Desafio-me todos os dias.
Surpreendo-me todos os dias.
Vou matar alguém amanhã.
domingo, 17 de agosto de 2008
sábado, 16 de agosto de 2008
Coisas que me fazem saltar a tampa

Posto isto, quero mais é que o resto do mundo se fornique contra uma parede com um poste de luz barrado de areia pelo esfíncter anal acima. A sério. Começa a irritar-me aquela sensação de que todos podem opinar ou orientar a minha vida. Errado. Se nem eu o consigo fazer, muito menos esses retardados mentais conseguem.
Ando feliz. Por estranho que pareça, porque tudo corre mal. Ando feliz. Que nem uma criança que recebeu aquele brinquedo que sempre quis. Por isso, deixem-me estar em paz. Não me enervem, não me chateiem com as vossas baboseiras zen sobre a forma como devo fazer as coisas. Se algum dia passarem por metade do que eu passei na minha vida, pode ser que vos dê autorização para abrirem a boca. Se não, a alternativa está bem escrita lá em cima.
Faltam 4 dias. Depois volto a viver. E pode ser que o meu mau feitio desapareça.
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Rabo entre as pernas

Ora eu tenho um problema com a autoridade em geral. Ainda mais tenho quando a pessoa que me dá ordens/instrucções tem menos uns quantos anos do que eu.
Tive o desprazer de ficar atrás dessa senhora na fila para o almoço. Eu tentei ignorar o facto, mas o raio do miúdo gótico que trabalha comugo começou a falar com a pessoa em causa. Ela começa com uma conversa de saber o que faz (o que após duas semanas sobre a sua alçada posso dizer que NÂO, NÃO SABES!), que aquilo tem de se fazer desta e daquela forma. Como se não fosse suficiente, ainda se vira para mim e diz "Você tem de andar mais e deixar de se arrastar por ali". O meu cérebro teve várias reacções, desde algumas com muito sangue até certas e determinadas imagens de colegas meus que fazem metade do que eu faço. Mas o meu savoir-faire disse-me para brincar com a situação. "Pois, a idade começa a pesar...hahahah!" (mais algum sangue).
Depois começa a dizer ao miúdo que tem de começar a usar a cabeça, porque existem maneiras de fazer aquilo e isto. E sempre que se saía com uma das suas "perguntas difíceis", eu respondia. Correctamente, como é óbvio.
Após umas boas 10 perguntas e respostas, resolvi virar-me para ela e sair-me com: "Sabe, eu já tive a sua idade, mas como sou mais velho, também tive um certo incremento nesse aspecto...não que queira dizer que sou mais inteligente que você."
Sempre a fazer amigos...
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Falling down

Dia de folga. Feliz e contente da vida. Nada para fazer a não ser nada. Vamos à cidade grande tratar de umas coisas sem importância e fazer umas compras. Vamos ao recém-aberto Jumbo. Ena pá.
Compramos a fruta, brincamos com as balanças maricas, em suma, passamos uma hora a fazer o que o pessoal da nossa condição financeira faz: ver coisas que nunca vamos ter dinheiro para comprar. Chego à caixa e vejo o Correio da Manhã. Hoje, sexta-feira, é dia de DVD semi-gratuito. Aproveitar, porque não há dinheiro para comprar dos não-gratuitos. ERRO.
Na caixa dizem-me que não sabem de oferta nenhuma com o jornal. Digo que não é oferta. Ela ignora e liga para o deus da coisa a perguntar o que há-de fazer. O deus da coisa diz-lhe que me mande ao Balcão de Acolhimento. Eu faço a piada do "...mas eu quero ir-me embora..." e ela fica a olhar para mim.
Chego ao Balcão de Acolhimento menos acolhedor da história. Duas bimbetes a mascar pastilha e com ar de prostitutas reles. Sem exagero. Fico uns bons dez minutos a ver uma senhora a reclamar porque lhe tinham cobrado seis vezes o mesmo pacote de massa. O que seria simples tornou-se complicado naquelas cabeças.
Finalmente sou atendido. Explico que quero o DVD que deveria vir com o jornal. Momento de silêncio. Nova série de telefonema para o deus da coisa. Aparece-me uma funcionária com todos os DVD's de oferta de todos os jornais, menos aquele que eu queria. Volto a ficar à espera dez minutos. Volta a funcionária, que depois de telefonar ao deus da coisa, me informa que não há DVD para ninguém. Digo que quero o reembolso do jornal, que obviamente não vou levar.
Volto a ser atendido pelas bimbetes. No talão que lhes entreguei diz que o jornal custou 1 euro e que tive um desconto de 10 cêntimos. Elas querem-me devolver dez cêntimos. Uma delas usa o segundo neurónio e resolve dar-me um euro. A outra volta à carga com os dez cêntimos. E finalmente, após outros dez minutos, recebo 90 cêntimos.
Resolvido? Não. Ainda precisavam do talão para retirarem uns dados. Mais cinco minutos.
Conclusão? 45 minutos da minha vida perdidos. 45 minutos do meu dia de folga perdidos. Eu que até sou inteligente e tal ando metido numa fábrica. Estas p"#$" dum c"#$"# atrás de um balcão no Jumbo.
Qualquer dia abro o telejornal. E vocês ficarão orgulhosos de mim...
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
TILT

