terça-feira, 10 de junho de 2008

Teresa, a culpa disto tudo é tua...

Um pequeno vídeo...

...que mostra a nossa pequenina que faz hoje um aninho.

Obrigado Teresa, por me teres convencido!


segunda-feira, 9 de junho de 2008

O típico português

E como conclusão da minha trilogia de posts a dizerem mal de portugueses e de hábitos e manias parvas, coloco apenas duas fotos (deviam ser três, mas na terceira ou tirava a foto, ou sobrevivia, portanto até se percebe). Fotos de um senhor que tem uns hábitos particulares de estacionamento. Senhor que é familiar de um presidente. Senhor que é intocável na terra, indiferentemente daquilo que faz. Senhor que me asseguram ser uma daquelas reais bestas (reparem que não sou eu que afirmo isto, portanto, não me podem processar por difamação, eu sou apenas o mensageiro). E senhores como este não faltam em Portugal. Fazem o que querem, apenas porque são filhos ou pais de...
























Mas, a Elvira convenceu-me a escrever algo diferente...fica para o próximo.

sábado, 7 de junho de 2008

Regionalismo

E se a discussão sobre Portugal me irrita, o que dizer das discussões sobre as nossas terras natais? (obrigado Teresa...nunca me falhas)
Ora, um gajo passou a adolescência toda a dizer mal da terrinha, porque não tinha isto ou aquilo, porque as gentes eram assim ou assado, a desejar fugir dali com todas as forças do corpo e mais algumas. Conseguimos o nosso intuito, a terra onde estamos é mais isto e aquilo e as pessoas são assim e assado. Comentamos que somos de sítio tal.

Eu - Epá, dessa terra só vêm é coisas más (ou um desses provérbios que existem sobre todas as terras para se dizer mal dos seus habitantes, o que acaba por revelar bastante sobre a união dos portugueses...alusão clara ao post anterior)!

O outro, a outra, o grupo: O QUÊ!! Tu não digas mal da minha terra. Aquilo é do melhor e tal, come-se bem e as prostitutas são excelentes profissionais.

Eu - Mas, falta isto e aquilo.

O outro, a outra, o grupo: Mas temos o clube desportivo: O Minuim de Alcagoitas. E as associações culturais que organizam desfiles de moda com os senhores da terceira idade.

Eu - Não eras tu que no outro dia estavas a dizer mal desses desfiles?

O outro, a outra, o grupo: Mas...a minha é melhor que a tua.

Aqui concedo que estou a ficar assim. O povo diz mal da minha terra e eu até sou capaz de tentar argumentar que aquilo até está a ficar melhor e tal. Mas acabo por não me esforçar muito. A sério...para quê? Os portugueses têm sempre razão. O problema é que são muitos...

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Patriotismo

Dentro das coisas que mais me irritam em Portugal, uma delas são os portugueses. Estou farto de passar pela mesma situação:

Eu - Que cara é essa?

O outro, a outra, o grupo - É a porra da vida. A gasolina está cara, mal tenho dinheiro para comer, tenho de andar a comprar roupa em segunda mão, o meu patrão anda a sodomizar-me...

Eu - Pois é, isto anda complicado...

O outro, a outra, o grupo - A culpa é desta política do deixa andar. Elegem políticos de treta, distraem-nos com o raio do Europeu...

Eu - Portugal é mesmo um país de cócó.

O outro, a outra, o grupo - O QUÊ??? Portugal é um grande país...(blá, blá, blá)...Camões...(blá, blá, blá)...os descobrimentos...(blá, blá, blá)...a prostituição...(blá, blá, blá)...(blá, blá, blá)...(blá, blá, blá)...(blá, blá, blá)

Lá está. Serei só eu o único não patriota neste país? Não tenho razões para ser patriota. Este país decepcionou-me desde que nasci. Logo, foi mesmo só o sítio onde nasci. Se tivesse nascido na Gronelândia era a mesma coisa. Portanto, que fique assente, deixem de ser parvos. Este país é mesmo um país de cocós.

domingo, 1 de junho de 2008

É mais ou menos como aquela comichãozinha nos coisos...


