segunda-feira, 31 de março de 2008

Hoje é dia

Acabam-se hoje as férias. Começam as aulas. Começo eu a dar aulas. Curiosamente, hoje é o dia do AVC. Sim, no mínimo é irónico.
Que o digam todos os professores que envelhecem todos os dias anos e anos de vida. Todos os professores que lidam com faltas de respeito de pirralhos aos quais eu desfazia a boca com duas chapadas (momento politicamente incorrecto), ou que lidam com as diárias decisões de uma Ministério que os desgoverna, aos quais eu partia a boca toda à biqueirada (momento politicamente incorrecto), ou às constantes facadas nas costas dos próprios colegas que querem subir na carreira, nem que seja às custas do mal dos outros, aos quais eu desfazia a boca e uma rótula com um bastão de basebol até se ouvir um POP (momento extremamente politicamente incorrecto).
Hoje começam as aulas. Hoje é o Dia do AVC. Vou tentar respeitar só o primeiro ponto.

sexta-feira, 28 de março de 2008

O regresso do herói

Após quase duas semanas de viagens, obras em casa e muito suor, vejo-me finalmente sentado no sofá com o portátil ao colo a escrever um resumo do que foram as férias que não tive.
Fim-de-semana em Coruche. Partilhar histórias com os meus pais, impedir que a minha esposa abra a boca e insulte a minha mãe…enfim, nada como ter um fim-de-semana nas nossas origens.
Volto para casa e penso que tudo se despachará depressa. As limpezas gerais foram rápidas (dois dias) e lá estou eu de volta ao Alentejo para comer borrego de todas as formas e feitios. Assado de borrego, ensopado de borrego, borrego grelhado, fessuras de borrego, borrego de cabidela, bacalhau à Gomes de Sá com borrego, borrego gratinado com sushi, caldeirada de borrego, toucinho do céu de borrego e, para finalizar, uma maravilhosa mousse de borrego.
Volto para casa. A mulher está com ideias que quer fazer não sei o quê ao quarto. Claro que este não sei o quê significa que eu é que tenho de alombar com as obras e as decorações e essas mariquices.
Hoje (sexta-feira, a 3 dias de me acabarem as férias) ainda tenho que montar uns móveis e tal para acabar tudo, mas enquanto espero que a tinta seque posso estar aqui a explicar o que se passou nas minhas férias.
No verão vou fazer as malas no primeiro dia de férias e ela só me põe os olhos em cima em Setembro quando começaram as aulas. Ou então compro uma mordaça e mal ela comece a frase: “Ah e tal, isto ficava bem era assim…” PUMBA!
Vou descansar o resto do dia…pelo menos até ela começar com as suas ideias.

PS – Porque merece. Eu de trincha na mão e cheio de trabalho para fazer (acabei de trabalhar às 22h) e ela sai-se com o “Ah e tal, escreve-me aqui um texto porque o meu blog faz 1 ano…”. Não é de um gajo se passar?

terça-feira, 25 de março de 2008

Sim, ele está de volta, mas…

Eu passo a explicar muita coisa. Ou então limito-me a dizer que não tenho tempo. Uma delas.
Escolho a 1 com hipótese de recorrer à 2 a qualquer momento.
Ora bem, férias. Um conceito que serve para todos aqueles que têm tempo para marcar uma ida a um sítio que não conheçam para lá passar uns dias. Férias para mim servem para pôr em dia todas as coisas que deixei de fazer durante o período de não férias.
Limpezas grandes, obras cá em casa, visitas familiares. Tudo e tudo e tudo.
Ainda não acabei. Nem de perto, nem de longe. E já estou a adiar coisas. Porque não vou ter tempo.
O blog está em stand-by. Até eu conseguir organizar o meu tempo. Pode ser amanhã, pode ser no fim de semana. Primeiro está aquela coisa chata chamada vida real.
Amanhã vou-me embodegar todo com tinta e tal. Desejem-me sorte.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Recado - parte 2

Eu sei, eu disse que voltava na segunda e tal.

