Desde já, um grande olá às duas pessoas que ainda passam por este blog diariamente: o meu leitor favorito (que és tu, como é óbvio) e o senhor que está fechado num cubículo numa qualquer cave escura debaixo do Ministério da Justiça a ler todos os blogs a ver se dizem mal do Primeiro (atenção que eu não estou a dizer mal dele, estou apenas a falar de uma decisão de monitorizar tudo e todos como se de uma ditadura se tratasse...isso, que eu saiba, ainda não dá direito a processos).
Ora, o tema do post de hoje versa sobre o facto de um curso ser essencial, ou não, na educação de uma pessoa. O Sr. Eskisito acha que não. Aliás, o próprio é o primeiro a dizer que o curso que tirou pouco contribuiu para a pessoa que ele hoje é.
Ora, o tema do post de hoje versa sobre o facto de um curso ser essencial, ou não, na educação de uma pessoa. O Sr. Eskisito acha que não. Aliás, o próprio é o primeiro a dizer que o curso que tirou pouco contribuiu para a pessoa que ele hoje é.
Então, onde está o problema? Nas escolas que não sabem formar, nos alunos que não querem aprender, ou nos pais que não querem saber? Eu culpo as duas. Foi uma espécie de efeito borboleta. As escolas exigiam, os alunos aprendiam, os pais exigiam resultados aos alunos. Hoje, as escolas exigem menos, os alunos não aprendem tanto e os pais exigem resultados às escolas. Confuso? Não, realista.
Quem lê o meu blog há já uns tempinhos sabe que eu já passei por trabalhos fabris. E uma das coisas que mais me irritava nesses locais era o facto de ser tratado nas palminhas pela maioria dos trabalhadores devido ao facto de ser professor quando, na sua maioria, eles eram melhores profissionais naquela área que eu. E desde já digo que essa humildade perante o curso não se justificava, porque conheci pessoas bem mais inteligentes do que muitas com as quais trabalho hoje.
A vida é a melhor das escolas. E a educação que se traz de casa. Prefiro mil vezes alguém educado a alguém licenciado. Prefiro milhares de vezes alguém que saiba o seu lugar a alguém que se arma aos cucos porque tem um canudo. Prefiro milhões de vezes aqueles que afirmam que não sabem a alguém que afirma que sabe tudo.
Ter um curso é importante? Há 8 anos acabei o meu e ainda estou à espera da vida melhor que o curso me ia trazer. Conheço pessoas com a escolaridade mínima com vidas bem mais estáveis que a minha.
Ter um curso torna-nos mais inteligentes? Sim, naquela área específica. Se eu tirei um curso de educação não me vou pôr a falar de anzóis.
Ter um curso torna-nos mais educados? Não. Essa educação ou já existe, ou não se aprende nem ensina.
Por isso, meus caros leitores, acabo isto com o exemplo do Primeiro-Ministro. Ele "tirou" um curso. E isso, claramente, não o torna educado, ou culto, ou sequer melhor pessoa. Apenas nos obrigou a tratá-lo por Engenheiro (estou a rezar para que já tenha entediado de morte o senhor da cave escura).