quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Gestão Escolar

Embora mudar toda a Gestão Escolar para a mão dos pais? É isso mesmo!

Ontem uma mãe irada, no exterior da escola, agarrou a orelha de um menino que agrediu o seu filho e arrastou-o pela orelha até ao carro onde se encontravam os progenitores, de forma a esclarecer que, se tal voltasse a acontecer, o seu filho iria conhecer o peso da sua mão
Os pais deste compreenderam a situação e pediram desculpas pelo sucedido, avisando o menino que este iria em casa ver em mais pormenor as suas linhas de vida.
Até aqui, nada de novo. Normal. Pelo menos, ali é. Só que eu estou a esquecer-me de mencionar a mãe que nada tinha a ver com aquela situação que dizia para quem quisesse ouvir que se fizessem aquilo com um filho dela eram todos processados, que deviam estar a ser tiradas fotografias para se processarem tudo e todos, que a culpa daquilo eram das auxiliares que não faziam o seu trabalho, que os professores não sabem dar educação aos miúdos, que…
O menino em causa é meu aluno. E sei bem que aquele puxão de orelhas foi merecido. E que o contacto com as linhas da vida dos seus pais só lhe vai fazer bem. Sei também que o aluno agredido é provocador, portanto também as mereceu. Nunca resolvi intervir, porque achei que aquilo não tinha nada a ver comigo.

Embora mudar toda a Gestão Escolar para a mão dos pais? Vai daí…

Sim, faltava eu...


Como acho que eu era o único professor da blogosfera a não ter falado da Maria de Lurdes no Prós e Contras, resolvi abordar o tema desta maneira:
Quando é que vamos ter uma Ministra da Educação que seja minimamente bonita? Não bastou já a Manuela Ferreira Leite?

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Limpar os cantos à casa

A minha vida não podia estar mais caótica no que toca a tempo. E quando o tenho, obrigo-me a estar parado e a descansar. Ou isso, ou um belo de um AVC para me fazer estar quieto.
Apesar de tentar que este blog tenha uma vida normal, não o tenho conseguido. Falham-me as palavras, falha-me o tempo, falha-me tudo...

Se digo isto em relação a este, o que direi então de todos os outros projectos que iniciei e nunca levei a bom porto? O Santarém a Santiago, Os 22 dias do Professor Florista e agora tenho também O Menino e a Menina. E, tenho ainda de contar com a participação especial no The Sushi Meeting, que faço todas as segundas-feiras. Ninguém me manda ser ganancioso e ter 5 blogs.

Por isso, vou fazer algo que deveria ter feito há muito tempo. Vou (a todos os que esperam que eu vá dizer que vou acabar com o blog...estão enganados) criar uma espécie de horário para trabalhar em todos os blogs e mantê-los activos.

Assim sendo:


Segunda - The Sushi Meeting - Post novo hoje
(um blog sobre desabafos de alma à volta de uma refeição leve e bem regada com saké)


(um cartoon sobre as relações entre sexos, ou sobre nada de jeito, mas que tenta ser engraçado)


Quarta - Os 22 dias do Professor Florista - Post novo Hoje
(um relato em forma de diário de uma das experiências mais estranhas que já vivi)


(uma nova tira para que os clientes não se queixem que é sempre a mesma coisa)


Sexta - de Santarém a Santiago - Dois posts novos hoje
(o relato da lua de mel do casal Eskisito e Maria do Consultório, às voltas por Portugal e Galiza)


A minha ideia é simples. Como o Santiago e o Florista são blogs com fins anunciados, basta-me concluí-los para ficar com tempo para este. No Santiago só já faltam dois dias e a conclusão. No Florista ainda falta...bem, digamos que muito.

