sexta-feira, 22 de julho de 2011

Como eu gosto de instituições bancárias...

Vou iniciar hoje uma série de relatos de certos e determinados eventos que me foram acontecendo ao longo deste ano. Algumas já datam de há largos meses, outras são mais recentes e eu gostava que nenhuma me tivesse acontecido.
A primeira aconteceu há cerca de três meses, e só teve conclusão há alguns dias. Tudo começa num belo dia em que me dirijo ao multibanco e descubro que o meu cartão não funciona. Segundo a informação na máquina, não podia "efectuar operações". Telefonei para o banco e informaram-me que suspeitavam de fraude com os dados de cartão e que o mesmo estava na LISTA NEGRA. Ora, eu que até sou uma pessoa compreensiva, aceitei a justificação de que eu estava na lista negra de alguém e segui o meu caminho. Isso e o facto de ter um segundo cartão no nome da esposa que nunca utilizamos. Pego no cartão, todo feliz e contente, e dirijo-me ao multibanco mais próximo. Mas, qual não é a minha surpresa quando vejo a mesma informação no écran da coisa. Volto a ligar para o banco e, desta vez, não sou assim tão compreensivo como da primeira vez. Voltam-me com a conversa da LISTA NEGRA e coiso e tal. Peço soluções e eles dizem-me que vá a um banco e peça uns cartões novos, que isto até é rápido e tal e o banco até suporta os custos.
Assim foi, fui a um banco e pedi um cartãozinho novo. E disse que até tinha uma certa urgência. E eles disseram-me que a urgência se pagava. E eu deixei de ter urgência. Eles disseram-me que, no máximo, sete dias e já tinha o cartão na mão. E agora, faço o quê? perguntei eu. Agora, peça uma caderneta. Uma caderneta? Mas isso não é aquela cena em papel que os velhinhos usam? Sim, mas é a única forma que tem para levantar dinheiro. Então está bem, que remédio. Mas o único sítio onde isto funciona é a 12km da sua casa. Portanto, sempre que quiser ir levantar dinheiro...(isto foi o meu momento Saramago).
Como eram só sete dias NO MÁXIMO, eu fui na conversa. Um mês e meio depois, telefonei com ainda menos paciência para o banco a passar-me totalmente da cabeça com a situação. E fui informado que isto era uma situação anormal (com o qual eu concordei) e que tinham sido MILHARES de cartões cancelados, por isso isto estava a demorar um pouco mais que o normal. UM POUCO MAIS!
Os cartões lá chegaram e eu mandei emoldurar a caderneta numa daquelas molduras que diz "Quebrar em caso de emergência". Nunca se sabe...

domingo, 3 de julho de 2011

Orgulho

"Ser professor é mais do que ensinar. É ser-se uma influência positiva nas vidas de todos os que nos passam pelas mãos." Ouvi esta frase ao longo do curso várias vezes. E sempre pensei que seria algo fácil, considerando quem pensava que era.
Com os anos descobri que não é assim tão fácil. Fazer com que eles percebam que tudo o que fazemos é para que eles se tornem pessoas melhores. Que se tornem seres pensantes e responsáveis. Acabo sempre por ser encarado como o professor chato e exigente, que pede demais deles.
Hoje ganhei novamente a fé de que isso é possível. Tudo devido à minha Maria. A MELHOR PROFESSORA DE SEMPRE! Digam-me o que disserem. O que vi hoje, duas semanas depois do fim das aulas, foi algo que julguei perdido para sempre na educação. Ela conseguiu reunir pais, professores e alunos num encontro informal, em que todos manifestaram a falta que ela lhes vai fazer. Não pelo politicamente correcto. Não pelo ficar bem. Porque o sentiam mesmo. Lágrimas e tudo lá pelo meio. Pais que ainda são pais a sério a agradecerem o trabalho que ela teve um ano inteiro. Alunos que olham para ela com um orgulho, como que a dizer: "Esta foi a minha DT!".
E eu, um simples professor, que olhava com uma inveja tremenda para ela. E eu, um simples marido, que se orgulha cada vez mais de a ter como mulher.