Foram dele as melhores personagens de humor criadas em Português.
Por vezes esquecemos os grandes. A ti, que me ensinaste o que é rir, desejo-te que nunca sejas esquecido.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Actimel

Marco Paulo. Basta dizer estas duas palavras para o post estar completo. O problema é que eu tenho de estragar tudo.
Ora, lembro-me eu que o senhor disse, aquando do seu cancro (ou câncaro, consoante os seus fãs) que foi Fátima (não a de Felgueiras, mas a Nossa Senhora) que o curou. Claro que a minha sogra é fã do mesmo (e o meu sogro diz que ele tem um desvio sexual, o que dá brigas engraçadas) e acha que foi mesmo a dita. Eu acho que foi mais ali para os lados da Diabba que veio a cura do mesmo.
De qualquer das formas, agora o senhor vem para a televisão dizer que é do Actimel. Portanto já começa a ser difícil escolher quem tem a culpa de ele se ter safado. E isto para já nem sequer falar do aparelho auditivo que eu nunca hei-de usar, visto que se ouve em permanência as canções do senhor.
Para além disso, estou a ver o Verão Total em Elvas. Para quem não sabe, o Verão Total é um daqueles programitas de verão itinerantes, que passam de terrinha em terrinha. Por isso, continuo à espera que o Marco Paulo lá apareça a cantar. Porque isso sim, completaria o meu dia. Aliás, a minha vida.

domingo, 19 de julho de 2009

Medo

Estava eu nu sentado no sofá (é uma longa história que não me apetece estar a explicar aqui, mas garanto-vos que não é habitual) e o José Rodrigues dos Santos, com voz marota e ar dengoso, diz a seguinte frase: "A si, em especial, uma boa noite."
Estou em choque...

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Amorrr não é...Parte 1

Em resposta a uma certa bloguista que por acaso mora comigo (mas um acaso muito grande), tenho aqui umas certas coisinhas que gostava de divulgar.
Quando me apaixonei pela primeira vez por ela (sim, porque uma pessoa apaixona-se quase todos os dias), achei que ela era a pessoa mais querida do mundo. Sim, eu sei. Eu sou estúpido que nem uma porta.
Passados uns meses, começaram a sair as garras. Mas eu vivia no amor e deixei andar. Hoje é ela que usa as calças cá em casa. Sem comentários.
Pois é, se queres conhecer a tua mulher, olha para a tua sogra. E eu sei de antemão que estou tramado. Porque ela hoje já consegue ser pior que a dita cuja.
Hoje chateou-se comigo porque eu demoro muito tempo a sair da letargia do acordar. No meu primeiro dia de folga em quase duas semanas. Estou tramado.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Sobre as colocações...

"O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, desdramatizou os números. "Muitos dos candidatos são professores do ensino privado que tentam colocação no público ou professores que estão nas Actividades de Enriquecimento Curricular", disse, alegando que não ficarão no desemprego."


Meu caro Valter, se fosses ter um acidente mortal contra uma manada de sífilis e outras DST's? Com que então, o pessoal que anda nas AEC não está no desemprego? Hás-de me explicar como é que uma pessoa que não tem regalias sociais, que chega a receber 200 euros por mês de trabalho a recibos verdes pode ser considerado como colocado.

A sério, se fosses morrer longe e com muita dor, não fazias mesmo falta nenhuma.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Bom samaritano

