(Como desde o início do blog disse que não iria usar palavras vulgarmente conhecidas como palavrões, e considerando que neste texto a presença dos mesmos é extremamente necessária, tomei a liberdade de deixar espaços em branco na primeira letra de cada insulto, impropério ou asneirada em geral. Se o prezado leitor quiser conhecer o texto no seu auge, basta proceder à sua impressão e preencher os espaços em branco. Assim, ficará com o total conhecimento da ideia do texto. Claro que poderá não o fazer, mas isso é com cada um. O curioso é que ainda continua a ler este parêntesis, apesar de eu já não estar a dizer nada em concreto. Ainda por cima nestas letras pequeninas que não dão nada cabo da vista. Mas se já aguentou até aqui, nada como passar ao texto principal que, em princípio, será melhor que este) (esqueci-me do ponto final) (.)
Estava na cama a combater uma falta de sono cavalgante e ocorreu-me um pensamento tão bom que resolvi sair da mesma e partilhá-lo convosco: a importância de um bom insulto no temperamento dos nativos deste país. Apesar de ter optado por não usar vitupérios no blog, na vida real praguejo como um marinheiro bêbado do século XVI que acabou de chegar às docas do seu país, depois de uma longa viagem no mar, onde os únicos seres que viu foram andorinhas castanhas, e que acabou de ver um espécime do sexo feminino cuja ocupação profissional é o sexo.
Ao tentar imaginar qual seria a imbecilidade que proferida à minha pessoa me faria enveredar por caminhos mais arrebatados, vi-me numa encruzilhada.
Estava na cama a combater uma falta de sono cavalgante e ocorreu-me um pensamento tão bom que resolvi sair da mesma e partilhá-lo convosco: a importância de um bom insulto no temperamento dos nativos deste país. Apesar de ter optado por não usar vitupérios no blog, na vida real praguejo como um marinheiro bêbado do século XVI que acabou de chegar às docas do seu país, depois de uma longa viagem no mar, onde os únicos seres que viu foram andorinhas castanhas, e que acabou de ver um espécime do sexo feminino cuja ocupação profissional é o sexo.
Ao tentar imaginar qual seria a imbecilidade que proferida à minha pessoa me faria enveredar por caminhos mais arrebatados, vi-me numa encruzilhada.
(Nesta altura o autor do blog sentiu a necessidade de desligar o cérebro e pedir desculpas pela linguagem usada até ao momento neste texto e pelas longas descrições de coisas óbvias. Este facto é justificável pelo facto do mesmo se encontrar a reler os Maias e se sentir inebriado por descrições como: “o grão de pó no sapato vermelho que a jovem calcava, tornando-a ainda mais aliciante aos olhos de João, que imaginava já os prazeres carnais que iria desfrutar naquela noite”.)
Imagino por exemplo a palavra _abrão. Se no meio de um jogo de futebol eu chamar _abrão a um árbitro, o efeito será semelhante a atirar milho para a frente da Júlia Pinheiro, na esperança que ela pare de cacarejar. Mas se eu estiver a beber um copo de tinto na tasca do Zé Bebé, e chamar _abrão ao gajo que se encontra ao meu lado, provocarei a sua ira de certeza.
Outro bom exemplo é chamar _ilho da _uta a alguém. Está provado que este é, sem dúvida, um ultraje poderoso. Que o diga o Professor que supostamente chamou _ilho da _uta a Sua Excelência, Primeiro Ministro de Portugal, Engenheiro José Sócrates. Normalmente, despoleta a cólera de qualquer ser de quente sangue latino.
Mas nenhum dos anteriores me consegue enfurecer.
Após longo e elaborado raciocínio descobri o insulto que cada vez mais me enraivece sempre que algum incauto me nomeia de tal: chamarem-me Português.
13 comentários:
vê lá se começas a tomar comprimidos para dormir.. tás a queimar o que resta do teu cérebro... E mais informo, que os vitupérios têm força diferente consoante a localização geográfica... no nordeste transmontano chamar _abrão é muito mais insultuoso que _ilho da _uta... é a regionalização :P
beijinhos e vai ver se dormes :)
Ora toma.
Assim mesmo é que é, sem papas na língua!