Vamos lá a ver uma coisa. Eu sou português. Porquê? Porque nasci em Portugal. É como aquela coisa de um gajo dizer que gostava de ter nascido numa família rica. Porquê? Porque nasceu numa que não o é. Confusos?
Ora bem. Eu quero descansar no fim-de-semana de uma semana a aturar putos. Sentar o meu real traseiro no sofá e ligar a televisão. Ver um daqueles filmes de pessegada ou de acção de treta, mas que me mantêm ocupadamente desocupado. Excepto se for este fim-de-semana.
Sei então que a selecção tem montes de fãs. Sei então o que comeram ao almoço, que beberam "refrescos" e pastéis de Belém (original) no Palácio de Belém. Sei que o Ronaldo tem mais uma namorada nova. Sei que ela dá-se a grandes ramboiadas. E que tem seios fartos.
Sei também que não tenho a menor pachorra para ver autocarros a andar, aviões a descolar ou a aterrar. Não tenho paciência para frases como: "Aqui na Suiça há muitas regras, mas os portugueses vieram cá para as quebrar.". Não estúpido. Aqui em Portugal é que não há regras. Cada qual faz o que quer. Aí vive-se a sério. E existe uma coisa chamada vida. Não há corrupção, políticos farjutos e tugas parvos. Pelo menos não havia.
3 televisões a passarem em simultâneo a aterragem de um avião da TAP. Se algum cair, será que acontece o mesmo?

sábado, 31 de maio de 2008

Uma noite no fimdomundo

Quem tem dinheiro vai ver a Amy Winehouse a fazer figuras em palco. Quem não tem dinheiro, combina um jantar com uns amigos e vai ver concertos à feira. Imaginem qual dos dois sou eu?
Ontem o Cruxe e a sua querida esposa vieram ao fimdomundo fazer-nos uma visita. Jantar informal, pôr a conversa em dia e essas coisas todas. Depois da janta, fomos para o campo da feira ver uma banda que o Cruxe conhece pessoalmente: os Hands on Approach.
Começo a pensar que sou eu que trago azar aos espectáculos que vou ver. Nilton: 20 espectadores. Hands on Approach: 30 ou 40 (talvez um pouco mais, mas isto tem de parecer convincente).
Conheço apenas duas ou três músicas da banda. E conheci umas quantas mais neste concerto. Não posso dizer que tenha ficado fã da sua sonoridade (embora duas ou três me tenham ficado no ouvido). Adorei as covers escolhidas e a história por trás da escolha.
Depois do concerto tivémos direito a um backstage pass. Nós e um cromo qualquer da terra que se colou a nós. Desde já digo que o encanto dos bastidores aqui no fimdomundo deixa muito a desejar. Onde estavam as jovens com os seios fartos a dar uvas aos cantores? Onde estavam os camarins cobertos de cetim branco e lantejoulas? Onde estavam as drogas e o sexo desenfreado com groupies? Decepção...
Fiquei surpreendido com a simpatia dos membros da banda. Não que tivesse uma imagem diferente (na realidade, não tinha imagem nenhuma). Mas mais simpáticos seria impossível. Estivémos a falar de concertos anteriores, dos filhos e da tristeza que é esta terra de fimdomundo. E prometi voltar a vê-los. Não pela música, mas pela simpatia.
Foi uma noite diferente e bastante agradável. Até a sobremesa defeituosa estava boa (desde já te digo Cruxe que não chegou ao jantar do dia a seguir). E tenho de mencionar a qualidade da comida do jantar, senão vou dormir no sofá. Sim querida, estava muito bom. E essas coisas todas...
Foto gentilmente cedida pelo Cruxe

terça-feira, 27 de maio de 2008

Lembraram-se de nós...