Sempre me irritaram as pessoas que reclamam por tudo. Todo o mundo está contra eles, tudo lhes corre mal, todas as pessoas representam o demónio. Pois bem, e admitindo que por vezes sou assim, resolvi enfrentar uma dessas pessoas. O resultado, como é óbvio, foi desastroso.
Ninguém gosta que nos digam quais os nossos erros. Quais as nossas imperfeições. Que, por vezes, o problema somos mesmo nós.
Neste caso, estamos a falar de uma pessoa de quem ainda nunca ouvi ninguém dizer bem. Ninguém. Aliás, acho que sempre que ouvi falar mal dele. Hoje, como bom samaritano, resolvi interferir em mais uma das situações causadas pelo próprio, de forma a acalmar os ânimos já animados que se viviam na sala de professores. Erro!
Comecei por usar o humor, coisa que já percebi que falha sempre nestas mentes mais singelas. Meti uma laracha ou outra, mas a situação já tinha passado essa abordagem. Passei ao Plano B. Fazer com que as pessoas se acalmassem e discutissem como adultos. Claro que quando temos duas peixeiras a discutir a qualidade e o preço dos seus produtos, é preciso ser um pouco suicida para nos metermos no meio delas. Aqui passou-se o mesmo. Em vez de discutirem um com o outro, viraram-se para mim. Coisa que me fez perder a pouca paciência que me restava.
Moral da história, apontei os defeitos e as virtudes de cada um, virei costas e mandei-os para a mãe deles. Quem me manda a mim ser bom samaritano?
Agora já sou olhado de lado por mais duas pessoas dentro da escola. E cada vez mais feliz por isso. Por isso, até acabei por ganhar alguma coisa com isso.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Wrong turn

Acabaram-se hoje na minha escola as reuniões de avaliação. E desde já digo que cada vez mais me irrita ter escolhido esta carreira. Gosto de ensinar quem quer aprender, mas quem quer aprender é cada vez menos do quem quer passar o tempo na escola a beijar miúdas e a apanhar doenças.
Pois bem, estive num braço de ferro com os meus colegas de uma turma, porque me recusava a passar um aluno que, com 6 negativas, um passado de trampa naquela escola e com um comportamento miserável, tinha de ser passado porque já tinha chumbado o ano anterior. Ora, perguntei eu, qual é a vantagem de passar um miúdo que nada faz e nada sabe para outro ano? Disseram-me eles que tinha de ser. Se votasse contra, haveria outra reunião no dia seguinte, onde o meu voto deixaria de ter peso e assim passavam o puto. Mesmo que houvesse colegas que mudassem de opinião e o chumbassem, o puto passava por decisão do Pedagógico.
Acabei aquela reunião derrotado, mas deixei no ar uma pergunta que me deixou muitos amigos dentro daquela escola: "Vocês lembram-se do dia em que deixaram de ser professores?"

quarta-feira, 24 de junho de 2009

A minha vida por um cesto...