E este blog, perguntam aqueles dois leitores que se aguentaram até aqui. Este será sempre uma surpresa. Poderá haver post novo todos os dias como não (efeito surpresa). Mas, estou aqui para ficar e ser o mais chato possível. E se tivesse tempo ainda começava as outras duas ideias para blogs que tenho há montes de tempo. Mas, tenho tempo para o fazer...~



Não sei se repararam na maravilhosa utilização que o autor fez da palavra tempo no último parágrafo...a forma com que este joga com a palavra nos seus diferente significados...o que demonstra a sua genialidade e talento para a escrita


Não sei se repararam nas letras pequenas que precedem o post. A forma com o autor se auto-elogia na utilização da palvra tempo...o que demonstra a sua insanidade e falta de modéstia.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Para pararem de chorar...

Afinal, o blog novo passa a ter duas tiras semanais. Isto porque o pessoal chora muito e tal se for só uma...depois não se queixem que isto perde qualidade...

Todas as terças e quintas uma nova tira no

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Eu já tinha poucos...


A minha querida Maria desenvolveu uma arte impressionante nas suas aulas. Desenhar coisas infantis com extremo jeito para isso. E a ideia de um cartoon surgiu num qualquer dia de chuva em que eu estava a tentar convencê-la a irmos para o quarto fazer umas coisas engraçadas.
Passados três minutos começámos a fazer os primeiros esboços de um projecto que arranca aqui hoje:


Um novo blog que é apenas composto de pequenas tiras com piadas de autoria de ambos e desenhos de Maria do Consultório. Todas as quartas-feiras vamos lá colocar uma nova tira. Todas as quartas esperamos que passem por lá e se riam com as nossas parvoíces.


Hoje é quarta...perceberam?

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Filhos de uma prostituta rameirosa e cheia de sarna

Os que custam ler o blog da minha esposa já sabem o que me sucedeu hoje de noite. O meu bolinhas foi vítima das políticas de segurança que imperam neste país. Ou seja, foi arrombado e o seu interior roubado.
Levaram-me a minha pasta de trabalho, com todos os seus materiais escolares e os meus óculos.

Apetece-me mandar tudo para todo o lado, mas a minha religião não me permite dizer mais que duas asneiras por cada frase. Como gastei logo tudo de manhã, agora estou a compensar.

Apetece-me também dizer ao senhor meliante que só uma das lentes dos óculos é que está graduada. A outra é de vidro. NHA NHA NHA NHA NHANHA.

Apetece-me um cachorro quente, mas isso agora não tem nada a ver com este assunto.

Apetece-me matar e chacinar pessoas que usam fardas, mas também não vou por aí.

Hoje foi um mau dia. Foi mesmo.

Amanhã vou acordar com um sorriso nos lábios. E vou-me esquecer disto tudo.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Fim-de-semana

Decidi que este fim-de-semana ficaria em casa. Não fazer nada de extraordinário. Ficar apenas sentado no sofá com o comando na mão.
Claro que isto é mais simples de dizer que fazer. Principalmente porque a minha querida Maria ficou com um pulso ligado devido a uma brincadeira que acabou mal, da qual não me responsabilizo. Eu não tenho a culpa de ser obcecado por seios.
Como eu compreendo as donas de casa. Apesar de acreditar que todas as tarefas cá de casa devem ser partilhadas (excepto passar a ferro, mas isso são traumas de guerra), é mesmo chato ter que andar com a casa às costas. E agora que passo a semana toda fora de casa, é ela que tem de fazer tudo. Só mesmo no fim-de-semana é que a posso ajudar.
Por isso, quero publicamente agradecer à minha Maria por tudo o que ela faz diariamente por mim e que eu me esqueço de mencionar ou dizer obrigado.
Claro que também agradeço quando ela está calada e não me insulta, mas isso são momentos no dia-a-dia que não convém mencionar num post bonito destes (e quando ela me bate e me obriga a admitir que ela é melhor que eu, que o blog dela é melhor e coisas dessas).
Por isso, admito publicamente que não conseguia (em termos logísticos) viver sem a minha esposa, e se a camisa que ela passou está lá pendurada para eu vestir amanhã, foi por sua obra e graça. E sem ela amanhã iria de tronco nu (ou com uma camisa muito mal passada).
Pronto, já está. Calas-te agora um bocadinho?