A Federação Nacional dos Sindicatos da Educação – FNE -, na sequência das decisões do 9º Congresso, realizado nos passados dias 10 e 11 de Maio, vê-se uma vez mais obrigada a denunciar publicamente o injusto nível de precariedade a que milhares de professores e educadores estão sujeitos no âmbito das actividades de enriquecimento curricular (AEC).
O actual Ministério da Educação não pode ter um discurso de exigência, rigor e de defesa da qualidade da educação e simultaneamente fechar os olhos à contratação abusiva e ilegal de prestação de serviços através de recibos verdes.
A FNE, para além do alerta e denúncia desta situação abusiva e lamentável, vai no primeiro secretariado nacional que se realiza depois do Congresso, no dia 26 de Maio, lançar a realização de uma iniciativa a nível nacional de combate a esta situação “ Não aos recibos verdes nas AEC´s”,onde exige que sejam eliminadas todas as situações de precariedade entre os docentes nomeadamente através de:
- Estabelecimento do direito a um contrato sem termo ao fim de três anos de contratação a termo;

- Eliminação do regime de recibo verde para os responsáveis pelo funcionamento das Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC);

- Determinação de valores mínimos razoáveis para a remuneração dos responsáveis pelo funcionamento das AEC;

Porto, 20 de Maio de 2008

sábado, 24 de maio de 2008

Eurovisão e outras coisas...

Tenho aqui duas hipóteses na mão: ou escrevo um texto grande com insultos ou escrevo apenas umas frases politicamente correctas...hummmmm.
Mas que c****** de m**** de votações são estas, ó europeus filhos de uma p***? Uma m**** de um m******** com um c***** de um filha da p*** de um patinador e um c**** de um violinista? Mother Russia rules!
E a Grécia? Uma pita deslavada com ares de Britney a c**** frases feitas? Ou a Ucrânia e a sua Shitty Lady?
A sério, eu que nem sou minimamente destas m***** da Eurovisão fiquei mesmo f*****. Porque a nossa música lembrava Simone e Amália, num portento de voz vindo da Madeira, de seu nome Vânia Fernandes. Um orgulho de ser português (cada vez mais raro em mim), principalmente depois de ouvir as c****** de músicas de Espanha e outros que tal.
13.º lugar? M**** de emigrantes que estão espalhados por essa Europa. Só sabem vir para cá mostrar as vossas p***** gordas sentadas no c****** do Mercedes? Virem para cá falarem com uma m**** de um sotaque? P********* de m****. Pegar num telefone dá muito trabalho? Filhos de uma p*** obesa e desdentada.
Portugal é mesmo um país de m****, mas esta música e esta intérprete mereciam melhor.


Para quem sabe quem é a minha mulher, sabe o porquê de eu ter visto a Eurovisão.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

A minha mulher é tão chata...

Chego a casa cansado de mais um dia de trabalho e o que é que ouço? Nunca mais escreveste nada para o blog. Grande novidade que ela me está a dar. Apesar da idade, ainda sei mais ou menos o que não faço (não me divorcio, não arranjo uma loira, não tenho se...).
Começo a escrever um texto sobre a falta de tempo. Começa a resmungar ao meu lado a dizer que sou um dramático, que escrevo sempre sobre a mesma coisa, que isto e aquilo e o outro (nesta parte liguei o modo de abanar a cabeça).
Apago tudo e começo de novo. Claro que ela me deu a melhor ideia possível para escrever um novo post. Dizer mal dela é uma arte que domino naturalmente. Ela lembra-me aquele anúncio parvo da EDP. Um gajo sabe que aquilo das voltas vai causar uma sensação de diarreia e vómito da qual não podemos escapar, mas temos sempre de olhar porque a música até é porreira e coisas. A minha mulher é mais ou menos fruto de uma qualquer ideia de publicitários que gostam de ser processados.
Bom, agora que já escrevi o post engraçado que ela queria (duvido que ela ache alguma piada, mas pronto, ela é que pediu), vou voltar à minha vidinha.
Se a ti te gusta, a mi me encanta.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Tugas e Tecnologias