A empresa para a qual trabalho tem cerca de 150 lojas, e considerando que produz centenas de produtos diferentes, o armazém é um caos. Organizado, mas não deixa de ser um caos. Cada loja faz unma encomenda diária diferente. E cabe aos operários do picking levar o produto à loja (neste caso, à palete com uma placa com o nome da loja). Trocando isto por miúdos, eu sou o gajo que carrega uma palete de um lado para o outro a separar caixas por outras paletes, num circuito interminável de voltas e caixas. Oito horas por dia.
Não existe muita pressão para que corramos de um lado para o outro. Aliás, tentem lá correr a arrastar uma palete com 1000 quilos de carga. Seria um momento engraçado. E impossível.
O problema é que chegamos a uma altura em que tudo aquilo parece o mesmo. Tudo igual, tudo na mesma. Cansaço à mistura, físico e principalmente mental. Porque oito horas seguidas sozinho com o meu cérebro não é fácil. O que me leva ao propósito deste post. A minha insanidade mental.
Começo a fazer jogos com a mente. Canso-em desses jogos. Invento novos. Falo sozinho. Resmungo muito sozinho.
Hoje dei comigo a cantar Spice Girls. E mais não digo...
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Fábrica número 35
Chateia-me ter que gramar as férias em fábricas. Não pelo trabalho, pelo salário miserável, pelo esforço extra que isto começa a ter no meu corpo. Isso são apenas detalhes numa vida cheia de experiências e histórias para contar.
Irrita-me estar numa fábrica pelas pessoas que me rodeiam. Seres humanos mesquinhos e sem um pitadinha de sal naqueles corpos.
Existem três grandes tipos de operários fabris, e dentro destes existem sub-grupos que podem, ou não, estar interligados, tornando-os todos primos.
O primeiro grupo, e o que mais me afecta, aqueles que vivem para aquilo. Que julgam que aquele trabalho é de uma importância vital e que tem de ser dempenhado daquela forma específica, senão o fim do mundo ocorre e ficamos todos carbonizados após a passagem dos cavaleiros do apocalipse.
O segundo grupo é o dos que não querem saber de nada daquilo. Que se lixe, só aqui estou para ganhar uns cobres, e até vou vendo umas gajas/gajos bons. A sério que eles pensam mesmo isto.
O terceiro grupo, e o mais assustador de todos, aqueles que vão para ali porque aquilo é o único sítio onde se podem mostrar. Mostrar que sabem gritar, mostrar o decote, mostrar que são umas promíscuas do caraças. Mostrar aquilo que não são na vida real.
Todos estes grupos pecam pela falta de inteligência e de humor. Alguns membros dos grupos pecam pela idade. Ou são novos demais, ou velhos demais.
Existe aquela minoria que se limita a ir para lá trabalhar, fazem o seu trabalho, não incomodam ninguém e são felizes na sua vida. A esses agradeço.
Mais uns dias e vejo-me livre de mais uma fábrica. Que isto começa a pesar nos ossos.
domingo, 3 de agosto de 2008
A new hope