Não tenho tido tempo nem para ligar o computador.

Hoje vou para casa dos sogros para passar as festas.

Volto na Segunda.

Desta vez volto mesmo.

Beijos e Boa Páscoa a todos.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Recado

Estou de férias.

Volto na segunda.

Passem pelo Menino e Menina.

Até lá, bom fim-de-semana.

terça-feira, 11 de março de 2008

Depois de nós

Após ver parte do programa “Depois do Adeus” sobre o ensino, apercebi-me de que muito mudou nas mentalidades dos portugueses nos anos que se seguiram ao 25 de Abril. E estranhamente, senti que algo funcionava bem naquela altura.
Antes de estarem já a afiar a forquilha e a chamarem-me facho, ouçam o que tenho para dizer, porque nunca vou abordar sequer o tema do regime a não ser como razão para o meu pensamento.
Hoje, qualquer aluno da escola secundária preocupa-se com o seu cabelo, as suas namoradas, a música da moda, a bebida da moda, a festa da moda, a roupa da moda…enfim, o seu cérebro está estagnado naquilo que se torna as suas maiores ambições: ser aceite. Já nem sequer se têm de preocupar com as notas para entrar na universidade, porque, como sabemos, hoje me dia entra-se para qualquer curso com uma média de treta.
Antes do 25 de Abril, as preocupações eram bem diferentes. Apesar de existir uma procura de afirmação (provavelmente bem mais real que a de hoje), os jovens estavam mais preocupados em fugir a uma realidade bem mais cruel do que o penteado ridículo ou a roupa sem estilo: fugiam da guerra. Imaginem o que isso não faria à nossa cabeça. Temos de ser homens antes de o ser. Temos a responsabilidade de não morrer numa guerra que nada tem a ver connosco.
Ouvi entrevistas de homens com 17 anos. Sim, homens. Porque eu hoje nem consigo ouvir homens da minha idade a ter aquele género de pose, altivez e respeito. Falavam como homens, vestiam-se como homens, agiam como homens. E aos 18 anos sonhavam entrar para a universidade. Não para fugirem ao jugo paternal, mas para fugirem ao jugo de um ditador.
Por isso, e apesar de ter noção da barbaridade que vou dizer, tenho pena que as coisas tenham mudado tanto. Não queria Salazares nem ditaduras. Queria que os jovens de hoje soubessem que há 34 anos atrás eles eram homens. E hoje são idiotas.

PS: Sem nada a ver com o tema, mas continuando a abordagem a temas polémicos, só ontem vi com atenção as imagens da manifestação. Sim, é vergonhoso querer falar para uma câmara sem se ter nada de jeito para dizer. Como diria o meu avô, aquelas mais valiam ter ficado em casa a coser meias.

domingo, 9 de março de 2008

A sério que não queria falar nisto

Houve uma altura em que este blog se transformou numa mixórdia de sentimentos e queixas e vários dos meus leitores queixaram-se que isto estava uma lamechice pegada. E eu decidi deixar-me disso e começar a abordar só temas que nos fazem sonhar e essas coisas das Chiquititas.
Pois bem, hoje não vou falar de flores, família, amor e outros temas idiotas que fazem com que os leitores pensem que sou uma boa pessoa. Hoje vou dizer mal de um governo que me tocou no mais vivo dos meus ódios de estimação: a estupidez.
Como é que é possível que 100000 pessoas, dois terços do total da classe, 1% dos habitantes deste país não provoquem uma alteração no Governo? Como é que é possível que este Governo e este Primeiro Ministro sejam tão estúpidos ao ponto de não ouvirem o que se gritou na rua? Como é que é possível ouvir frases como “não interessa a voz dos números interessa a voz da razão” ou “isto é uma democracia e o povo elegeu este governo em democracia”?
Meu caro José Sócrates, eu não sou estúpido. E sei bem ver qual é a diferença entre uma democracia funcional e uma democracia ditatorial. Na primeira é dada voz ao povo, mesmo após as eleições. Na segunda, ilude-se o povo sobre o estado de ditadura em que se vive dizendo frases idiotas como as anteriormente citadas.
Os professores saíram à rua. Disseram o que toda a classe sente. Só mesmo alguém muito egoísta, arrogante e convencido faria ouvidos moucos a isso.
“Um sábio muda de opinião, um tolo nunca o fará.” Somos liderados pelo maior tolo de sempre.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Alentejo, pó e carros