Nos últimos dias andei ausente destas andanças. Mas a culpa não foi da falta de tempo, do meu cansaço ou de qualquer uma das minhas desculpas habituais. Foi mesmo devido ao facto de eu ser o gajo mais azarado do mundo.
Comprei um computador novo. O meu velho deu mesmo o pifo. O monitor parecia que ia ceder a qualquer momento. Por isso, decidi-me a fazê-lo.
Como o dinheiro não é coisa que abunde nesta casa, resolvi procurar um daqueles negócios da China que me fazem ter o triplo das dores de cabeça e coisas que tal. E descobri que a CHIP7 vende computadores que saem de stock a preços acessíveis. Excelente, pensei eu...
Mando vir um computador todo cheio de mariquices ao preço de quase dado. O negócio da minha vida. Três dias depois estou aos berros com os gajos da CHIP7. Não há em stock.
Oferecem-me um ainda mais cheio de mariquices para me calar pelo valor que paguei. Uma semana depois tenho o computador nas mãos. Bonito, prático e funciona (o que acaba por ser mesmo o mais importante).
Todo contente, ligo o Kanguru ao gajo e vai de dizer ao mundo que tenho um computador novo. Isso se o Kanguru funcionasse. Três dias depois estou aos berros com os gajos da Optimus. 15 dias para me arranjarem o modem e coisas dessas. Nem pensar nisso. Modem novo, mesmo problema. Mais berros. Solução? Tive de ser eu a arranjá-la. Gostava de trabalhar para a Optimus. Pelo menos sei que sou mais competente que eles.
Moral da história? Nem eu sei. Ah! Não comprem nada online à CHIP7 e se tiverem de reclamar alguma coisa à Optimus, reclamem 15 dias antes da coisa acontecer.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Minha Pátria é a Língua Portuguesa


MANIFESTO
EM DEFESA DA LÍNGUA PORTUGUESA
CONTRA O ACORDO ORTOGRÁFICO

(Ao abrigo do disposto nos Artigos n.os 52.º da Constituição da República Portuguesa, 247.º a 249.º do Regimento da Assembleia da República, 1.º n.º. 1, 2.º n.º 1, 4.º, 5.º, 6.º e seguintes da Lei que regula o exercício do Direito de Petição)

Ex.mo Senhor Presidente da República Portuguesa
Ex.mo Senhor Presidente da Assembleia da República Portuguesa
Ex.mo Senhor Primeiro-Ministro

1 – O uso oral e escrito da língua portuguesa degradou-se a um ponto de aviltamento inaceitável, porque fere irremediavelmente a nossa identidade multissecular e o riquíssimo legado civilizacional e histórico que recebemos e nos cumpre transmitir aos vindouros. Por culpa dos que a falam e escrevem, em particular os meios de comunicação social; mas ao Estado incumbem as maiores responsabilidades porque desagregou o sistema educacional, hoje sem qualidade, nomeadamente impondo programas da disciplina de Português nos graus básico e secundário sem valor científico nem pedagógico e desprezando o valor da História.
Se queremos um Portugal condigno no difícil mundo de hoje, impõe-se que para o seu desenvolvimento sob todos os aspectos se ponha termo a esta situação com a maior urgência e lucidez.

2 – A agravar esta situação, sob o falso pretexto pedagógico de que a simplificação e uniformização linguística favoreceriam o combate ao analfabetismo (o que é historicamente errado) e estreitariam os laços culturais (nada o demonstra), lançou-se o chamado Acordo Ortográfico, pretendendo impor uma reforma da maneira de escrever mal concebida, desconchavada, sem critério de rigor, e nas suas prescrições atentatória da essência da língua e do nosso modelo de cultura. Reforma não só desnecessária mas perniciosa e de custos financeiros não calculados. Quando o que se impunha era recompor essa herança e enriquecê-la, atendendo ao princípio da diversidade, um dos vectores da União Europeia.
Lamenta-se que as entidades que assim se arrogam autoridade para manipular a língua (sem que para tal gozem de legitimidade ou tenham competência) não tenham ponderado cuidadosamente os pareceres científicos e técnicos, como, por exemplo, o do Prof. Doutor Óscar Lopes, e avancem atabalhoadamente sem consultar escritores, cientistas, historiadores e organizações de criação cultural e investigação científica. Não há uma instituição única que possa substituir-se a toda esta comunidade, e só ampla discussão pública poderia justificar a aprovação de orientações a sugerir aos povos de língua portuguesa.