Claro que continuo no meu glorioso emprego de férias, numa qualquer indústria perdida pelo Ribatejo, mas de males necessários vive o homem. Faltam apenas mais uns dias naquilo para poder voltar à minha vida de "ócio" de senhor professor mal pago. Talvez também existam alguns desenvolvimentos nessa área, graças à ajuda de uma alentejana muito especial que todos nós conhecemos como Dina, e à qual agradeço novamente tudo o que tem feito por nós.
Posto isto, e deixando de falar na minha vidinha de treta, tenho que prestar homenagem à menina Elvira que foi operada e à qual não disse nada, porque sou uma besta. Ou isso, ou os meus problemas também andavam a tomar todo o meu tempo. Mas voto mais na hipótese da besta.
Elvira, ainda bem que correu tudo bem e que estás a recuperar na perfeição. Um beijo do fundo do meu coração.
Outro beijo vai para a Teresinha que anda muito viajada. Por tudo o que tens feito por nós, pela força que nos tens dado. Obrigado do fundo do coração. (eu já sei que vais começar a dizer que não queres momentos lamechas em público...).
O último beijo do dia vai para a Azul, que anda perdida por terras de Brunis e Sarkozis. Que tudo te esteja a correr bem e que ainda te vá fazer uma visita um destes dias.
Agora vou pôr as patas em cima da mesa, o sofá debaixo do rabo e aproveitar o que me resta deste dia de folga. Já volto.
quinta-feira, 24 de julho de 2008
I'm still alive...

Mas este post serve apenas para mostrar que ainda tenho uma coisa simples que faz com que tudo valha a pena: esperança.
Casei-me há três anos com uma mulher que me completa. Não é perfeita, tem a sua quantidade impressionante de defeitos. Não conseguia viver uma única hora sem ela. E isso faz-me feliz. Faz-me lutar.
Tenho amigos longe e perto. Alguns que me telefonam a dizer parvoíces, outros que me dão aquilo que mais preciso. Não os mereço, mas eles não me largam. E agradeço-lhes muito isso. Faz-me feliz.
Tenho esperança que tudo mude. Que tudo se torne melhor. Rápido. Porque isto é o que se pode chamar um mês horribilis. Bem pior que os de sua alteza.
O blog continua a 10%. Ou menos. Vão passando por cá. Pode ser que um dia vos conte que tudo mudou.
A imagem é uma piada fraquinha, eu sei. mas acredito que nem todos lá vão.
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Flatline

Está naquela fase do episódio em que o nosso herói se vai abaixo e o médico começa aos gritos, de pás nas mãos: AFASTEM-SE! Sabemos que ele não pode morrer, mas o nível de tensão faz-nos sofrer demasiado.
E sabendo que ele não morre, a nossa vida faz sentido outra vez, mesmo sabendo que a qualquer altura a produtora pode cancelar a série por falta de audiências ou até que os actores se aborreçam de vez com o argumento lamechas.
Onde é que eu quero chegar com isto? A lado nenhum. Simplesmente vim aqui dizer ao público que teima em cá passar (e ao qual muito agradeço) que isto ainda não está acabado. Está apenas à espera do choque para arribar e recuperar o batimento cardíaco normal.
Posto isto, ausento-me. Por tempo indeterminado. Pode ser até amanhã, pode ser mais. Não interessa. Porque o Eskisito Rules vive sempre (mais ou menos como uma carraça, mas sem a parte do sangue, que isso faz confusão à minha querida mulher).
segunda-feira, 30 de junho de 2008
Ando com necessidades...

Sempre me identifiquei com os vilões das histórias. Não tenho paciência para pessoas boazinhas e essas coisas. Não simpatizo com causas e acabo sempre por achar algum defeito nas mesmas. Para causa humanitárias chego eu. Não tenho paciência para crises emocionais, depressões, manias e possessões. Para pessoa necessitada de psiquiatria chego eu. Não tenho paciência...pura e simplesmente.
E será que isso me torna má pessoa? Será que não tenho sentimentos? Errado. Segundo as pessoas que me conhecem, até tenho sentimentos a mais. A vida já me deu pancadas fortes na cabeças mas eu, teimoso como sou, continuo a acreditar no ser humano e nas suas coisas.
Irrita-me esta falha na definição do meu ser. Queria poder dizer simplesmente: sou uma má pessoa. Uma espécie de House nas suas deambulações médicas e humanas. Mas não o sou.
Também não sou boa pessoa. Não consigo deixar de pensar nisso.
Afinal? Instável sou de certeza. Todos somos. Humano? Não me chega como argumento para me caracterizar. Chato? De certeza...
Pode ser que daqui a uns anos tenha uma resposta. Pode até mesmo ser que isto não interesse para nada. Provavelmente...
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Resumo da obra feita