Pois. Como começar isto? Já sei! AUUUUUUUUUUU!
Ontem, depois de um dia de reuniões de avaliação que me deixaram de nervos em franja (ainda haverá um post sobre isto no futuro), resolvi ir com a minha Maria às compras. Como bom português, vou a vários hipers e supers em busca dos preços mais baratos.
Fizemos o grosso das compras no Continente, mas deixámos uma ou duas coisas para comprar no Jumbo. Por exemplo, sabia que o azeite Oliveira da Serra custava 1.60€ e seria uma boa compra.
Quando chegámos ao Jumbo, começámos a agarrar numa coisa, em duas, em três. Quando já parecíamos equilibristas do circo com não sei quantas coisas, lá resolvemos ir apanhar um cesto. Eu, cavalheiro, disse que iria lá. A minha Maria achou que seria ela a melhor apanhadora de cestos. Passou-me todas as compras para as minhas mãos. Desviou uma ou outra para que eu pudesse respirar. Enquanto ela demorou as duas ou três horas para voltar eu fui à charcutaria de senha amarrotada no meio dos sacos de meloa e outras coisas. A senhora da charcutaria diz o número e eu, numa tentativa falhada de ver o número da minha senha, mexi na ordem cósmica das coisas que trazia na mão, nas quais se incluíam duas garrafas de azeite.
De repente, dei por mim rodeado de pessoas de bata branca e de um segurança. Um mar de azeite no chão pintalgado de sangue e um dedo do pé com uns quantos cortes. Claro que a minha Maria ainda andava à procura de um cesto (ou a ver capas de revista, uma delas) e eu em dores e a sangrar.
Considerando o tamanho do Jumbo, acho que partir uma garrafa de azeite em cima de um pé é como um acidente na auto-estrada. Todos os que passavam demoravam mais uns cinco minutos do que era necessário para apanharem a sopa congelada ou as ervilhas.
As senhoras da charcutaria a olharem para mim com aquele ar de que eu ia morrer a qualquer momento, o segurança a passar-se porque não tinha luvas para me fazer o curativo e as pessoas opinavam sobre a gravidade das minhas feridas. E a Maria? Ainda em lado nenhum que eu pudesse ver.
E eu estava preocupado com o quê?. Não com o sangue que saía do meu corpo, não com as dores que sentia, mas sim com a garrafa de azeite que havia partido, com o incómodo que estava a dar áquelas pessoas, com o azeite que saltara para a minha roupa e com o sermão que iria ouvir da Maria porque nunca tenho cuidado com as nódoas.
Eis que então chega El-Rei D.Sebastião com o cesto. A olhar para todo aquele cenário com uma cara de pânico a pensar que todo aquele sangue me iria matar ou coisa que lhe valha e a falar rapidamente coisas sem nexo. Estava tão assustada que nem mandou a miúda da charcutaria que a tratou por tu para todo o lado.
Lá tive eu de fazer o curativo porque o segurança continuava de volta das luvas que não existiam, de comprar uns chinelos de praia porque as minhas sandálias estavam tão temperadas como uma salada de verão e de sair dali porque estava farto das entrevistas sobre o que me acontecera.
Tudo isto porquê? Porque não apanhei uma porra de um cesto quando lá entrei. Agora tenho um dedo todo negro cheio de golpes, uma cambada de dores e uma semana cheia de reuniões pela frente. Eu cheira-me que algum puto tirou um workshop de voodoo e que existe para aí um bonequinho de plasticina com a minha cara. Ou isso, ou é o meu azar típico a vir ao de cima.

terça-feira, 16 de junho de 2009

O fim...

Hoje apeteceu-me fazer como os miúdos e sair da minha última aula a gritar "Férias...Férias". Apesar de ainda me faltar mês e meio para estar efectivamente de férias e apesar de não ter sido um dos meus piores anos em termos de trabalho (e considerando tratar-se do primeiro em que fui efectivamente colocado), descobri que para além das aulas existe um mundo bem maior e mais complexo dentro dos muros de uma escola.
Certo é que me deu um prazer enorme acabar com uma das minhas piores turmas. Putos betos, todos iguais, com a mania que são gente. Se juntássemos todos os neurónios daquela turma equivalia a um décimo do cérebro de um José Castelo Branco.
É triste ver ao que o ensino chegou. Os alunos pensam que têm direito à positiva apenas por estarem dentro da sala. Tenho certos alunos que nem isso conseguem fazer de forma correcta. Mexem-se que nem macacos uma aula toda e, claro, ainda ficam ofendidos quando lhes dizemos para se sentarem como pessoas.
A maioria dos alunos nem sequer sabem ler ou escrever na sua própria língua. Como raio é que eu hei-de conseguir ensinar-lhes uma língua estrangeira?
De quem é a culpa? Não interessa. O que é que se pode fazer? Sinceramente, acho que nada. Portugal caminha para a estupidificação em massa. Seremos um país de chico-espertos analfabetos. Porque a partir do momento em que falha a educação...


