
No dia do casamento existe um momento giro, aquele em que juramos montes de coisas. Chamam-se votos. Todos choram, todos queriam estar naquele altar, é um momento lindo e cheio de amor para dar e vender.
Claro que as letrinhas pequeninas que acompanham cada um desses votos continuam por ser lidas por todos os casais que passam por esse momento.
Vejamos a questão do voto "Na saúde e na doença...". Ora, isso é tudo muito cheio de romantismo, a ideia de ficar sempre ao lado do amado mesmo quando ele está cheio de ranho e com um aspecto de arrumador de carros ressacado. Ou então, quando o nosso ente amado é atacado por um fortíssimo ataque de flatulência, nós ficamos ao lado dele com uma lágrima no canto do olho por pura solidariedade.
Ou então o voto "Na alegria e na tristeza...". Sim, quando a pessoa está feliz tudo é fácil. E então, nós fazemos tudo para que a pessoa fique sempre feliz. Mesmo que isso nos provoque a doença. Tudo por um romantismo jurado no dia do casamento.
Isto tudo porquê? Porque ontem senti uma doença chamada "Estão-me a arrancar o fígado com um pinça em chamas". Eu explico. Resolvi tornar o fim do dia da minha querida Maria um momento de felicidade e sendo que ela é grande fã dos ABBA, vimos o Mamma Mia. Uma hora e 42 minutos depois, estava no meu leito de morte a pensar que afinal os votos do casamento estão sobrevalorizados.
E já agora, quem é que disse ao Pierce Brosnan que sabia cantar?