3 anos depois continua tudo na mesma. Continuo a ser um professor com P minúsculo, continuo nas AEC, continuo a perder tempo da minha vida com isto. Mal pago, sem planos para o futuro, com um sistema de educação cada vez pior. Irrita-me. Chateia-me. Perturba-me.
Mas nem tudo são espinhos neste mar de...espinhos. Tinha 3 escolas este ano. 7 turmas. 140 alunos. Um pesadelo logísitico de burocracia e pessoas pequenas irritantes. Apenas uma turma numa das escolas. Curiosamente, a escola onde me relacionei melhor com as professoras que a gerem. Desde uma coordenadora com uma tendência permanente para ter um AVC, a uma directora que é o que sempre se espera de uma directora. Calma, simpática, mas uma directora de palavras e acções. Se tudo correr bem, este ano foi o seu último. Um ano em que me conheceu, o que só por si, faz com que qualquer pessoa precise de reforma.
Esta escola e estas pessoas fazem-me pensar que afinal existe mesmo uma luz ao fundo do coiso. Que existe uma esperança para este sistema de ensino que nos atira aos lobos e se esquece de nos dar armas.
Para o ano, espera-me mais do mesmo. Mas este ano acreditei, por momentos, ser um professor com P maiúsculo.
terça-feira, 17 de junho de 2008
Na mouche
Reportagens na televisão e vários artigos nas revistas – vêm aí os exames do Básico e Secundário e os vários ‘psis’ (pedopsiquiatras, psicólogos, psicopedagogos, etc.) alertam as famílias para situações de stress e traumatismos vários. Por mim, fico sempre traumatizado com esta pobre gente, os profissionais da vitimização.
É o seu negócio, bem vistas as coisas. Agora são os exames; em Setembro, o regresso às aulas; em Dezembro, os presentes de Natal e as notas do primeiro período – em tudo haverá motivo para julgar que, à nossa volta, nascem e crescem crianças traumatizadas. Ora, a verdade é que tudo exige esforço, trabalho e sacrifício, mas os "pedagogos" preferem criar culpados e vítimas. Às vezes apetece chamá-los à razão. Mas não à estalada, que ficam traumatizados.
É o seu negócio, bem vistas as coisas. Agora são os exames; em Setembro, o regresso às aulas; em Dezembro, os presentes de Natal e as notas do primeiro período – em tudo haverá motivo para julgar que, à nossa volta, nascem e crescem crianças traumatizadas. Ora, a verdade é que tudo exige esforço, trabalho e sacrifício, mas os "pedagogos" preferem criar culpados e vítimas. Às vezes apetece chamá-los à razão. Mas não à estalada, que ficam traumatizados.
Francisco José Viegas
in: Correio da Manhã de 17/06/2008
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Para fechar com chave de ouro