segunda-feira, 15 de junho de 2009

Começo a achar que é pessoal

Hoje estava no meu caminho para casa e passou-me pela cabeça um pensamento: onde raio é que esta gente tira a carta? Eu sei que não é a primeira vez que falo disto aqui. Sei também que é inútil falar disto. Sei até que todas as pragas que roguei não passam de palavrões vociferados ao vento.
Nos dias em que estou atrasado ou em que o trabalho me corre mal, lá estão eles. Todos os condutores com 2 neurónios, sendo que um está ocupado com o que está a ouvir na rádio. É certo que eu não cumpro o código à risca. Mas não ponho ninguém em perigo. Nunca tive um acidente provocado por mim em 7 anos de carta. Claro que se tivesse um tanque isso seria diferente.
O problema são aquelas pessoas que inventam um código só para elas. Que se lembram de andar a 30km hora nas nacionais porque estão a ver os pássaros. Ou os que se lembram de ocupar duas faixas, porque têm um carro que não cabe num. Ou aqueles que acreditam que a faixa da esquerda serve apenas para o seu carro, e que resolvem andar a 40km a ver os monumentos da cidade. Ou ainda aqueles que pensam que todas as estradas de Portugal fazem parte do autódromo do Estoril. São esses (e muitos outros) que me conseguem tirar do sério.
Mas existe uma espécie que me tira mesmo do sério todos os dias. Os senhores que acreditam que uma rotunda se faz toda na mesma faixa em que nela entraram, seja a da direita ou a do meio. Todos os dias passo por não sei quantas rotundas. E lá estão eles. Todos os dias em todas as rotundas.
E é por um desses que hoje escrevo este post. Que o Sr.FDP dum C que me obrigou a parar no meio do C da rotunda, porque vinha a pensar na sua M de vida, tenha uma valente diarreia acompanhada de uma fatiazinha de sífilis, só para aprender a fazer a rotunda na faixa certa.
E pronto, era isto.

domingo, 14 de junho de 2009

E mais uma vez...

Uma nova imagem para o blog. Porque sim...
Espero que os dois leitores que ainda duram gostem.

terça-feira, 9 de junho de 2009

The devil within

Se há coisa que adoro nas escolas é a sala de professores. Parece uma pequena experiência científica de um qualquer doutor louco ou de uma ministra absurda.
Quando lá entrei pela primeira vez senti-me como aquele tipo feio e de óculos que fica num canto do baile à espera que alguma senhora tenha piedade dele e o convide para dançar. Não conhecia ninguém, o que acabava por ser uma vantagem. Quando os comecei a conhecer foi mesmo a parte pior. Muitos até são boas pessoas mas ficam possuídos pelo demónio ao mínimo incidente.
Ontem assisti a uma das piores possessões da história. O padre do Exorcista teria muita dificuldade para conseguir a limpeza desta alma.
Hoje, sinto-me como o rapaz feio e de óculos que não quer dançar. Fico ao canto por opção. No meio de uma profissão em que o nosso maior inimigo é o Ministério, faz-me uma certa confusão que se discuta o sexo dos anjos, e que isso crie inimizades entre soldados de um mesmo exército.
Quero apenas sair daqui com vida. E aprender com estas pequenas lições...

domingo, 7 de junho de 2009

Europeias

Tenho um aluno que costuma dizer que os meus discursos para motivar os alunos a serem mais e melhor parecem discursos políticos. Apesar de parecer um elogio, nos dias de hoje é quase um dos maiores insultos que posso imaginar.
Hoje é dia de eleições. Vota-se em nomes que irão representar Portugal na União Europeia. Para quê? Não se sabe.
Portugal há muito que deixou de ter peso em qualquer decisão política. Até mesmo no seu próprio governo. Uma maioria absoluta que se tornou numa ditadura disfarçada de democracia. Um povo que não se vê reflectido naqueles que elegeu para decidirem a sua sorte.
Então, afinal, para que vamos votar hoje? Para decidir quem são os portugueses que vão ganhar um balúrdio de dinheiro para concordar com o que os países grandes decidem para nós. Sim, gritem e barafustem mas é isso que acontece. Novamente, basta olhar para nós. Por muito que o povo saía à rua e proteste contra tudo o que este governo faz, o povo não deixa de ser Portugal mas o Governo representa os grandes que mandam nisto tudo.
Hoje vota-se na Europa? Nada de mais errado. Hoje vota-se em Portugal. Porque os resultados de hoje começam a decidir as nossas próprias eleições, E neste país ao abandono demora-se a entender os erros do passado. Em nada me admira que Portugal volte a confiar no partido que mais tem contribuído para esta miséria humana e financeira a que estamos hoje expostos.
Quais são as alternativas também? Partidos de sempre, que não mudam em nada o que se passa no país? Partidos novos que têm excesso de sangue novo mas falta de experiência?
Hoje vota-se na Europa? Eu digo que se vota no fim do nosso país.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

E o que se segue?

