No meu último post referi-me a várias situações reais, onde os meus intervenientes tiveram um mau (ou nulo num dos casos) atendimento por parte de quem de direito. Obviamente recebi os chamados comentários de apoio, com casos relatados e recebi um comentário de um leitor que assinou com o pseudónimo “Funcionário Público”, que passo a transcrever:
Aos senhores professores e senhoras professoras que aqui deixaram um pouco de veneno contra funcionários públicos quero dizer-lhes que já nos bastam estes governantes para nos darem cabo da cabeça. Os senhores e senhoras "storas" possívelmente virão a ser funcionários públicos um dia destes e, nessa altura, cá estaremos nós os mais velhos a observá-los no que respeita aos vossos deveres de funcionários públicos modernos, competentes, cumpridores...Basta de perseguição aos empregados do Estado que, como outros profissionais, tem gente boa e gente má. Ataquem a classe política, essa sim a mais culpada do estado actual da Administração Pública. E, oxalá venham a ser funcionários públicos muito em breve; ou não querem?Boa noite.
Como neste blog acreditamos em dar voz a todas as opiniões, resolvi dedicar um post a este comentário, usando o Direito de Resposta para tal. Mas, cabe-me agora, como em qualquer estado democrático, usar o meu próprio Direito de Resposta ao leitor que assim escreveu.
Primariamente tenho de pegar no ponto dos bons e maus profissionais. Concordo e, se segue o meu blog há algum tempo, saberá que sou o primeiro a dizer que a classe de profissionais onde me encontro tem dos piores de todos. Não só um mau professor contribui directamente para o mau futuro do país, como cria instabilidade no seio da sua classe.
Mas, convenhamos que a classe dos Funcionários Públicos é, sem dúvida, das mais mal formadas e mal-educadas. Não faço regra deste pensamento, mas 85% das vezes em que necessitei de um para qualquer acção ou foram mal-educados ou não me resolveram o problema em causa por incompetência (ou ambos).
Em segundo lugar, a classe política tem feito bastantes reformas à Função Pública de forma a rentabilizar o seu trabalho e acabar com os excedentes. A avaliação proposta aos Funcionários Públicos vem permitir ao Utente que apenas os bons fiquem no lugar e que os maus vão procurar uma nova área de emprego. Convenhamos que a Função Pública continua a ser um bom tacho, mas agora têm de começar a fazer alguma coisa por ele.
Por último, o que considerei mais grave na sua resposta foi mesmo a insinuação de que quero ser um Funcionário Público. Nada de mais errado podia ser dito. Recuso-me terminantemente a pôr de lado 5 anos de estudo universitário que me custaram (sim a mim e não aos papás) tempo e dinheiro para agora ir trabalhar para funções que em nada me compete desempenhar, e para as quais não tenho formação. Se estudei para ser Professor, Professor serei, mesmo que tenha de andar mais 10 anos a ganhar metade do que qualquer Funcionário Público, sem as mesmas regalias e sem contrato a Recibos Verdes.
Termino com as mesmas palavras que usou, mas alterando-as para uma forma que me é mais próxima.
Obrigado pela sua visita, boa noite e volte sempre.
Aos senhores professores e senhoras professoras que aqui deixaram um pouco de veneno contra funcionários públicos quero dizer-lhes que já nos bastam estes governantes para nos darem cabo da cabeça. Os senhores e senhoras "storas" possívelmente virão a ser funcionários públicos um dia destes e, nessa altura, cá estaremos nós os mais velhos a observá-los no que respeita aos vossos deveres de funcionários públicos modernos, competentes, cumpridores...Basta de perseguição aos empregados do Estado que, como outros profissionais, tem gente boa e gente má. Ataquem a classe política, essa sim a mais culpada do estado actual da Administração Pública. E, oxalá venham a ser funcionários públicos muito em breve; ou não querem?Boa noite.
Como neste blog acreditamos em dar voz a todas as opiniões, resolvi dedicar um post a este comentário, usando o Direito de Resposta para tal. Mas, cabe-me agora, como em qualquer estado democrático, usar o meu próprio Direito de Resposta ao leitor que assim escreveu.
Primariamente tenho de pegar no ponto dos bons e maus profissionais. Concordo e, se segue o meu blog há algum tempo, saberá que sou o primeiro a dizer que a classe de profissionais onde me encontro tem dos piores de todos. Não só um mau professor contribui directamente para o mau futuro do país, como cria instabilidade no seio da sua classe.
Mas, convenhamos que a classe dos Funcionários Públicos é, sem dúvida, das mais mal formadas e mal-educadas. Não faço regra deste pensamento, mas 85% das vezes em que necessitei de um para qualquer acção ou foram mal-educados ou não me resolveram o problema em causa por incompetência (ou ambos).
Em segundo lugar, a classe política tem feito bastantes reformas à Função Pública de forma a rentabilizar o seu trabalho e acabar com os excedentes. A avaliação proposta aos Funcionários Públicos vem permitir ao Utente que apenas os bons fiquem no lugar e que os maus vão procurar uma nova área de emprego. Convenhamos que a Função Pública continua a ser um bom tacho, mas agora têm de começar a fazer alguma coisa por ele.
Por último, o que considerei mais grave na sua resposta foi mesmo a insinuação de que quero ser um Funcionário Público. Nada de mais errado podia ser dito. Recuso-me terminantemente a pôr de lado 5 anos de estudo universitário que me custaram (sim a mim e não aos papás) tempo e dinheiro para agora ir trabalhar para funções que em nada me compete desempenhar, e para as quais não tenho formação. Se estudei para ser Professor, Professor serei, mesmo que tenha de andar mais 10 anos a ganhar metade do que qualquer Funcionário Público, sem as mesmas regalias e sem contrato a Recibos Verdes.
Termino com as mesmas palavras que usou, mas alterando-as para uma forma que me é mais próxima.
Obrigado pela sua visita, boa noite e volte sempre.