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Dias de...

Sempre fui um pouco contra o conceito de um dia específico para celebrar seja o que for. O Natal ser o dia da família, o dia 1 de Janeiro ser o dia da ressaca, entre outros. Como tal, o dia de S. Valentim irrita-me solenemente. Nada de adimirar, visto que o faz a quase todas as pessoas que conheço. O problema é que eu sou casado com uma papa-"dias de".

Um mês e meio antes do Natal: "Já podias começar a pensar em pôr a Árvore de Natal..."

Uns bons dois meses antes dos anos: "Então, o que me vais oferecer?"

Quinze dias antes do dia de S.Valentim: "Então, o que vamos fazer no dia dos namorados?"

Claro que as minhas respostas costumam dar-me direito a dormir no sofá.

Continuando, ontem tive de fazer alguma coisa para o dia de S.Valentim. Mas, como não disponho propriamente de tempo para planear seja o que for, resolvi ir com a maré escolher um restaurante às 20h00. Todos os amantes do Dia de S.Valentim devem estar já a rogar-me pragas: "Então ele não sabe que os restaurantes estão todos cheios e é preciso fazer reservas e coisas parvas como essa para comer uma porra dum bitoque a ouvir brasileiradas sem jeito nenhum e a ouvir os Amo-tes das outras mesas de putos que ainda nem barba conseguem ter?"

Não, não sabia.

Fui a Torres Novas. Gosto do centro da cidade, dá para dar um belíssimo passeio à noite. E, julgava eu, deveria ter um cantinho para comer. Obviamente errado!

O passeio foi romântico, mas quando o estômago começa a roncar, todo o romantismo vai à vida. E, desistimos da busca do restaurante.

Acabámos num Burger King a ouvir brasileiradas e crianças aos berros.

O mais engraçado disto tudo? Nunca faria sentido se não fosse mesmo assim. Porque isto somos mesmo nós.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Ao almoço...


Ainda eu digo que não me rio a ler os jornais...


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

O Blogger e os seus segredos

Hoje estava sem tema. Aliás, ocorrência que se tem tornado comum nos últimos tempos. Não me apetece falar de mim, da minha vida, das minhas coisas. A minha vida aborrece-me neste momento e eu não quero que a Diabba venha para aqui chamar-me depressivo ou esquizofrénico. Não me apetece falar do mundo, que todos os dias nos brinda com coisas maravilhosas, como o atentado em Timor. Irrita-me pensar que vivemos para estes momentos.
Ao fazer o login no Blogger, aparece sempre a mesma pergunta: “O que é um blogue?”. Logo à partida irrita-me, porque odeio ver traduções a martelo. Para mim isto é um “blog” e não um “blogue”. Mas hoje deu-me tema para o post, por isso tive de atenuar a vontade de insultar o Blogger (coisa que faço diariamente).
Afinal, o que é um blog? Farto-me de ver explicações por aí. O que deve ser um blog. Como deve ser escrito. Que temas devemos abordar. Que temas não devemos abordar. Como devemos usar o blog. Se devemos usar o blog. E continua a lista até nos entediarmos de vez.
Para quem acredita em Deus, o resto do meu discurso fará toda a lógica. Para quem não acredita, talvez acredite em Fadas e Árvores que falam, por isso, também deve.
O blog não serve para nada. Acreditem em mim. Quando comecei a escrever este blog, sonhei que ele me ia trazer fama e fortuna, que seria a melhor maneira de me tornar importante e interessante. E o que é que ele me trouxe até agora? Nada.
Isto claro, sem contar com os amigos que me visitam todos os dias, que se preocupam comigo, sem contar com as inúmeras prendas que já recebi na minha casa de bloggers que nunca vi na vida, sem contar com os bloggers que já conheci e que se tornaram amigos pessoais, sem contar com o prazer que é ler os comentários a um post, mesmo que seja daqueles mesmo fraquinhos que não interessam a ninguém, de poder ver um contador com 20000 visitantes e ficar feliz por isso. Pequenas coisas que não interessam em nada, comparadas com a fama e a fortuna.
O que é um blog? Não sei, não me interessa. Mas gosto de o ter.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