Depois de um auspicioso começo com uma ex-Delirium onde pautava o bom gosto e a nudez de um corpo bem feito e com formas que, apesar de adaptadas, se mostravam perfeitas, depois de se ter feito a homenagem à terceira idade com aquela gaja do norte que só serve mesmo para se despir, porque quando abre a boca só sai moscas. chegámos hoje ao fim da Playboy. Durou três edições, ou seja, mais uma que o Orpheu. Porquê, pergunta aquele leitor que teve a sorte de não passar perto de um quiosque ou de uma papelaria. Porque quem se despe (o que não apresenta nenhuma novidade de qualquer maneira) é nem mais nem menos que a Ana Malhoa. Sim, leu bem, a Ana Malhoa. Sim, aquela do Buéréré e de cançonetas para crianças. Sim, aquela que tem uma capa de álbum com mais erros que uma composição de uma criança de 6 anos.
Pergunto eu, de forma quase retórica, quem é que não sendo um trolha, não sabendo o que é uma mulher há mais de 20 anos, não sendo um velhinho rebarbado que nem com Viagra lá vai, entre outros (não sei se já mencionei o camionista, daqueles com os posters atrás do seu assento), quer ver a Ana Malhoa nua? Porque é algo claramente mau. Mesmo.
Tenho dois cenários possíveis para isto. Num primeiro, a Playboy deixa de ser editada com esse nome e passa a chamar-se Gina, numa clara homenagem à mítica revista que fazia o mesmo aos adolescentes cheios de borbulhas que faz agora a Playboy. Ou, numa reviravolta de casting, vamos despir a Maya, a Serenella Andrade e a Lady Grafstein (não sei, nem quero saber se é assim que se escreve) na próxima edição. Porque duvido que alguém com cérebro ou corpo de jeito queira ser a capa a seguir à Malhoa. Digo eu...

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Um insulto é o que isto é!...

EU SOU UM GEEK!!! And bloody proud of it! Eu sei quem é o Spock, o Kirk, o Vader, o Han Solo, sei quem são as personagens do X-Men, do Senhor dos Anéis e até sei qual é a matrícula da USS Enterprise.
Por isso, não tolero que certas e determinadas pessoas me venham para cá com conversas estúpidas e sem nexo sobre a nacionalidade de determinados tripulantes de uma das mais famosas naves de todos os tempos. SIM, A PORRA DO CHEKOV É RUSSO! E o facto de ele falar assim quer dizer que ele é russo, não ucraniano.

Juro que nunca mais vou ver um filme destes com esta senhora ao meu lado.

Marriage, the final frontier...

terça-feira, 19 de maio de 2009

Idade...

Sempre tive o meu quê de lamechas. Dantes conseguia não o demonstrar. Agora não me preocupo. Já cheguei a uma fase em que sinto a lagriminha no canto do olho. A sério.
Isto porquê? Porque a porra do season finale do Grey's Anatomy não me sai da cabeça. Aliás, se quiserem uma boa prova disso, passem pelo blog da Maria e vejam o monólogo final que é absolutamente brilhante.
Não querendo estragar nada a ninguém, digamos apenas que, apesar de parte do desfecho da série ser previsível, um dos acontecimentos finais despoleta uma série de emoções estranhas no espectador. E o monólogo acaba por reforçar essas emoções. Desta vez não me saiu a lágrima. Fiquei apenas boquiaberto com aquilo tudo.
Acredito que o objectivo dos escritores das séries seja cativar o público, mas em todas as séries que sigo, o final teve a ver com emoções e personalidades. Mostrar o lado humano e lamechas até do pior dos homens, como no caso do House. Já em Lost, vemos a dor da perda de uma personagem e ficamos suspensos naquilo a que esta série já nos habituou.
Hoje vou ver o season finale do Prison Break. Se for lamechas deixo de ver séries. Porque começo a ficar velho e isto de me preocupar com o que acontece a determinada personagem fictícia parece-me demasiado com as velhinhas e as telenovelas.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Avô Cantigas, amor e outras coisas esquisitas...