Se o país se encontra como está é devido às suas gentes. Mas as terras que os nossos antepassados construiram são uma verdadeira homenagem à beleza e ao trabalho.
Já percorri este país de ponta a ponta e ainda não conheço metade dele. Já vi sítios com tal beleza que nenhumas palavras conseguiriam descrever a sua beleza e a forma como me senti ao observá-los. Desde o mosteiro da Batalha aqui tão perto, até Santa Luzia em Viana no meio do seu monte. Da Igreja da Penha em Portalegre e os seus nasceres do sol que tantas vezes me aqueceram o coração, ao maravilhoso Mosteiro dos Jerónimos, sinal de outros tempos de glória. De La Sallete em Oliveira até ao Aqueduto da Amoreira em Elvas, de Barcelos a Évora, de ponta a ponta, de lés a lés. Todo este país está cheio de beleza e de maravilhas. Todo este país está pleno de locais que me fazem pensar na sorte de viver num lugar tão belo.
O problema é que tenho de falar com os nativos, o que estraga um bocadinho o efeito.
Fica aqui a homenagem a todos os que resmungaram comigo por ser um traídor à Pátria, mas especialmente à Elvira que me conseguiu lembrar da única coisa que ainda gosto no meu país.
terça-feira, 10 de junho de 2008
Teresa, a culpa disto tudo é tua...
Um pequeno vídeo...
...que mostra a nossa pequenina que faz hoje um aninho.
Obrigado Teresa, por me teres convencido!
segunda-feira, 9 de junho de 2008
O típico português
E como conclusão da minha trilogia de posts a dizerem mal de portugueses e de hábitos e manias parvas, coloco apenas duas fotos (deviam ser três, mas na terceira ou tirava a foto, ou sobrevivia, portanto até se percebe). Fotos de um senhor que tem uns hábitos particulares de estacionamento. Senhor que é familiar de um presidente. Senhor que é intocável na terra, indiferentemente daquilo que faz. Senhor que me asseguram ser uma daquelas reais bestas (reparem que não sou eu que afirmo isto, portanto, não me podem processar por difamação, eu sou apenas o mensageiro). E senhores como este não faltam em Portugal. Fazem o que querem, apenas porque são filhos ou pais de...

.jpg)
Mas, a Elvira convenceu-me a escrever algo diferente...fica para o próximo.
sábado, 7 de junho de 2008
Regionalismo

Ora, um gajo passou a adolescência toda a dizer mal da terrinha, porque não tinha isto ou aquilo, porque as gentes eram assim ou assado, a desejar fugir dali com todas as forças do corpo e mais algumas. Conseguimos o nosso intuito, a terra onde estamos é mais isto e aquilo e as pessoas são assim e assado. Comentamos que somos de sítio tal.
Eu - Epá, dessa terra só vêm é coisas más (ou um desses provérbios que existem sobre todas as terras para se dizer mal dos seus habitantes, o que acaba por revelar bastante sobre a união dos portugueses...alusão clara ao post anterior)!
O outro, a outra, o grupo: O QUÊ!! Tu não digas mal da minha terra. Aquilo é do melhor e tal, come-se bem e as prostitutas são excelentes profissionais.
Eu - Mas, falta isto e aquilo.
O outro, a outra, o grupo: Mas temos o clube desportivo: O Minuim de Alcagoitas. E as associações culturais que organizam desfiles de moda com os senhores da terceira idade.
Eu - Não eras tu que no outro dia estavas a dizer mal desses desfiles?
O outro, a outra, o grupo: Mas...a minha é melhor que a tua.
Aqui concedo que estou a ficar assim. O povo diz mal da minha terra e eu até sou capaz de tentar argumentar que aquilo até está a ficar melhor e tal. Mas acabo por não me esforçar muito. A sério...para quê? Os portugueses têm sempre razão. O problema é que são muitos...
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Patriotismo

Eu - Que cara é essa?
O outro, a outra, o grupo - É a porra da vida. A gasolina está cara, mal tenho dinheiro para comer, tenho de andar a comprar roupa em segunda mão, o meu patrão anda a sodomizar-me...
Eu - Pois é, isto anda complicado...
O outro, a outra, o grupo - A culpa é desta política do deixa andar. Elegem políticos de treta, distraem-nos com o raio do Europeu...
Eu - Portugal é mesmo um país de cócó.
O outro, a outra, o grupo - O QUÊ??? Portugal é um grande país...(blá, blá, blá)...Camões...(blá, blá, blá)...os descobrimentos...(blá, blá, blá)...a prostituição...(blá, blá, blá)...(blá, blá, blá)...(blá, blá, blá)...(blá, blá, blá)
Lá está. Serei só eu o único não patriota neste país? Não tenho razões para ser patriota. Este país decepcionou-me desde que nasci. Logo, foi mesmo só o sítio onde nasci. Se tivesse nascido na Gronelândia era a mesma coisa. Portanto, que fique assente, deixem de ser parvos. Este país é mesmo um país de cocós.
domingo, 1 de junho de 2008
É mais ou menos como aquela comichãozinha nos coisos...