O professor que há em mim

Alcatrão:
substantivo masculino

1. substância escura, de aspecto líquido e cheiro forte, obtida da destilação de certas madeiras resinosas e da hulha, usada no revestimento de pavimentos; asfalto;
2. substância resinosa composta de pez líquido, resina e óleo ou sebo;
(Do ár. al-qatrán, «resina»)

Eu sei que é uma palavra complicada para si, Sr. Joaquim Rosa do Céu, Presidente da Câmara de Alpiarça, mas estamos mesmo a chegar à parte em que é mesmo necessário aprendê-la. É que eu moro numa vila ribatejana, não num cenário de guerra.


PMS


Pois é...o Mau Feitio da Lisa atacou-me e com razão. Esqueci-me de mencionar os prémios dela. Mas tenho uma desculpa simples: nem os tinha visto (o quê? ainda é pior dizer isto...ela pensa que eu não vou ao blog dela? mas eu não vou ao blog de ninguém há mais de três semanas...pronto, tá bem). Afinal, esqueci-me.
Por isso, e corrigindo os erros do passado, aqui se encontram os prémios que a menina me oferece:




A Lisa afirma que : - Eskisito Rules (pela liberdade que dá a si próprio! Chega, escreve e pronto. Aproveito para informar que é um excelente "layouter" e que este blog lhe deve muita da sua essência! Pronto... Eskisito, não empurres... Fuiii... Ele não gosta que o gabem... )


Eu digo: tens razão. Não gosto que me gabem. Mas sou mesmo um excelente layouter.
Aqui ela limita-se a insultar-me e tal (o quê?...tá bem, pronto...). Afinal, diz bem de mim e que eu sou o maior e isso tudo, amigo "virtuelle" e essas coisas todas.

Para a Lisa e para o seu Mau Feitio, aqui está a justa homenagem. E um pedido de desculpas...talvez dois.
Beijos

P.S. - Hydra, nem comeces. Eu sei que tenho lá prémios e tal, mas se falasse de ti neste post a Lisa provavelmente matava-me. Por isso, tens de esperar

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Desculpem?????

A ler os blogs do pessoal (coisa que já não fazia há umas três semanas...eu sei, não valho nada e tal...) e vi no blog da Professorinha uma coisa que me deixou verdadeiramente chocado.
Todos nós sabemos que o Sócrates quer subir à força as médias de ensino em Portugal. Os alunos não chumbam por nada deste mundo, podem faltar às aulas, e, caso nada disto funcione, temos as Novas Oportunidades.
Vamos tirar um curso de meses para fazer o mesmo que qualquer pessoa normal fez em anos de estudo. Já nem me ralo. Mas, isto foi mesmo demais:






Formação em Jogador de Futebol?? Jogador de Futebol???

E se fossem mas era todos para ...

Revolucionário dum corno!!!

Se não repararam, juntei-me ao lado negro da força. Os prémios da blogosfera começaram a ser encarados pela minha pessoa como auto-promoção blogueira. O facto de os prémio virem com um link e com regras e isso tudo começou a parecer-me desmasiado.
Sendo assim, assumi que deixaria de nomear ou oferecer prémios, a não ser que estes fossem feitos pelo próprio. Apaguei a lista de prémios que tinha e fiquei a zeros.
Mas deixei uma alínea aberta a receber os prémios. Porque, apesar de eu não os reoferecer, as pessoas que me premeiam merecem todo o meu respeito.
Assim sendo, passo a citar os últimos que recebi:


A Azul dos Cheiros de Verão, depois de me ter conhecido pessoalmente, ficou tão traumatizada que acha que o meu blog é pior que uma daquelas músicas do Nel Monteiro que não nos saem da cabeça. Mas, agradeço de qualquer maneira o prémio...






