domingo, 15 de maio de 2011

Violação

Ora, todo o país sabe que está em crise. Apesar de ainda não ter percebido qual foi o motivo da mesma, considerando que o PS já está à frente nas sondagens. O problema é que, após uma análise profunda por parte dos investigadores deste blog, cheguei à conclusão que existe mais do que uma crise em Portugal.
Profundamente afectado desde o 25 de Abril, Portugal mergulha de crise em crise. Se não é uma crise financeira é a constante crise de valores que nos afecta. O problema é que quando maior for a crise financeira pior é a falta de valores. A criminalidade aumenta, o sentimento de impunidade parece maior, o respeito pelo outro é apenas um chavão que fica bem. Portugal, país do deixa andar, do está tudo bem, do logo se vê, continua a permitir que o seu povo fique estúpido, mal educado e, pior que tudo isto, inocente de qualquer acto que vá contra o que deveriam ser leis instituídas.
E quando esse acto vai efectivamente contra as leis instituídas? Temos a justiça do nosso lado? Temos um colectivo de pessoas que estudou para defender a nossa integridade, a trabalhar para que o culpado seja tratado de forma conveniente? Ou a crise de valores já afectou até este grupo?
O caso da mulher grávida que foi violada pelo seu psiquiatra,  João Vasconcelos Vilas Boas, é o verdadeiro indício que nem na justiça já podemos confiar. Como é que alguém viola uma mulher e sai impune? Eu ficava-me por aqui. Mas este caso é retorcido em pormenores. A mulher estava grávida de oito meses, a mulher consultava-o porque estava perturbada, a mulher recusou o sexo, a mulher disse NÃO, a mulher foi violada. Pior, ele admitiu que o tinha feito e confirmou a versão da mulher. E mesmo assim, mesmo depois de tudo isto, ele sai em liberdade. ELE SAI EM LIBERDADE! Isto é uma prova de incompetência total da justiça. De falência de valores e costumes e de tudo o que consideramos como justo.
"Para o colectivo de juízes, o arguido não cometeu o crime de violação, porque este implica colocar «a vítima na impossibilidade de resistir para a constranger à prática da cópula». Diz o acórdão que para que tal acontecesse era preciso que «a situação de impossibilidade de resistência tivesse sido criada pelo arguido, não relevando, para a verificação deste requisito, o facto de a ofendida apresentar uma personalidade fragilizada»." pode ler-se no jornal SOL.
Fica um pensamento: Se algum dia isto acontecer a alguém que amo, eu mato o arguido. E depois justifico o crime com o facto de não ter colocado "a vítima na impossibilidade de resistir ".

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