O amor…somos nós!

Quando nos decidimos a passar uma vida com outra pessoa é mesmo para o bem e para o mal, para a doença e para a saúde, para a pobreza e para a pobreza (em Portugal esperavam o quê?), e para todos aqueles hábitozinhos irritantes que cada um de nós tem.
Acredito que 50% dos divórcios neste país comece devido a estes hábitos. Imaginemos a seguinte situação: um casal recém-casado, feliz da vida, dorme junto pela primeira vez. Tudo é amor e abraços e ficaremos juntos para sempre. Na manhã seguinte, a noiva acorda o noivo com suaves beijos e enquanto se dirige para a casa de banho enrolada no lençol, mandando beijos com a mão, lança um sonoro traque? Pior ainda, depois desse traque, o noivo traumatizado ainda ouve a sua recém-adquirida esposa puxar uma daquelas gosmas verdes do fundo do esófago e, enquanto a escarra para a sanita, lança outro traque. Dois meses depois…mais um divórcio a ser consumado.
Eu não sou uma pessoa fácil de engolir…gabo a paciência da minha Maria por me conseguir aturar com todos (e garanto que são muito) os meus defeitos. Mas, descobrimos que a melhor maneira de lidar com estes hábitos é mesmo rir. Em vez de nos chatearmos, rimo-nos da idiotice da situação e gozamos com o outro. Deve resultar, visto que estamos com uma década disto e ainda não estamos fartos um do outro.
Isto tudo porque a minha mulher tem o hábitozinho extremamente irritantezinho de me acordar a meio da noite acendendo a luz enquanto me bate dizendo coisas sem nexo. Depois de me causar o ataque cardíaco da praxe, completa o ritual com um “O que foi?” e volta a dormir na paz dos anjos. Quando finalmente consigo recuperar um ritmo normal dos batimentos cardíacos o despertador toca.
Na saúde e na doença…será que fazem uns comprimidos que tenham o mesmo efeito que uma moca de Rio Maior?