3 – O Ministério da Educação, porque organiza os diferentes graus de ensino, adopta programas das matérias, forma os professores, não pode limitar-se a aceitar injunções sem legitimidade, baseadas em "acordos" mais do que contestáveis. Tem de assumir uma posição clara de respeito pelas correntes de pensamento que representam a continuidade de um património de tanto valor e para ele contribuam com o progresso da língua dentro dos padrões da lógica, da instrumentalidade e do bom gosto. Sem delongas deve repor o estudo da literatura portuguesa na sua dignidade formativa.
O Ministério da Cultura pode facilitar os encontros de escritores, linguistas, historiadores e outros criadores de cultura, e o trabalho de reflexão crítica e construtiva no sentido da maior eficácia instrumental e do aperfeiçoamento formal.

4 – O texto do chamado Acordo sofre de inúmeras imprecisões, erros e ambiguidades – não tem condições para servir de base a qualquer proposta normativa.
É inaceitável a supressão da acentuação, bem como das impropriamente chamadas consoantes "mudas" – muitas das quais se lêem ou têm valor etimológico indispensável à boa compreensão das palavras.
Não faz sentido o carácter facultativo que no texto do Acordo se prevê em numerosos casos, gerando-se a confusão.Convém que se estudem regras claras para a integração das palavras de outras línguas dos PALOP, de Timor e de outras zonas do mundo onde se fala o Português, na grafia da língua portuguesa.
A transcrição de palavras de outras línguas e a sua eventual adaptação ao português devem fazer-se segundo as normas científicas internacionais (caso do árabe, por exemplo).
Recusamos deixar-nos enredar em jogos de interesses, que nada leva a crer de proveito para a língua portuguesa. Para o desenvolvimento civilizacional por que os nossos povos anseiam é imperativa a formação de ampla base cultural (e não apenas a erradicação do analfabetismo), solidamente assente na herança que nos coube e construída segundo as linhas mestras do pensamento científico e dos valores da cidadania.


Os signatários,
Ana Isabel Buescu
António Emiliano
António Lobo Xavier
Eduardo Lourenço
Helena Buescu
Jorge Morais Barbosa
José Pacheco Pereira
José da Silva Peneda
Laura Bulger
Luís Fagundes Duarte
Maria Alzira Seixo
Mário Cláudio
Miguel Veiga
Paulo Teixeira Pinto
Raul Miguel Rosado Fernandes
Vasco Graça Moura
Vítor Manuel Aguiar e Silva
Vitorino Barbosa de Magalhães Godinho
Zita Seabra

sexta-feira, 2 de maio de 2008

O amor é...

Quanto menos tempo tenho para fazer alguma coisa que não seja trabalhar, mais valor dou às pequenas coisas da vida. O prazer de poder estar sentado num sofá nunca me pareceu tão grande como agora. Não estar agarrado ao carro (e eu até gosto de conduzir) é outro.
Chego a casa tarde, cansado e cheio de vontade de dormir. Sento-me com a esposa enquanto ela me faz miminhos e diz que me ama. Eu sei que é verdade, mas o meu cansaço é tanto que acabo por não lhe mostrar que a amo também.

Ontem pude passar o dia em casa. Aliás, parte do dia, visto que tive de dar formação de manhã. E pude estar com a minha amada, acariciá-la da forma que merece, mimá-la e dizer-lhe vezes sem conta que a amo. Porque ela merece. Porque sem ela eu já tinha desistido disto.

É o facto de saber que vou chegar a casa e que tenho o jantar feito, a casa arrumada, a roupa passada, tudo num brinco. É o facto de poder conversar com ela sobre o meu dia e saber que ela me apoia em tudo o que fiz e o que faço. É o facto de ainda ver naqueles olhos o mesmo amor que vi há dez anos atrás.

Por tudo isso, meu amor, resolvi dizer que te amo. Aqui para que o possas ver sempre que estiver fora de casa. Porque mereces.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Amor é...