Estou atrasado com a descrição de mais um fim-de-semana (agora que eu finalmente me habituei a pôr o raio do hífen entre isto é que eles se põem com histórias de acordos ortográficos?) no meu Alentejo. Sim, porque passei tanto tempo no Alentejo como na minha terra natal, portanto, posso bem considerá-lo como meu.
O Rali TT Esporão foi a desculpa para lá irmos. O meu cunhado estava inscrito na prova com o seu machibombo e lá fomos dar o apoio necessário. Comer pó e essas coisas que pensei que tivessem acabado há uns anos, mas que voltaram a fazer parte das nossas vidas.
Eram 6 da matina e o coiso tocou a dizer-me que tinha de ser. Depois de ter dormido 2 horas, aquilo soube-me mesmo bem. Isto porque fazia parte da equipa oficial do meu cunhado. Era o totó que tem de andar a apontar os tempos de cada prova. O gajo que anda a correr de um lado para outro.
Às 7 estávamos em Reguengos e ficámos em adoração aos carros no parque fechado. Apesar de gostar de estar no meio dos nomes sonantes do TT em Portugal, enquanto eles diziam parvoíces sem jeito nenhum, naquela altura preferia mesmo um café.
Lá fomos comer mais um pouco de pó e ver as passagens de alcatrão. Na primeira tudo estava bem, na segunda também, na terceira nem por isso, já não houve uma quarta. O carro perdeu a tracção dianteira e é complicado e arriscado (mas não impossível) conduzir aquele monstro só com a tracção traseira. O motor também deu sinal que ia dar o pifo, por isso a equipa resolveu acabar com aquilo por ali.
Tenho de admitir que não podiam ter escolhido um melhor sítio para parar. Rodeados de verde e com um lanche fabuloso elaborado pela melhor sogra do mundo, ali ficámos a comer, a falar, a conhecer novas pessoas, a tirar umas fotos, a viver a vida.
O Rali foi ignorado por algo muito mais insubstituível: estar em família. E foi essa a melhor parte do dia.


De realçar que a segunda foto, que eu considero verdadeiramente espectacular, não é minha. (sniff, sniff). À C. os meus agradecimentos pela utilização das mesmas.


terça-feira, 4 de março de 2008

Isto é bonito de se ver...

Obrigado a todos os que contribuiram para a minha felicidade.


segunda-feira, 3 de março de 2008

No início havia o nada...

Após uns quantos anos de ausência, resolvi voltar ao maravilhoso mundo das novas tecnologias. Como o Governo agora até apoia a utilização destas coisas, criei o blog "eskisitorules".Nada me garante que este blog não venha a ser famoso. Por isso decidi não abordar temas como o sexo, a javardice e, melhor que tudo, a tendência impressionante do português para ser parvo. Mas, eu mudo facilmente de ideias.








Pois é. No dia 1 de Março de 2007 começou assim um blog que me ocupa uma boa parte da minha vida e mudou muita coisa no meu dia-a-dia. Não me vou alongar, tal como não me alonguei no primeiro post.

Quero apenas dizer obrigado a todos os que continuam a passar por cá todos os dias.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Gestão Escolar

Embora mudar toda a Gestão Escolar para a mão dos pais? É isso mesmo!