Da Elvira, do blog Sexta-Feira, vieram três prémios. Um que diz à senhora (gostava de a conhecer, mas a minha mulher é capaz de não gostar) que o meu blog é muito bom. Os outros dois foram uma novidade para mim. Um prémio em francês, que revela a importância internacional deste blog. Um outro que me marcou pela positiva. Um prémio especialmente feito pela Elvira para agradecer a amizade que se encontra por esta blogosfera. E esse agradeço pessoalmente do fundo do coração.


Por último, um prémio da Mik@ do blog Rabiscos da Miaux que afirma que o meu blog é mesmo bom, mas de uma forma virtual. Obrigado Mik@ por mais uns meses de psicanálise.
Obrigado a todos.






sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Marrocos, Ribatejo, Brasil e Elvas

Imaginem um Eskisito com sete anos. Os seus colegas vestidos de palhaços e Super-Homens, com os seus fatos novos e brilhantes. Eu vestido de quê? Campino…
Imaginem um Eskisito com nove anos. Os seus colegas vestidos de palhaços e Super-Homens com os seus fatos de há três anos. Eu vestido de quê? Pescador da Nazaré…


Eu odeio o Carnaval.




Você abusou
Tirou partido de mim
Abusou
Tirou partido de mim
Abusou


Eu odeio o Carnaval




A minha Maria foi hoje comigo para a minha escola, porque a dela não tinha aulas. Assim sendo, a mesma obrigou-me (acreditem que quando ela quer é bastante convincente) a mascarar-me. E de quê? Marroquino. Ela de Marroquina.
Eu de fato de casamento Marroquino adquirido pelos meus sogros em (imaginem) Marrocos. Com base na cara para escurecer a pele e um ponto no meio da testa a fingir que era meu de origem (nem faço a mínima ideia se os marroquinos usam isso). Chego à escola e os miúdos começam a gozar comigo: “Eh…o Teachas está disfarçado…de quê?”


Eu odeio o Carnaval




Você pensa que cachaça é água
Cachaça não é água não
Cachaça vem do alambique
E a água vem do ribeirão


Eu odeio o Carnaval




Imaginem onde vou passar o fim de semana? Em Elvas, para variar. E, imaginem a ver o quê? O corso luso-espanhol, ou internacional, ou lá o raio. Ver espanhóis e portugueses com plumas a abanarem-se que nem o Castelo Branco.


Eu odeio o Carnaval

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Um novo acordar

Quando iniciamos a nossa vida, sabemos que existem alturas em que temos de mudar algo em nós. Mudar de visual, mudar de emprego, mudar de casa...mudanças que, para melhor ou pior, vêm fazer com a nossa existência seja mais confortável.
Normalmente, estas mudanças são feitas porque descobrimos que algo está mal e necessita de ser trocado. Algo melhor e necessário. Algo que tape os buracos e inconsistências do que se torna obsoleto.

Se a nossa vida o exige, o bem comum também. O que serve a sociedade deve também ser mudado quando falha. Correia de Campos e Pires de Lima descobriram isso. Um falhou porque incomodou o povo, o outro porque incomodou o poder.

O que me incomoda nesta mudança é óbvio: ministros como o Mário Lino e a Maria de Lurdes que incomodam diariamente todo este país e este senhor que aqui vos escreve continuaram porquê? Algo de melhor é mesmo necessário.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Portanto, onde está a minha condecoração?