De Volta Pro Aconchego
Elba Ramalho

Estou de volta pro meu aconchego
Trazendo na mala bastante saudade
Querendo
Um sorriso sincero, um abraço,
Para aliviar meu cansaço
E toda essa minha vontade
Que bom,
Poder tá contigo de novo,
Roçando o teu corpo e beijando você,
Prá mim tu és a estrela mais linda
Seus olhos me prendem, fascinam,
A paz que eu gosto de ter.
É duro, ficar sem você
Vez em quando
Parece que falta um pedaço de mim
Me alegro na hora de regressar
Parece que eu vou mergulhar
Na felicidade sem fim

Até logo meu amor.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Definições

É fácil dizer que não somos racistas, xenófobos ou idiotas. É fácil dizer que aceitamos todos como iguais, que não nos chateamos nem irritamos quando um deles nos passa à frente. É fácil ler as notícias e não dizer frases feitas como: “Eu sabia que tinha de ser um destes.” ou “Eu sei bem o que lhes fazia a todos”. É fácil ficar calado.
O que não é fácil é deixar de pensar. O que não é fácil é deixar de ser um idiota nas nossas cabeças.
Estou presentemente a leccionar Cursos Intensivos de Português a Ucranianos em horário pós-laboral (o que justifica a minha cada vez maior ausência do blog). Como os cursos são de poucas horas, já me passaram 4 turmas diferentes pelas mãos. E todas são diferentes e todas são iguais.
Acabo o primeiro curso e os meus alunos convidam-me para ir tomar um café com eles. Falamos da vida, do que os trouxe aqui, do “patrão”, figura omnipresente em todas as nossas conversas. Aquele que os obriga a trabalhar que nem cães. Aquele que não lhes paga há 3 meses. Aquele que lhes telefona a meio da noite, porque nenhum português se vai levantar para fazer aquele trabalho.
Digo que me vou embora, que foi um prazer e despeço-me com um “Boa sorte na vida”. Sincero. Eles agradecem e dão-me uma caixa de bombons. “Para dar à mulher”. Agradeço. Fico agradecido.
Final do segundo curso. Os meus alunos recebem a Declaração que lhes permite tirar o visto de residência. Olham para ele. Finalmente, passados 7 ou mais anos, são reconhecidos entre nós como válidos. Úteis.
Uma das minhas alunas levanta-se. E, de dentro de um saco, retira um embrulho. Uma garrafa de whisky. “Não haver vodka original, por isso whisky. Com dois copos para você e a mulher”. Agradeço. Fico mais que agradecido. Despeço-me com um “Boa sorte na vida”. Sincero.
Estou a deixar de ser um idiota. Porque afinal era dos maiores que existiam.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Hoje é o primeiro dia...

Num dos últimos dias em que tive tempo para pensar, quando fechei o blog para remodelações, passou-me pela cabeça alguns dos nomes de bloggers que influenciaram a minha entrada neste mundo.
Em resposta ao desafio que me fizeram para saberem a razão da criação do blog, tenho três para vos oferecer:

1 - Li o blog "O meu pipi" e percebi que conseguia fazer melhor que aquilo;

2 - Queria fama e dinheiro (sucker);

3 - Tinha tempo a mais nas mãos.

Comecei a escrever e a ler os blogs de outros que já por cá andavam. Gostei de muitos, alguns ainda se encontram na minha lista de links (aquela coisa que só serve para os outros, visto que eu não a utilizo por falta de tempo). E alguns deles que deixaram de escrever vieram visitar-me nas minhas lembranças: a Robina, a Peste e o Nuno da Alice.

A Robina tinha um bosque encantado. Passeávamos pela sua vida e pelas suas experiências. Ficava deliciado com a sua maneira simples de encarar a vida. Deixou de escrever.

A Peste era, como o nome indica, uma pessoa amavelmente conflituosa. Era visita obrigatória para a gargalhada diária. Deixou de escrever.

O Nuno da Alice (comprem hoje o jornal "O Jogo", onde este senhor é entrevistado com direito a cartoon publicado e tudo), tem um dos sentidos de humor mais geniais da blogosfera. Sem papas na língua, insultava tudo e todos através de uma mistura de brejeirice (não sei se é assim que se escreve) e de originalidade. Deixou de escrever.

Ora, tenho de agradecer a estes e a muitos mais bloggers o facto de ainda hoje manter vivo o "Eskisito Rules" E principalmente a uma certa Maria que me obriga a continuar a escrever, sob pena de dormir no sofá.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Uma despedida...