Ontem uma mãe irada, no exterior da escola, agarrou a orelha de um menino que agrediu o seu filho e arrastou-o pela orelha até ao carro onde se encontravam os progenitores, de forma a esclarecer que, se tal voltasse a acontecer, o seu filho iria conhecer o peso da sua mão
Os pais deste compreenderam a situação e pediram desculpas pelo sucedido, avisando o menino que este iria em casa ver em mais pormenor as suas linhas de vida.
Até aqui, nada de novo. Normal. Pelo menos, ali é. Só que eu estou a esquecer-me de mencionar a mãe que nada tinha a ver com aquela situação que dizia para quem quisesse ouvir que se fizessem aquilo com um filho dela eram todos processados, que deviam estar a ser tiradas fotografias para se processarem tudo e todos, que a culpa daquilo eram das auxiliares que não faziam o seu trabalho, que os professores não sabem dar educação aos miúdos, que…
O menino em causa é meu aluno. E sei bem que aquele puxão de orelhas foi merecido. E que o contacto com as linhas da vida dos seus pais só lhe vai fazer bem. Sei também que o aluno agredido é provocador, portanto também as mereceu. Nunca resolvi intervir, porque achei que aquilo não tinha nada a ver comigo.

Embora mudar toda a Gestão Escolar para a mão dos pais? Vai daí…

Sim, faltava eu...


Como acho que eu era o único professor da blogosfera a não ter falado da Maria de Lurdes no Prós e Contras, resolvi abordar o tema desta maneira:
Quando é que vamos ter uma Ministra da Educação que seja minimamente bonita? Não bastou já a Manuela Ferreira Leite?

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Limpar os cantos à casa

A minha vida não podia estar mais caótica no que toca a tempo. E quando o tenho, obrigo-me a estar parado e a descansar. Ou isso, ou um belo de um AVC para me fazer estar quieto.
Apesar de tentar que este blog tenha uma vida normal, não o tenho conseguido. Falham-me as palavras, falha-me o tempo, falha-me tudo...

Se digo isto em relação a este, o que direi então de todos os outros projectos que iniciei e nunca levei a bom porto? O Santarém a Santiago, Os 22 dias do Professor Florista e agora tenho também O Menino e a Menina. E, tenho ainda de contar com a participação especial no The Sushi Meeting, que faço todas as segundas-feiras. Ninguém me manda ser ganancioso e ter 5 blogs.

Por isso, vou fazer algo que deveria ter feito há muito tempo. Vou (a todos os que esperam que eu vá dizer que vou acabar com o blog...estão enganados) criar uma espécie de horário para trabalhar em todos os blogs e mantê-los activos.

Assim sendo:


Segunda - The Sushi Meeting - Post novo hoje
(um blog sobre desabafos de alma à volta de uma refeição leve e bem regada com saké)


(um cartoon sobre as relações entre sexos, ou sobre nada de jeito, mas que tenta ser engraçado)


Quarta - Os 22 dias do Professor Florista - Post novo Hoje
(um relato em forma de diário de uma das experiências mais estranhas que já vivi)


(uma nova tira para que os clientes não se queixem que é sempre a mesma coisa)


Sexta - de Santarém a Santiago - Dois posts novos hoje
(o relato da lua de mel do casal Eskisito e Maria do Consultório, às voltas por Portugal e Galiza)


A minha ideia é simples. Como o Santiago e o Florista são blogs com fins anunciados, basta-me concluí-los para ficar com tempo para este. No Santiago só já faltam dois dias e a conclusão. No Florista ainda falta...bem, digamos que muito.

E este blog, perguntam aqueles dois leitores que se aguentaram até aqui. Este será sempre uma surpresa. Poderá haver post novo todos os dias como não (efeito surpresa). Mas, estou aqui para ficar e ser o mais chato possível. E se tivesse tempo ainda começava as outras duas ideias para blogs que tenho há montes de tempo. Mas, tenho tempo para o fazer...~



Não sei se repararam na maravilhosa utilização que o autor fez da palavra tempo no último parágrafo...a forma com que este joga com a palavra nos seus diferente significados...o que demonstra a sua genialidade e talento para a escrita


Não sei se repararam nas letras pequenas que precedem o post. A forma com o autor se auto-elogia na utilização da palvra tempo...o que demonstra a sua insanidade e falta de modéstia.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Para pararem de chorar...