O EsKisito, no seu melhor para não variar!
Mas que isso não te dê insónias...senão, estás feito, nunca mais dormes na vida.Porque sermos Portugueses, já ninguém nos tira---ai, caraças, as ideias que eu tenho e tento esquecer e que tu me dás...pronto.Já não durmo esta noite, outra vez...
grrr.
Tens que pedir à Mariazinha para te dar com qualquer coisa na cabeça quando estás com essas dificuldades em dormir. Isto começa a ficar perigoso...
Eu hoje trago sapatos vermelhos mas não tenho gão de pó, quem é esse João??? Não li os Mais nem vou ler e tenho raiva de quem leu (etá histórinha mais cumprida...)
Jokas
Desculpa, qual é a tua nacionalidade mesmo?
Vou dar o desconto da insónia!
beijos d'enxofre
Ai, isto à noite ainda fica melhor! Não é que deseje o teu mal mas a tua insónia deu-me cá uma graça que gostava que repetisses;)
No entanto, fiquei com uma dúvida: e se te chamarem Tuga? Sempre é mais fofinho, não?
Beijinhos e vai dormir que o teu mal é sono!
Eh pá, hoje não te vou apoiar! Até posso estar dois dias sem dormir, até me pode apetecer dar a única cadeira ao Sócrates, que lhe falta para ser Engenheiro, que é a tal cadeira nos _ornos, mas ainda assim, vou continuar orgulhoso de ser português!
Sabes? É que os _ilhos da _uta passam, mas nós seremos sempre diferentes! Seremos sempre...nós!
Aquele abraço infernal!
Pronto eu sei a insónia dá cabo dos miolos a uma pessoa. Mas daí a renegar a sua nacionalidade.
Desilude-me. Tenho-o na conta de um homem inteligente. Será que pensa que só os portugueses têm problemas?( e não há dúvida que temos muitos).
Podemos e devemos denunciar o que está mal. Podemos e devemos lutar para melhorar condições. Podemos e devemos exigir que quem nos governa, o faça, em vez do desgoverno em que andamos, mas renegar o País, para mim que pelo menos é excessivo.
Sabe o que lhe digo? Um banho quente e uma boa massagem relaxante,vai ver que resolve essa coisa da insónia. E é mais agradável que contar carneiros.
Um abraço
Bellatrix:
Sim, eu estudei com montes de povo lá de cima e descobri isso da maneira mais cómica...mas isso é mesmo uma longa história.
Beijos
Azul:
Não é o ser Português que me dá insónias. É mesmo a condição em que a minha vida se encontra. E isso é tudo resultado de ser Português. Causa/Consequência.
Beijos
Rita:
Eu fiz-lhe umas sugestões nesse sentido, mas ela nao me ligou.
Mas tens de ler. É uma obra fabulosa.
Beijos
Diabba:
Eu sou do mundo...mas recebo o salário português...
Beijos
Ariba:
Eu acho que o sono me activa uma qualquer célula de humor que normalmente anda a dormir. Irónico, não é?
Beijos
Belzebu:
Estes _ilhos da _uta estão custosos de passar. Infelizmente.
Um abraço
Elvira:
Primeiro que tudo tenho a dizer que anda iludida em relação à minha inteligência. Eu na realidade sou um verdadeiro idiota.
Segundo, por vezes a luta começa a ser demais e apetece-me entregar os pontos, emigrar e fugir disto tudo. Esquecer as raízes do que sou e do que tenho em mim. Mas sou Português, para o que der e vier. Com muito menos orgulho do que o que deveria ter.
Beijos
Tenho a certeza de não estar enganada. E depois apetecer-lhe largar tudo e emigrar é compreensível. Infelizmente este País deixou de ser à muito um pai para os seus filhos. A falta de oportunidades para os jovens é confrangedora.
Um abraço
Elvira:
É mesmo isso. O procurar constante de um sítio meu e andar perdido. Acreditar num futuro para encontrar-me onde estou. É mesmo cansativo.
Beijos
Sm porves dá vontade de entregar os pontos, mas se todos fossemos fazer isso, a esta altura Portugal estava deserto! E quando ão se pode fazer muito, um palavrão dás imenso jeito! eheh!
Fica bem =)
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