Ora, depois de duzentos e alguns anos sem passar por aqui, resolvi partilhar com o mundo duas ou mais coisas que me passaram pela cabeça nos últimos tempos.
A primeira é simples: o PCP devia ter vergonha por andar a dar cargas de porrada no Avô Cantigas. Lá porque o senhor é do PS, não há direito de fazer tal coisa. Toda a gente sabe que todas as crianças são amigas do Avô e os membros do PCP não são excepção.
E, numa mudança de tema, que raio de publicitários é que temos neste país? Quem é que é o idiota que acha que ter as trombas da Manuela Ferreira Leite num cartaz faz com que o pessoal vote naquele partido? A não ser que os votos sejam postos numa urna de cemitério, não me parece que surta grande efeito.
O mesmo se passa com os publicitários do PS. Quem é que foi o atrasado mental que julgou que ter imagens do Guterres e a dizer que foi uma festa aderir ao Euro (a moeda, não o campeonato) ia garantir a simpatia de alguém? Dudes, o café passou de 50 paus para 50 cêntimos...ninguém curte o Euro.
Por último, depois de ter destilado algum ódio, vou passar ao amor. A minha esposa esteve uma semana fora e eu estou cheio de saudades. Hoje vou ter com ela e enchê-la de amor (todos aqueles que tiveram uma imagem nojenta...seus depravados). Porque as saudades são chatas.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Consciência

Tive demasiado contacto com a morte nestes últimos dias. Felizmente a mesma passa-me ao lado, mas tem tocado em pessoas que me são próximas.
Sempre tive uma relação de hábito com a senhora. Sei que, mais cedo ou mais tarde, todos nós seremos tocados pela gadanha. Nada do que possamos fazer evita isso.
Sinto-me calmo apesar de tudo. Afectado e receoso. Isto faz-me pensar na minha vulnerabilidade, é certo, mas faz-me pensar mais na questão de perder aqueles que me são queridos. Sinto medo desse momento. Porque não sei qual será a minha reacção. Por muito calmo que seja, por muito controlado que seja, perder alguém que amo vai-me marcar muito.
Agora deixo passar o tempo. Pode ser que isto seja passageiro. Pode ser que a morte tire férias. Pode ser que...

quinta-feira, 9 de abril de 2009

We wish you a merry Easter!

Isto até costumava ser um blog de jeito. Pois é! Triste realidade. O tempo faz-nos mudar de hábitos e atitudes. Conheço muito boa gente que já considera mudanças de sexo devido à passagem do tempo.
Todos os dias penso: Epá! Como eu gostava de participar numa ménage... Espera, pensamento errado! Epá! Há quanto tempo é que eu não escrevo no blog? Jesus! Será que ainda existem pessoas a lá passar? E o que é isto no fim do meu braço? Ah, é uma mão!
Podia acabar com isto, pois podia, em resposta áquela voz que vos assola o cérebro! Não meteria tanta graça como pegar fogo a uma bola gigante e lançá-la contra um castelo. Ou...é melhor não!
Podia tentar escrever mais neste espaço. Não me pagam para isso, por isso é uma ideia estúpida.
Podia deixar de tentar ocupar espaço neste post com mais itens a dizer: Podia...
Afinal, qual o tema deste post? Nenhum. Só comecei a escrever para falar sobre o borrego que vou comer nos próximos dias e sobre o cada vez mais meu Alentejo onde passo este dias. E para dizer que comprei o "Este país não é para velhos" a 4€. Mais um para a colecção Coen.
Beijos e abraços a todos e uma muito feliz Páscoa a comerem coisas esquisitas como fessuras e cachola.