Afinal, o blog novo passa a ter duas tiras semanais. Isto porque o pessoal chora muito e tal se for só uma...depois não se queixem que isto perde qualidade...

Todas as terças e quintas uma nova tira no

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Eu já tinha poucos...


A minha querida Maria desenvolveu uma arte impressionante nas suas aulas. Desenhar coisas infantis com extremo jeito para isso. E a ideia de um cartoon surgiu num qualquer dia de chuva em que eu estava a tentar convencê-la a irmos para o quarto fazer umas coisas engraçadas.
Passados três minutos começámos a fazer os primeiros esboços de um projecto que arranca aqui hoje:


Um novo blog que é apenas composto de pequenas tiras com piadas de autoria de ambos e desenhos de Maria do Consultório. Todas as quartas-feiras vamos lá colocar uma nova tira. Todas as quartas esperamos que passem por lá e se riam com as nossas parvoíces.


Hoje é quarta...perceberam?

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Filhos de uma prostituta rameirosa e cheia de sarna

Os que custam ler o blog da minha esposa já sabem o que me sucedeu hoje de noite. O meu bolinhas foi vítima das políticas de segurança que imperam neste país. Ou seja, foi arrombado e o seu interior roubado.
Levaram-me a minha pasta de trabalho, com todos os seus materiais escolares e os meus óculos.

Apetece-me mandar tudo para todo o lado, mas a minha religião não me permite dizer mais que duas asneiras por cada frase. Como gastei logo tudo de manhã, agora estou a compensar.

Apetece-me também dizer ao senhor meliante que só uma das lentes dos óculos é que está graduada. A outra é de vidro. NHA NHA NHA NHA NHANHA.

Apetece-me um cachorro quente, mas isso agora não tem nada a ver com este assunto.

Apetece-me matar e chacinar pessoas que usam fardas, mas também não vou por aí.

Hoje foi um mau dia. Foi mesmo.

Amanhã vou acordar com um sorriso nos lábios. E vou-me esquecer disto tudo.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Fim-de-semana

Decidi que este fim-de-semana ficaria em casa. Não fazer nada de extraordinário. Ficar apenas sentado no sofá com o comando na mão.
Claro que isto é mais simples de dizer que fazer. Principalmente porque a minha querida Maria ficou com um pulso ligado devido a uma brincadeira que acabou mal, da qual não me responsabilizo. Eu não tenho a culpa de ser obcecado por seios.
Como eu compreendo as donas de casa. Apesar de acreditar que todas as tarefas cá de casa devem ser partilhadas (excepto passar a ferro, mas isso são traumas de guerra), é mesmo chato ter que andar com a casa às costas. E agora que passo a semana toda fora de casa, é ela que tem de fazer tudo. Só mesmo no fim-de-semana é que a posso ajudar.
Por isso, quero publicamente agradecer à minha Maria por tudo o que ela faz diariamente por mim e que eu me esqueço de mencionar ou dizer obrigado.
Claro que também agradeço quando ela está calada e não me insulta, mas isso são momentos no dia-a-dia que não convém mencionar num post bonito destes (e quando ela me bate e me obriga a admitir que ela é melhor que eu, que o blog dela é melhor e coisas dessas).
Por isso, admito publicamente que não conseguia (em termos logísticos) viver sem a minha esposa, e se a camisa que ela passou está lá pendurada para eu vestir amanhã, foi por sua obra e graça. E sem ela amanhã iria de tronco nu (ou com uma camisa muito mal passada).
Pronto, já está. Calas-te agora um bocadinho?

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Dias de...