Segundo uma sondagem efectuada pela Gallup para o Fórum Económico Mundial, os professores são os profissionais nos quais os portugueses mais confiam. 42% dos sondados votaram nesta classe profissional. Em último lugar nesta sondagem, aparecem os políticos com uns míseros 7% dos votos.
Espera…então isso quer dizer que o povo português acredita mais em mim que na Ministra da Educação…o que quer dizer que, talvez (e mesmo só talvez) ela esteja mesmo enganada na forma como trata os professores em Portugal.
Mais curioso ainda nesta sondagem é que estes resultados são iguais por todo Mundo (salvo raras excepções), professores em primeiro e políticos em último.
Não percebo. Se somos assim tão importantes por esse mundo fora e em Portugal, como é possível que esta classe esteja a ser vilipendiada diariamente por decisões absurdas atrás de decisões absurdas? Como é possível que a Ministra da Educação tenha proferido que preferia perder a confiança dos professores e ganhar a confiança dos alunos? Como é possível que após seis anos de licenciatura eu nunca tenha leccionado uma aula que fosse para o estado?
Acredito que um destes dias tudo isto mude. Que apareça um ministro competente que desfaça todo o mal que esta senhora tem feito pela educação em Portugal. Mas temo que quando esse dia chegar, seja tarde demais para muitos professores que, tal como eu, consideram todos os dias desistir da nobre tarefa do ensino e voltar a começar tudo de novo.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

O país em que vivemos

De vez em quando dá-me para fazer um apanhado do país em que vivemos, e qualquer dia começo uma rubrica chamada: "O país em que vivemos" (original). Se dantes era o Portugal profundo a dar-nos as glórias para o humor, agora é mesmo o Portugal total.
Ver um Telejornal é quase como ver um programa do Jay Leno na parte dos Headlines. Ver todas as coisas que se sucedem neste pais dá-me vontade de rir da quantidade de idiotas (como eu) que ainda acreditam que isto algum dia vá mudar.

Ontem, no meu zapping pelos 4 canais vi de tudo. Uma Bexiga que cheirava a gás em Santarém, uma crise que assola todos menos Portugal, mas que põe o mundo inteiro em alvoroço, e, a minha preferida, as gravações das chamadas do INEM no caso do "morto de Alijó".

Não se sei se viram (ouviram) isto, mas é do melhor que temos neste país. Uma operadora do INEM que recebe uma chamada em que mal se ouvem as pessoas, onde duas pessoas tentam dizer que afinal o homem está morto. A senhora, após confirmar a veracidade do telefonema, tenta levar para lá uma ambulância...sucedem-se chamadas após chamadas para corporações de bombeiros e para serviços de saúde. Os bombeiros encontram-se sozinhos e os SAP's da zona foram todos fechados.

O que vale é que o homem já estava morto...muito embora a família queira processar o INEM por eles se terem atrasado. O morto estava aborrecido...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

E que tal...

Os caríssimos colegas do Ministério da Educação e a sua capataz resolveram pôr em causa todo o trabalho que as universidades e os politécnicos deste país fazem na formação de professores. Aliás, "candidatos a professores". Como? Propuseram uma avaliação, pós-curso, de todos os que ainda não acumularam 5 anos de serviço. Eu acabei o curso há 6 anos e ainda nem um ano tenho. Acho que o erro não deve ser só meu, mas passemos à frente.
O problema é a forma como isto deve ser feito. Ninguém está de acordo. Se os sindicatos e os professores não querem sequer uma avaliação, o Ministério quer que esse papel caiba aos professores titulares (vulgo aqueles que fazem parte do sistema).

Eu tenho uma proposta simples para resolver esta discussão. Fala-se com a RTP e com o Jorge Gabriel e cria-se um novo programa chamado "Sabes mais que uma professora titular que nunca tirou uma licenciatura, mas que o Estado não permite que se reforme, e, sendo assim, ela vai contrariada para mais uma avaliação (apesar de lhe pagarem para isso), subindo claramente as hipóteses de chumbar os professores que serão avaliados (sem contar com o período menstrual ou menopausa)?". Ou então um nome mais pequeno...logo se vê...

Sim, porque se é para ser um espectáculo deprimente, ao menos que passe na televisão.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008