Pessoal, hoje é o meu último texto para o "The Sushi Meeting". É uma espécie de despedida de um espaço que tão bem me tratou. Passem por lá e deixem a vossa marca.

domingo, 13 de abril de 2008

Um regresso muito fraquinho...

Tenho tanta coisa para dizer que não sei por onde começar.
Não consegui acabar o queria fazer no blog, porque agora tenho todas as horas dos meus dias preenchidos com trabalho. Tenho cursos pós-laborais para leccionar. O positivo é que o cash flow da família aumentou, o negativo é mesmo o facto de estar das 09 às 23 fora de casa.
Gostava de poder falar de pessoas que marcaram o ínicio da blogosfera e que já não escrevem. Falarei depois nisso.

Quero agradecer a todos os que participaram no almoço de despedida da Azul. Foi bom conhecer mais alguns bloggers mas, sobretudo, foi bom ver que aquilo a que se chama amizade é mesmo possível através disto. E agradecer o facto do tema blogosfera nunca ter sido abordado durante o dia.

Quero dizer que o blog vai ficar meio morto. Mais do que já estava. Sempre que tiver um tempo passo por cá. Mas não vai ser fácil.

Beijos e abraços e espero que gostem do novo template.

domingo, 6 de abril de 2008

Aviso à população

A partir de terça-feira (dia 8 de Abril) até segunda-feira (dia 14 de Abril), o blog Eskisito Rules irá aparecer assim:




Não se assustem, não me deu uma coisa ruim. O blog vai estar encerrado por meras questões técnicas: vou reformular um pouco a coisa. E preciso de testar algumas coisas que nunca fiz, que podem correr mal, que podem dar a impressão que eu não sei o que estou a fazer.

Como eu quero que vocês pensem que sou o maior, vou desactivar as visitas ao blog.

Desde já, apresento as minhas desculpas pelo sucedido.


Beijos e Abraços e até dia 14 de Abril.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Tiro pela culatra

Hoje disse cagalhão numa aula. Sim, é mesmo verdade. Estúpido, não foi? Sem lógica. Um professor que disse uma asneira destas não merece dar aulas. Devia educar os alunos e não deseducá-los.
Vamos começar isto de novo. Hoje, enquanto repreendia uns alunos na sala de aula, disse cagalhão. Ainda mais estúpido. Demonstra que não me sei controlar. Demonstra que uso linguagem imprópria quando me exalto.
Vamos contar o que realmente se passou. Quando cheguei à escola, ouvi os alunos no pátio a dizer impropérios dignos de serem ouvidos da boca de uma marinheiro bêbado. Quando entrei na sala resolvi repreendê-los por tal atitude e foi mais ou menos isto que me saiu da boca:
- Vocês estão na escola para aprender bom português e não variantes da palavra pénis ou da palavra…cagalhão…
Foi a maior branca de todos os tempos. Queria encontrar um sinónimo para m****, mas nada me veio à cabeça. E para não parar o discurso paternalista, disse mesmo cagalhão.
Agora que pararam de rir, deixem-me dizer-vos que vem a parte melhor.
Acabo de dizer esta frase fabulosa e um dos meus alunos, daqueles génios com um sentido de humor já muito desenvolvido, resolve dizer entre dentes uma única palavra:
- Fezes…
Nunca me senti tão estúpido na vida.
- Olha pai, hoje o meu professor estava a dar-nos uma descasca sobre as asneiras que dizíamos e disse cagalhão.

terça-feira, 1 de abril de 2008

É só simpatia neste corpo

Vamos lá fazer aqui um acordo simples. Está bem? Pronto...
Eu e a Maria continuamos a escrever tiras para o Menino e a Menina e vocês dão-se ao trabalho de lá ir de vez em quando. Que dizem? É que eu até gostava de ver lá um comentário de vez em quando. Parecia bem e essas coisas todas.

Vá lá. É só mexer essa coisa chamada rato e carregar num botão. Depois, procurar gostar do que lá está e comentar aquilo. Parece fácil, não parece?

Experimentem...pode ser divertido.