Sempre fui um pouco contra o conceito de um dia específico para celebrar seja o que for. O Natal ser o dia da família, o dia 1 de Janeiro ser o dia da ressaca, entre outros. Como tal, o dia de S. Valentim irrita-me solenemente. Nada de adimirar, visto que o faz a quase todas as pessoas que conheço. O problema é que eu sou casado com uma papa-"dias de".

Um mês e meio antes do Natal: "Já podias começar a pensar em pôr a Árvore de Natal..."

Uns bons dois meses antes dos anos: "Então, o que me vais oferecer?"

Quinze dias antes do dia de S.Valentim: "Então, o que vamos fazer no dia dos namorados?"

Claro que as minhas respostas costumam dar-me direito a dormir no sofá.

Continuando, ontem tive de fazer alguma coisa para o dia de S.Valentim. Mas, como não disponho propriamente de tempo para planear seja o que for, resolvi ir com a maré escolher um restaurante às 20h00. Todos os amantes do Dia de S.Valentim devem estar já a rogar-me pragas: "Então ele não sabe que os restaurantes estão todos cheios e é preciso fazer reservas e coisas parvas como essa para comer uma porra dum bitoque a ouvir brasileiradas sem jeito nenhum e a ouvir os Amo-tes das outras mesas de putos que ainda nem barba conseguem ter?"

Não, não sabia.

Fui a Torres Novas. Gosto do centro da cidade, dá para dar um belíssimo passeio à noite. E, julgava eu, deveria ter um cantinho para comer. Obviamente errado!

O passeio foi romântico, mas quando o estômago começa a roncar, todo o romantismo vai à vida. E, desistimos da busca do restaurante.

Acabámos num Burger King a ouvir brasileiradas e crianças aos berros.

O mais engraçado disto tudo? Nunca faria sentido se não fosse mesmo assim. Porque isto somos mesmo nós.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

O Blogger e os seus segredos

Hoje estava sem tema. Aliás, ocorrência que se tem tornado comum nos últimos tempos. Não me apetece falar de mim, da minha vida, das minhas coisas. A minha vida aborrece-me neste momento e eu não quero que a Diabba venha para aqui chamar-me depressivo ou esquizofrénico. Não me apetece falar do mundo, que todos os dias nos brinda com coisas maravilhosas, como o atentado em Timor. Irrita-me pensar que vivemos para estes momentos.
Ao fazer o login no Blogger, aparece sempre a mesma pergunta: “O que é um blogue?”. Logo à partida irrita-me, porque odeio ver traduções a martelo. Para mim isto é um “blog” e não um “blogue”. Mas hoje deu-me tema para o post, por isso tive de atenuar a vontade de insultar o Blogger (coisa que faço diariamente).
Afinal, o que é um blog? Farto-me de ver explicações por aí. O que deve ser um blog. Como deve ser escrito. Que temas devemos abordar. Que temas não devemos abordar. Como devemos usar o blog. Se devemos usar o blog. E continua a lista até nos entediarmos de vez.
Para quem acredita em Deus, o resto do meu discurso fará toda a lógica. Para quem não acredita, talvez acredite em Fadas e Árvores que falam, por isso, também deve.
O blog não serve para nada. Acreditem em mim. Quando comecei a escrever este blog, sonhei que ele me ia trazer fama e fortuna, que seria a melhor maneira de me tornar importante e interessante. E o que é que ele me trouxe até agora? Nada.
Isto claro, sem contar com os amigos que me visitam todos os dias, que se preocupam comigo, sem contar com as inúmeras prendas que já recebi na minha casa de bloggers que nunca vi na vida, sem contar com os bloggers que já conheci e que se tornaram amigos pessoais, sem contar com o prazer que é ler os comentários a um post, mesmo que seja daqueles mesmo fraquinhos que não interessam a ninguém, de poder ver um contador com 20000 visitantes e ficar feliz por isso. Pequenas coisas que não interessam em nada, comparadas com a fama e a fortuna.
O que é um blog? Não sei, não me interessa. Mas gosto de o ter.