Vamos lá a ver uma coisa. Eu sou português. Porquê? Porque nasci em Portugal. É como aquela coisa de um gajo dizer que gostava de ter nascido numa família rica. Porquê? Porque nasceu numa que não o é. Confusos?
Ora bem. Eu quero descansar no fim-de-semana de uma semana a aturar putos. Sentar o meu real traseiro no sofá e ligar a televisão. Ver um daqueles filmes de pessegada ou de acção de treta, mas que me mantêm ocupadamente desocupado. Excepto se for este fim-de-semana.
Sei então que a selecção tem montes de fãs. Sei então o que comeram ao almoço, que beberam "refrescos" e pastéis de Belém (original) no Palácio de Belém. Sei que o Ronaldo tem mais uma namorada nova. Sei que ela dá-se a grandes ramboiadas. E que tem seios fartos.
Sei também que não tenho a menor pachorra para ver autocarros a andar, aviões a descolar ou a aterrar. Não tenho paciência para frases como: "Aqui na Suiça há muitas regras, mas os portugueses vieram cá para as quebrar.". Não estúpido. Aqui em Portugal é que não há regras. Cada qual faz o que quer. Aí vive-se a sério. E existe uma coisa chamada vida. Não há corrupção, políticos farjutos e tugas parvos. Pelo menos não havia.
3 televisões a passarem em simultâneo a aterragem de um avião da TAP. Se algum cair, será que acontece o mesmo?
sábado, 31 de maio de 2008
Uma noite no fimdomundo
Ontem o Cruxe e a sua querida esposa vieram ao fimdomundo fazer-nos uma visita. Jantar informal, pôr a conversa em dia e essas coisas todas. Depois da janta, fomos para o campo da feira ver uma banda que o Cruxe conhece pessoalmente: os Hands on Approach.
Começo a pensar que sou eu que trago azar aos espectáculos que vou ver. Nilton: 20 espectadores. Hands on Approach: 30 ou 40 (talvez um pouco mais, mas isto tem de parecer convincente).
Conheço apenas duas ou três músicas da banda. E conheci umas quantas mais neste concerto. Não posso dizer que tenha ficado fã da sua sonoridade (embora duas ou três me tenham ficado no ouvido). Adorei as covers escolhidas e a história por trás da escolha.
Depois do concerto tivémos direito a um backstage pass. Nós e um cromo qualquer da terra que se colou a nós. Desde já digo que o encanto dos bastidores aqui no fimdomundo deixa muito a desejar. Onde estavam as jovens com os seios fartos a dar uvas aos cantores? Onde estavam os camarins cobertos de cetim branco e lantejoulas? Onde estavam as drogas e o sexo desenfreado com groupies? Decepção...
Fiquei surpreendido com a simpatia dos membros da banda. Não que tivesse uma imagem diferente (na realidade, não tinha imagem nenhuma). Mas mais simpáticos seria impossível. Estivémos a falar de concertos anteriores, dos filhos e da tristeza que é esta terra de fimdomundo. E prometi voltar a vê-los. Não pela música, mas pela simpatia.
Foi uma noite diferente e bastante agradável. Até a sobremesa defeituosa estava boa (desde já te digo Cruxe que não chegou ao jantar do dia a seguir). E tenho de mencionar a qualidade da comida do jantar, senão vou dormir no sofá. Sim querida, estava muito bom. E essas coisas todas...
Foto gentilmente cedida pelo Cruxe
terça-feira, 27 de maio de 2008
Lembraram-se de nós...

O actual Ministério da Educação não pode ter um discurso de exigência, rigor e de defesa da qualidade da educação e simultaneamente fechar os olhos à contratação abusiva e ilegal de prestação de serviços através de recibos verdes.
A FNE, para além do alerta e denúncia desta situação abusiva e lamentável, vai no primeiro secretariado nacional que se realiza depois do Congresso, no dia 26 de Maio, lançar a realização de uma iniciativa a nível nacional de combate a esta situação “ Não aos recibos verdes nas AEC´s”,onde exige que sejam eliminadas todas as situações de precariedade entre os docentes nomeadamente através de:
- Estabelecimento do direito a um contrato sem termo ao fim de três anos de contratação a termo;
- Eliminação do regime de recibo verde para os responsáveis pelo funcionamento das Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC);
- Determinação de valores mínimos razoáveis para a remuneração dos responsáveis pelo funcionamento das AEC;
Porto, 20 de Maio de 2008
Subscrever:
Mensagens (Atom)